Por Albimar Furtado*
Jornalista ▶ albimar@superig.com.br
Existem bordões que
atravessam o tempo, como estes que embutem interrogações: perguntar não ofende;
ou a pergunta que não quer calar; mais ainda, direito de pergunta. Evoco estes
e mais outros que existem para perguntar: o que houve com o prédio do Bandern
da Ribeira? O Procon deixou de ser seu inquilino, saiu de lá correndo para que
as paredes não ruíssem sobre as cabeças de seus funcionários. Está com sua
estrutura comprometida e foi interditado.
A leitura primeira e
mais lógica é que o prédio de 75 anos estava sem ter manutenção. Sem surpresa,
lembram do Atheneu? Lá, pelo menos 15 anos sem olhos –bons olhos-, para ele.
Com muito atraso trabalham nele agora. A construção do prédio bonito da
Ribeira, erguida na esquina da Tavares de Lira com a Duque de Caxias, leva o
mesmo destino do velho colégio de Petrópolis. Falta também a ele o cuidado
devido e necessário.
Construído em 1939, mês
de janeiro, projeto de construção do engenheiro Gentil Ferreira, viu nascer,
quatro meses depois, à sua frente, o prédio do Grande Hotel, esquina da Duque
de Caxias com a praça José da Penha. Os dois compoem um conjunto de construções
que enriquecem o casario da velha Ribeira. Durante muitos anos a construção,
agora interditada, abrigou o Bandern, nosso banco estadual, fechado no governo
de Fernando Collor. Em 2010, por seu valor arquitetônico, foi tombado. A boa
torcida hoje é no sentido de que os bons olhos que agora enxergaram o Atheneu
se voltem para o velho prédio da Ribeira.
*Texto publicado na coluna do jornalista, no NOVO
Jornal [Leia mais]
0 comentários:
Postar um comentário