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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Marcha das Margaridas encerra com respostas do Governo Federal

Foto por assessoria/divulgação
A 5ª Marcha das Margaridas teve início com a concentração nas primeiras horas da manhã de ontem (12) no Estádio Mané Garrincha e ganhou as ruas de Brasília, colorindo o Eixo Monumental e culminando com a manifestação cercando o Congresso Nacional, com o recado claro de lá deveriam estar representantes do povo. No gramado ao centro da Esplanada dos Ministérios, bandeiras e faixas davam o tom da reivindicação de cerca de 70 mil mulheres, incluindo mais de 500 representantes do Rio Grande do Norte, vinculadas aos sindicatos filiados à Fetarn. O ato público não deixou dúvidas:  foi uma manifestação em defesa da democracia.

Temas como soberania e segurança alimentar, violência contra a mulher, biodiversidade, agroecologia, autonomia econômica, saúde e educação não sexista foram apresentados de forma direta e criativa. Faixas feitas com redes, tecidos coloridos até as tradicionais, sempre enfeitadas com margaridas, bonecas de pano, fuxicos e toda sorte de material costuradas, na maioria das vezes, pelas próprias mulheres.

Do alto dos quatro carros de som, a secretária de mulheres da Contag, Alessandra Lunas e outras representantes dos movimentos sindicais e feministas, orientavam as margaridas. A ideia era garantir a visibilidade da mobilização que, reconhecidamente, é a maior do movimento sindical do Brasil e da América Latina.

Encerramento presença da presidenta Dilma


Após o a cerimônia especial feita no campo do Estádio Nacional Mané Garrincha teve início os discursos políticos da Coordenação Nacional da Marcha das Margaridas, dos representantes da CONTAG e da presidenta Dilma Rousseff, que fez questão de ir pessoalmente, acompanhada de vários ministros, entregar as respostas para pauta de reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas.

“Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”. Com a frase de militância da Marcha, a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas, iniciou seu discurso dizendo não a qualquer forma de golpe no país. “Estaremos nas ruas quantas vezes for necessário para defender o projeto que acreditamos, para defender a democracia, para dizer que as margaridas estão unidas contra qualquer forma de violência e preconceito contra a mulher”, afirmou.

Logo em seguida a coordenadora geral da 5ª Marcha das Margaridas entregou a presidenta Dilma Rousseff um kit com objetos que servirão para mobilizar e garantir a visibilidade de mulheres dos lugares mais distantes. “Aqui estão vários materiais que revelam um pouco da nossa trajetória de luta. Que incentivaram companheiras a estarem aqui hoje vivendo um momento único e de muita emoção. Aqui estão produtos construídos por tantas mãos e com o sentimento de mulheres de todo o Brasil e do mundo”, ressaltou Alessandra. 

No mesmo tom de respeito aos direitos da mulher, o presidente da CONTAG trouxe palavras de encorajamento. “Tudo que vimos aqui, que sentimos, que respiramos aqui, é o resultado de uma ação de milhares de margaridas. Mulheres que juntaram cada centavo, para assim, construírem seus caminhos para estarem aqui. São mulheres que saíram da invisibilidade para serem protagonistas das suas próprias histórias. Viva à luta da trabalhadora rural Margaridas Alves! Viva à luta das mulheres!!”, frisou Alberto.

Depois de cumprimentar as margaridas do norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste, a presidenta Dilma Rousseff, iniciou seu discurso, destacando a decisão firme das mulheres em lutar por democracia, contra a violência e por dignidade. Em seguida apresentou respostas concretas para a pauta de reinvindicações da 5ª Marcha das Margaridas como o compromisso com efetivação das patrulhas rurais Maria da Penha também na área rural; ampliação dos serviços especializados de enfrentamento a violência contra as mulheres, onde fez menção a construção de pacto federativo; a construção e manutenção de 1.200 creches no campo para o meio rural; a assinatura do Decreto do Crédito Fundiário, 100 mil cisternas para alimentar os quintais produtivos; 109 unidades  odontológicas para o campo, sendo 7 para comunidades indígenas.

No enfrentamento a morte materna no meio rural, a presidenta afirmou que irá realizar a capacitação de mais 200 parteiras. De forma conjunta com a capacitação, o governo se comprometeu a distribuir kit com roupa especial para atendimento pós parto. Além disso, Dilma Rousseff, encerrou o seu discurso assumindo o compromisso de combater mais fortemente a violência contra mulher, entre outros compromissos com a agenda de luta das mulheres que protagonizaram a 5ª Marcha das Margaridas. [por assessoria de imprensa]

Tarcyla Costa
[tarcycosta@hotmail.com]
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