Por Priscylla Kelly Abrantes
Nutricionista - Casa Durval Paiva
CRN 14096
“Doenças
transmitidas por alimentos, mais comumente conhecidas como DTA, são causadas
pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. Existem mais de 250 tipos de
DTA e a maioria são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e
parasitas. Outras doenças são envenenamentos causados por toxinas naturais (ex.
cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes) ou por produtos químicos
prejudiciais que contaminaram o alimento (ex. chumbo, agrotóxicos).”(Portal da
Saúde, SVS)
Ao iniciar o
tratamento, uma das primeiras orientações que os pacientes recebem, é de que
não devem, em hipótese alguma, realizar refeições fora de casa, ou consumir
qualquer alimento que porventura não se saiba a forma como foi manipulado.
Pacientes
oncológicos pediátricos possuem diversas restrições alimentares e cuidados
reforçados no que se refere às boas práticas de higiene e manipulação de
alimentos. Como consequência da própria doença, e mesmo do tratamento, as
defesas do seu organismo se encontram constantemente debilitadas, o que os
tornam alvos mais frágeis na contração de doenças oportunistas, e neste caso,
das doenças transmitidas por alimentos.
Sintomas
como anorexia, náusea, vômito e/ou diarréia, podem ser facilmente confundidos
com sintomas do tratamento do câncer, e tornar o diagnóstico tardio de uma
possível doença causada pela ingestão de um alimento contaminado, agravando seu
estado de saúde, e até mesmo podendo ser fatal.
Dados do
Ministério da Saúde apresentam que, no período de 2007 a maio de 2017, os
principais locais de ocorrência de surtos de Doenças transmitidas por alimentos
(DTA’s) são as próprias residências, seguidos dos restaurantes e padarias. É
por isso que é de suma importância o cuidado na hora da manipulação e preparo
dos alimentos dos pacientes, desde a seleção do alimento, até o momento em que
é servido no prato da criança.
Preferir
alimentos orgânicos (livres de agrotóxicos), frescos e em bom estado;
higienizar bem as mãos antes de manipular os alimentos; seguir o processo de
higienização adequada dos vegetais, mesmo àqueles que irão ao fogo, mas,
principalmente, o que serão consumidos crus - lavando em água corrente para
retirar as sujidades, depois deixando de molho em solução clorada por 15
minutos e, por último, enxaguando novamente; levar à cocção (aplicação de
calor) por tempo adequado, não ofertando alimentos reaquecidos ou mal passados;
servir o paciente na hora de consumir o alimento em utensílios devidamente
higienizados, dentre outros. Todos esses cuidados devem ser realizados
rotineiramente, como maior zelo possível, visando à segurança alimentar e
nutricional do paciente.
Em
instituições que recebem pacientes pediátricos em tratamento contra o câncer é
de suma importância o trabalho constante de ensino e orientação aos cuidadores
das crianças sobre boas práticas de manipulação de alimentos, evitando agravo
da saúde e trazendo melhor qualidade de vida e resposta ao tratamento.
Assessoria de Comunicação Casa Durval Paiva
Foto relacionada à divulgação
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