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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Petrobras reduzirá endividamento, mas manterá investimentos no RN


Com um endividamento que chegou a R$ 351 bilhões no final do ano passado e um prejuízo que superou os R$ 21,6 bilhões, em 2014, a Petrobras deve apresentar, em 30 dias, um plano de negócios com alternativas para melhorar esses números. A informação foi transmitida pelo presidente da estatal, Aldemir Bendine, em audiência pública realizada nesta terça-feira (28) no Senado Federal. A economia não afetará a exploração de petróleo nos campos maduros do Rio Grande do Norte, nem a Refinaria Clara Camarão ou a Termelétrica Jesus Soares Pereira.

Convidado pelas comissões de Serviço de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE), Bendine prestou as informações sobre o Rio Grande do Norte a pedido do senador Garibaldi Filho, que conduziu a audiência pública ao lado do senador Delcídio Amaral. O parlamentar potiguar externou sua preocupação depois de o presidente da estatal enumerar uma série de medidas que serão adotadas para recuperar a empresa petrolífera da situação na qual se encontra.

Além de extinguir algumas áreas de produção, a Petrobras vai reduzir gastos e adiar ou desistir de projetos que estavam previstos. Bendine falou, por exemplo, que não existe a possibilidade de a empresa liberar recursos para a construção de refinarias no Maranhão e no Ceará, como chegou a ser anunciado durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Cortar gastos não é a única medida que está sendo tomada. Uma equipe vem elaborando um plano para reorganizar administrativamente a estatal. O novo modelo administrativo da Petrobras, de acordo com Aldemir Bendine, definirá parâmetros para que as decisões passem a ser tomadas envolvendo mais áreas e representantes técnicos. “Estamos mapeando todos os processos na administração da empresa para identificar onde há fragilidade na tomada de decisão”, antecipou.

Lava-Jato 

O gerente executivo de Desempenho da Petrobras, Mario Jorge da Silva, e o diretor financeiro da empresa, Ivan de Souza Monteiro, também participaram da audiência pública. Mario Jorge expôs aos senadores detalhes sobre o balanço divulgado na semana passada. Ele analisou, por exemplo, os R$ 6,2 bilhões desviados para pagamentos feitos para o esquema de corrupção descoberto pelas investigações da Polícia Federal na Operação Lava-Jato.

“Parte dos recursos que a Petrobras pagou para construir refinarias, plataformas e gasodutos foi repassado para fins ilícitos. Se não foi usado para constituir ativos, não poderia estar no balanço da empresa. Para chegar ao valor de R$ 6,2 bilhões, tivemos que lançar mão de informações da investigação. Os depoimentos, hoje já públicos, são consistentes quanto à existência do cartel, do período que operou e dos percentuais envolvidos na negociação”, declarou Mario Jorge. [por assessoria de imprensa]


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