A Central de
Transplantes do Rio Grande do Norte, através da Organização de Procura de
Órgãos (OPO) viabilizou, entre os dias 3 e 9 de maio, quatro doações de
múltiplos órgãos e uma doação de córneas. O gesto de solidariedade das famílias
vai beneficiar pessoas que estavam na fila de espera por órgãos.
Atualmente,
o estado do Rio Grande do Norte realiza transplantes de rins, córnea, e medula
óssea. A lista ativa de espera para o transplante renal conta com um total de
151 pacientes inscritos. Já a lista de espera por um transplante de córnea é de
123 pacientes e 22 pacientes aguardando um transplante de medula óssea.
Em 2016
foram realizados 221 transplantes no RN, sendo 104 transplantes de córnea, 67
de rim e 50 transplantes de medula óssea. No Rio Grande do Norte, no ano de
2017, de janeiro a março, foram realizadas 15 doações de órgãos. “A
participação da sociedade, por meio da conscientização e da doação de órgãos, é
fundamental para elevar o número de transplantes no Estado e no país. Embora
existam grandes desafios no cenário dos transplantes de órgãos, todos os
esforços objetivam manter as conquistas alcançadas e garantir a efetivação dos
serviços de transplantes no estado”, explica a coordenadora da Central de
Transplantes do RN, Raissa de Medeiros Marques.
Apesar do
número alto de notificações (44,2 notificações por milhão de habitantes em
2016), ainda há um número muito baixo de doações efetivas (11,3 pmp em 2016).
Tal fato deve-se a um acréscimo no percentual de recusa familiar, que atingiu
52% do total das entrevistas realizadas, um índice muito alto se comparado ao
índice nacional (43%).
A principal
causa apontada de recusa das famílias a doação é o desconhecimento em vida do
desejo de doar seus órgãos por parte do falecido, bem como outros fatores
culturais, religiosos. Apesar disso, em 2016, o Estado conseguiu manter um
patamar de doações(11,3 pmp) acima da média da região Nordeste, que teve taxa
de 9,9 pmp.
“Temos
trabalhado pra conscientizar a população e estimular que o assunto ‘doação de
órgãos’ esteja cada vez mais inserido nos diálogos informais nas diversas
famílias e grupos de amigos. Essas questões comprometem a vida e/ou a qualidade
de vida de milhares de brasileiros que aguardam por um transplante”, explica a
coordenadora.
O Brasil
está em segundo lugar no ranking de doadores e transplante de órgãos, segundo a
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Assessoria de Comunicação da Sesap
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