Por Eloisa
Alexsandra Lopes
Dentista - Casa Durval Paiva
CRO/RN 3663
O termo
mucosite oral surgiu em 1980 para descrever uma inflamação da parte interna da
boca e da garganta induzida pela quimioterapia e radioterapia de cabeça e
pescoço, que pode levar a úlceras (feridas) dolorosas nessa região. Destaca-se
como consequência aguda de maior frequência advinda dos tratamentos
antineoplásicos. Na quimioterapia, seu
aparecimento ocorre entre 5-10 dias, já na radioterapia, os primeiros sintomas
são observados na terceira ou quarta semana. A melhor maneira de trabalhar a
mucosite é evitar que ela inicie ou tratá-la precocemente.
A primeira
manifestação é o desenvolvimento de uma coloração esbranquiçada, seguida pelo
inchaço e áreas vermelhas e depois úlceras (feridas) desenvolvem-se com a
formação de uma membrana (película) superficial amarelada e removível, podendo
apresentar sangramento. Sintomas como dor e queimação são comuns. Nos casos de
mucosite severa o paciente apresenta dificuldade e dor ao deglutir, levando-o a
uma queda no seu estado geral devido a uma possível desnutrição, podendo ainda
haver necessidade de sondas nasogástricas, internação, interrupção temporária
ou definitiva do tratamento de quimioterapia e radioterapia.
As terapias
para o tratamento da mucosite oral incluem abordagens profiláticas. Aos
pacientes da casa de apoio damos algumas orientações como evitar alimentos
ácidos, picantes, salgados e secos. Escolher alimentos que exijam pouca ou
nenhuma mastigação. Também recomenda-se o uso de chá de camomila, alguns analgésicos,
laser de baixa intensidade e crioterapia, que consiste na sucção de lascas de
gelo antes e durante cada quimioterapia.
É necessário
que esses pacientes recebam orientações de como escovar os dentes com cuidado,
usar escova ultramacia (se necessário, substituir por cotonetes) e creme
dental, passar fio dental com cuidado após as refeições para não cortar a
gengiva, a fim de evitar uma porta de entrada para infecções.
A integração
do cirurgião dentista na equipe de oncologia é extremamente importante para o
cuidado em todas as etapas da terapia. Juntamente com o médico, o dentista deve
elaborar um protocolo que inclua prevenção, monitoramento e tratamento da
mucosite oral, com objetivo de evitar complicações durante e após a quimio e
radioterapia, ajudando assim, para que não haja comprometimento na qualidade de
vida do paciente.
Assessoria de Imprensa
Casa Durval Paiva
(84) 4006.1600/ 9981-3474/ 9622-4544
Na luta contra o câncer, quanto
mais cedo, melhor!
Foto relacionada à divulgação
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