Pôster/Divulgação
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Não é possível falar do
cinema francês do século XX sem remeter a François Truffaut, realizador
aclamado por público e crítica e que serviu de inspiração para diversos
diretores da atualidade. Truffaut foi um dos nomes pré-selecionados pela
curadoria do Cineclube Natal para ir à votação do público, por meio da página
da instituição no Facebook. O resultado da enquete determinaria a temática da
quinta e última mostra do Cineclube Natal em 2013. O francês até foi ameaçado
pelo americano Howard Hawks, mas acabou sendo mais forte e se tornando o nome
da mostra.
As exibições, seguidas
de discussão sobre a obra do cineasta, acontecerão de 03 a 07 de dezembro
(terça-feira a sábado), sempre começando às 18h30, e terão como espaço Nalva
Melo Café Salão, na Ribeira. São cinco filmes escolhidos, um por noite, com um
grande diferencial: esses não são filmes populares da obra de Truffaut. O
Cineclube Natal oferece ao público a oportunidade de ter acesso a obras pouco
conhecidas do currículo do diretor, raras até mesmo entre os admiradores da
sétima arte.
O filme de estreia é o
drama “Atirem no pianista”, a ser exibido na terça-feira (03). Seguindo ele,
vêm as obras “A Idade da Inocência” (quarta-feira, 04), “Um só pecado”
(quinta-feira, 05), “A Noiva Estava de Preto” (sexta-feira, 06) e “A Mulher do
Lado” (sábado, 07). A seleção está
diversificada, passando pelo drama, romance, suspense e comédia.
No Café Salão há o bar,
em que é possível adquirir bebidas e algumas comidas. O Cineclube Natal cobra
uma taxa de manutenção de R$ 4 por sessão.
Serviço
Evento: Mostra François
Truffaut
De 03 a 07 de dezembro,
a partir das 18h30
Em Nalva Melo Café Salão
(Av. Duque de Caxias, 110, Ribeira)
Custo de manutenção: R$
4 (por sessão)
Programação completa
Terça-feira (03), às
18h30 - Atirem no pianista (Tirez sur le pianiste, 1960)
Com Charles Aznavour,
Michèle Mercier, Albert Rémy
Gênero: Drama
Nacionalidade: França
Sinopse: O pianista de
um bar, Charlie Koller (Charles Aznavour), é na verdade o concertista Edouard
Saroyan, que resolveu mudar de nome após o suicídio de sua esposa, Thérèse
(Nicole Berger). Sua vida começa a complicar quando seu irmão Richard Saroyan
(Jean-Jacques Aslanian), que é um vigarista, se refugia no bar, pois está sendo
caçado por dois gângsters, Momo (Claude Mansard) e Ernest (Daniel Boulanger).
(Adoro Cinema)
Quarta-feira (04), às
18h30 – A Idade da Inocência (L'argent de poche, 1976)
Com Georges Desmouceaux,
Philippe Goldmann, Nicole Félix
Gênero: Comédia/Drama
Nacionalidade: França
Sinopse: O filme
acompanha os eventos de diversas crianças durante o verão de 1976 na França e
suas frustrações, problemas e às vezes a apressada passagem para a
adolescência. (Cine Players)
Quinta-feira (05), às
18h30 – Um só pecado (La Peau douce, 1964)
Com Françoise Dorléac,
Daniel Ceccaldi, Laurence Badie
Gênero: Drama/Romance
Nacionalidade:
Portugal/França
Sinopse: Um conhecido
editor e escritor francês, Pierre Lachenay (Jean Desailly), ao viajar até
Lisboa conhece uma aeromoça, Nicole (Françoise Dorléac), por quem fica
apaixonado. Logo eles se envolvem, mas acontece que há 12 anos ele é casado com
Franca (Nelly Benedetti) e o casal tem uma filha, Sabine (Sabine Haudepin).
Assim eles mantêm o caso escondido de todos, com Pierre fazendo viagens de
negócios como forma de estar com Nicole, mas nem tudo transcorre da melhor
forma. (Adoro Cinema)
Sexta-feira (06), às
18h30 – A Noiva Estava de Preto (La mariée était en noir, 1968)
Com Jeanne Moreau,
Michel Bouquet
Gênero: Drama/Suspense
Nacionalidade:
França/Itália
Sinopse: O filme segue
os passos de uma viúva, cujo marido foi assassinado ao sair da igreja, logo
após a celebração do seu casamento, na caça aos responsáveis pela morte dele. O
mais hitchcockiano dos filmes de Truffaut, não foi em vão que compartilhou com
Hitchcock um célebre livro-entrevista, onde ficou clara sua admiração pelo mago
do suspense. Como sempre, Truffaut está perfeito na direção. O planejamento do
assassinato de Delvaux, que se acha detido numa penitenciária, é um dos pontos
altos do filme. (Inter Filmes)
Sábado (07), às 18h30 –
A Mulher do Lado (La femme d'à côté, 1981)
Com Gérard Depardieu,
Fanny Ardant, Henri Garcin
Gênero: Drama/Romance
Nacionalidade: França
Sinopse: Em Grenoble a
gerente de um clube de tênis narra os trágicos acontecimentos que se sucederam
quando um homem casado tem novos vizinhos e é surpreendido ao ver que a mulher
do novo inquilino já esteve envolvida com ele, há oito anos. Ambos se comportam
como se estivessem se conhecendo naquele instante, mas em pouco tempo o caso
deles é reiniciado. Durante uma festa ele perde o controle da situação e o fato
deles terem sido amantes no passado vem à tona, deixando toda a situação mais
tensa. (Adoro Cinema)
François Truffaut
Truffaut é considerado o
expoente mais famoso, no exterior, da Nouvelle Vague francesa. Seu primeiro
longa, Os Incompreendidos, de 1959, veio após ensaios com dois curtas e a
experiência crítica em uma série de textos para a revista Cahiers du Cinema, na
qual lançou um manifesto em prol da “política de autor”. Para Truffaut, o
cinema tinha perdido parte de sua magia com a interferência de grandes
produtores e estúdios de cinema, que seriam os responsáveis por tolher a livre
criação de diretores.
Outros filmes de sua
carreira são: De Repente Num Domingo, 1983; O Último Metrô, 1980; O Amor em
Fuga, 1979, O Quarto Verde, 1978; O Homem Que Amava as Mulheres, 1977; A
História de Adele H., 1975; A Noite Americana, 1973; O Garoto Selvagem, 1970;
Fahrenehit 451, 1966; Jules e Jim - Uma Mulher para Dois, 1962; Os
Incompreendidos, 1959.
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