O senador Garibaldi
Filho defendeu a necessidade de o governo federal não diminuir o ritmo das
obras de transposição do Rio São Francisco. Ele fez a intervenção, no Plenário
do Senado, em aparte ao senador baiano Otto Alencar, que defendia a tese de que
se não for feita uma revitalização do rio, “o governo federal vai jogar no ralo
mais de R$ 8 bilhões numa transposição, sendo que não haverá água”.
O também baiano senador
Walter Pinheiro, antes de Garibaldi se pronunciar, havia sugerido interromper
as obras da transposição. “O ideal seria remanejar os recursos da transposição
para, imediatamente, esse processo de revitalização, invertendo a lógica”,
declarou. Ele argumentou que não há como transpor a água de um lugar para o
outro se não há água.
“Há, da nossa parte, da
parte dos estados receptores, uma preocupação muito grande, porque as chances
para o El Niño voltar neste verão estão próximas a 100%, com simulações
sugerindo que, até dezembro próximo, haveria possibilidade de exceder o evento
devastador de 1997 e 1998”, advertiu Garibaldi Filho.
O senador potiguar
informou que o eixo norte da transposição, que tem 402 km de extensão, já está
com 76% das obras executadas. O eixo leste, com 220 km de comprimento, está
finalizado em 72,4%. Garibaldi Filho concordou com a preocupação dos baianos em
revitalizar o rio. “Mas gostaria de manifestar a nossa preocupação de que as
obras da transposição, que são absolutamente fundamentais para a segurança
hídrica do Nordeste semiárido, não sofram nenhuma desaceleração”, ponderou. [Roberto Homem/Assessoria de Imprensa]
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