Embora
considere importante o acordo firmado entre a União e os governadores para
aliviar as contas dos governos estaduais, o senador Garibaldi Filho defendeu a
necessidade de um pacto federativo “renovado a partir de bases mais sólidas,
justas e solidárias”. Da tribuna do Plenário, ele opinou que, embora a
renegociação das dívidas tenha trazido um alívio imediato, ele não pode ser
considerado como suficiente.
“Não podemos
nos deixar prender pelas angústias dos problemas iminentes e deixar esquecidos
os ajustes necessários para o futuro. De um lado, devemos ver Estados e o
Distrito Federal colaborarem efetivamente com a União para a preservação da
higidez fiscal e o equilíbrio financeiro da Federação. De outro, é preciso que
os Estados possam superar a posição em que hoje se encontram, com o pires na
mão, suplicando pelo socorro financeiro da União”, afirmou Garibaldi Filho.
Na avaliação
do senador, uma federação forte não se faz com Estados fragilizados, por mais
vigoroso que seja o Poder central. Garibaldi Filho sugeriu um novo modelo para
o Sistema Tributário Nacional, de modo que as responsabilidades e as receitas
sejam repartidas de forma equânime entre a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. “A conveniência dessa medida foi, inclusive, reconhecida pelo
próprio presidente Michel Temer, por ocasião do anúncio do acordo sobre as
dívidas estaduais”, lembrou o senador.
O senador
Garibaldi Filho destacou que o Brasil não pode se limitar a, durante cada crise
financeira, renegociar as dívidas de estados e municípios. “É preciso construir
uma agenda positiva em prol de uma relação mais harmônica e equilibrada entre o
Poder central e os entes federados”, declarou. Ele completou que é
imprescindível buscar reduzir as rivalidades e os conflitos entre os Estados, e
tentar atender o objetivo, constitucionalmente previsto, de reduzir as
desigualdades sociais e regionais.
O papel do
Poder Legislativo, e em especial do Senado Federal, no entendimento de
Garibaldi Filho, é fundamental no debate sobre a repactuação da federação.
“Essa Casa, como instituição representativa da Federação, tem procurado servir
de fórum de ideias, debates e propostas, além de atuar, muitas vezes como
protagonista, na formulação e encaminhamento das complexas soluções a serem alcançadas”,
registrou. [por assessoria de imprensa]
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