Nas últimas
décadas o Tabagismo tem se mostrado como importante fator de risco no país,
tanto para o adoecimento como para a mortalidade da Tuberculose. Dados do
Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) revelam que, no Rio Grande
do Norte, durante o ano de 2015, a frequência do Tabagismo entre os pacientes
em tratamento de Tuberculose alcançou a taxa de 24,1%. Índices ainda superiores
são encontrados entre os municípios da região metropolitana da Capital e da
região de Mossoró, 25,9% e 26,7% respectivamente.
A alta
incidência da doença tem causado um grande efeito negativo na Saúde Pública.
Estima-se que cerca de 200 mil pessoas morram anualmente no país vítimas desse
mal social. Estudos mostram ainda, que a exposição à fumaça do tabaco aumenta
em 1,9 vez o risco de se ter uma tuberculose latente, em 2 vezes o risco de
desenvolver a forma ativa e 2,6 vezes o risco de morte pela doença,
independente do uso de álcool e de outros fatores socioeconômicos.
Segundo
relatório do Ministério da Saúde, a nuvem tóxica do cigarro, altera todos os
mecanismos de defesa e reduz a concentração de oxigênio no sangue, provoca o
agravamento das lesões necrotizantes, prejudicando o já difícil e lento
processo de cicatrização, causando sequelas ainda mais extensas e graves.
PROGRAMA DE
CONTROLE DA TUBERCULOSE
A
articulação das ações do programa de Tabagismo e do controle da Tuberculose é
uma das estratégias preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o
alcance das metas de enfrentamento dessa dupla epidemia e melhoria da Saúde
Pública. O momento do tratamento da TB é uma oportunidade especial para a
implementação da abordagem e aconselhamento de atitudes antifumo.
Na prática
clínica, como o paciente deverá ir à unidade de saúde ou receber a visita do
profissional duas ou três vezes na semana (principalmente nos dois primeiros
meses e semanal ou quinzenalmente até o final do tratamento) algumas ações
podem ser implantadas visando o sucesso dessa dupla terapia.
São exemplos
dessas iniciativas a adoção de abordagens motivacionais individuais e
treinamentos de habilidades para lidar com a retirada do cigarro (destacando
sempre seus benefícios a médio e longo prazo), o estimulo a hábitos saudáveis
como a prática de atividades físicas, a assistência clínico-farmacológica para
o alívio dos sintomas de abstinência da nicotina, assim como a promoção de um
ambiente livre do tabaco, onde o doente e sua família recebem assistência e
tratamento para a cura da Tuberculose. [Ascom/Sesap]
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