Espaço Marias chega para atender população
madura que busca incrementar projetos de vida, convívio social e ocupar a mente
com o chamado ócio criativo
Quando se
chega à fase da vida madura, em que os filhos já estão adultos, cuidando da
própria vida, a aposentadoria batendo à porta, surge a fatídica pergunta: e
agora? A pergunta costuma vir acompanhada do medo da velhice, de ficar sozinho,
de não ter mais um projeto de vida. Esta combinação pode resultar em depressão
e outras doenças associadas. Mesmo que saudável física e mentalmente, muita
gente nesta situação acaba se isolando e envelhecendo mais rápido do que se
mantivesse a vida social mais ativa.
É com foco
neste público, que cresce a cada ano, dado o aumento da longevidade da
população brasileira, que o Espaço Marias, que abre na segunda quinzena de
julho, foi pensado. O empreendimento visa subsidiar pessoas a partir de 50 anos
para a realização de novos projetos de vida, com base no conhecimento, na arte,
na convivência e qualidade de ocupação do tempo, favorecendo o desenvolvimento
dentro de cada fase da vida.
A iniciativa
do projeto, pioneiro em Natal, é da assistente social e administradora Patrícia
Vasconcelos, que fundamentou a abertura do negócio em pesquisa sobre o
envelhecimento da população natalense. De acordo com o estudo, a proporção de
idosos se apresenta elevada em bairros como Petrópolis e Lagoa Seca, ambos em
torno de 20%, e Tirol, 18%. Nestes bairros verificou-se forte presença feminina
(respectivamente, 14%, 12% e 11%) o que sugere a ocorrência da “feminização” da
velhice.
Ou seja: a
longevidade das mulheres é maior que a dos homens: há mais idosas acima de 80
anos (10%), em comparação aos homens (5,5%). Os idosos com renda maior que 10
salários mínimos estão nos bairros de Petrópolis, Tirol, Areia Preta, Capim
Macio, Barro Vermelho, Ribeira, Candelária, Lagoa Nova e Ponta Negra.
“Também
tomei como referência minha área de conhecimento na perspectiva da
subjetividade e comportamento do indivíduo em ambientes sociais, assim como
minha própria experiência familiar com a realidade pós aposentadoria dos meus
pais”, aponta Patrícia Vasconcelos.
O Espaço Marias
oferece dois tipos de serviço: o “Day Use”, com atividades oferecidas ao longo
do dia, que inclui reflexões, oficinas de trabalhos manuais e de beleza, rodas
de conversa, alongamentos, cursos de informática e redes sociais, massoterapia,
yoga, entre outras.
O outro
serviço são as atividades abertas aos que não optam pelo “Day Use”, como os
grupos de ajuda mútua, onde são discutidos temas como relações familiares,
relação conjugal, medo de envelhecer e vivência do Mal de Alzheimer; academia
na qualidade de vida; palestras; atividades laborais e o que mais a pessoa se
interessar em fazer no Espaço. Também serão oferecidas refeições e a área é
aberta para encontros sociais.
“Pretendemos
subsidiar a reconstrução de projetos de vida na idade madura, de forma que essas
pessoas possam romper os estigmas de dependência, de falta de qualidade de vida
e falta de perspectiva”, pondera
Patrícia. [por assessoria de imprensa]
Imagem relacionada à divulgação
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