O escândalo
da carne e suas consequências no mercado internacional, ou seja, as atitudes
indecentes advindas do jeitinho brasileiro em confronto com a realidade de
países onde a seriedade impera parecem não ter surtido efeito como lição de
moral.
Senão, vejamos:
o dito presidente Temer faz pronunciamentos que oscilam entre o patético e o
ridículo garantindo que a carne brasileira é forte.
Mesmo
admitindo-se que a questão seria pontual em relação conjunto das empresas de
processamento de proteína animal, não seria com palavras ocas que o pr0blema
deva ser enfrentado.
A sociedade
não está contra os produtores de carne, mas repudia as atitudes criminosas das
empresas de processamento pilhadas em sua ação lamentável.
Temer
deveria expor assertivas a favor da sociedade, dizer-se indignado da mesma
forma que os cidadãos, assegurar rigor exemplar na inspeção da proteína animal
e, paralelo a isso, empreender esforços para a recuperação de mercados
internacionais – mas, ao que parece, somente os esforços são empreendidos na
busca de reparar os estragos.
O dito
presidente não demonstra a menor indignação, a par disso luta para administrar
seus caóticos aliados e diz coisas em que ninguém acredita como sugerir que
estamos no caminho certo, a economia está retomando e que, sim, somos o país do
futuro.
Diante de
tudo isso já começo a suspeitar que brevemente comece a anunciar a vinda de Dom
Sebastião para nos salvar.
Temer não
fugiu do Palácio da Alvorada porque “sentiu uma energia ruim por lá”? De um
homem que tem contato com forças do além pode-se muito especular que
esteja conjurando criaturas elementais
para trazer a nós o fantasma de Dom Sebastião resgatado do desastre de Alcácer
Quibir.
E, vindo a
nós o grande rei guerreiro português, certamente seríamos um reino. Como
sabemos, reinos têm fadas e, no fim, com a ajuda delas tudo dá certo. No Brasil
seria a mesma coisa. Temer devia chamar também Branca de Neve. Os sete anões
formariam o ministério e as soluções aconteceriam em passe de mágica.
Mas não estamos
no reino da fantasia. A realidade é outra. E muito dura. O chamado presidente
está às portas de uma possível cassação de mandato pelo Tribunal Superior
Eleitoral sob acusação de caixa dois – o que inclui Dilma Rousseff – e tem como
apoiadores uma malta de deputados e senadores que vive esfomeada por cargos e
outras bênçãos políticas indecorosas.
Quando
alguns da base não ganham seu naco acontece o que se deu com a lei da
terceirização: Temer que não conseguiu aprovar a sua maligna ideia com o total
de votos que esperava.
Quem não se sentiu atendido votou contra.
Dizem que ele vai retaliar: tomar o que havia dado e negar o que ainda possa
ser concedido.
E assim vai
a nave louca; sem rumo, sem leme, sem comando. E tem pela frente piratas e
corsários, não lhe faltando também, do mesmo modo, tripulação em que não pode
confiar.
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