Por Albimar Furtado*
Jornalista ▶ albimar@superig.com.br
Nosso Rio Grande do
Norte já foi do algodão, do minério, da lagosta, da carne de sol, do camarão,
da castanha de caju, as frutas tropicais. Temos o sal. Não faz muito tempo,
éramos um estado, no Nordeste, com um índice de desenvolvimento invejável. Os
últimos tempos conspiraram contra nós, nossos vizinhos ascenderam e fomos nós
na contra-mão. Há esforços para a retomada de novos tempos.
Viva, então, a música. É
aqui que hoje temos motivos para inflar nossa vaidade papa-jerimum,
(papa-jerimum que já não somos) soprados pelos bons ventos ou grandes
apresentações de nossas cantoras no The Voice da Globo. Temos, sim, todos os
motivos para nos envaidecermos delas e não apenas pelo programa de televisão,
mas principalmente pelo que têm mostrado ao longo do tempo.
Temos Simona Talma,
Swellen Pimentel e Christal. Show de bola, quer dizer, de interpretações. Mas
já tínhamos visto, meses antes, Valéria Oliveira interpretando Clara Nunes
junto à Velha Guarda da Portela. Agora, não bastassem os elogios dos julgadores
do The Voice à apresentação de Christal, dois dias após quem brilhava em outro
canal, o TV Câmara, era Liz Rosa, um programa inteiro ela sendo o centro da
apresentação.
Vem de antes essa safra
de talentos de nossa música. O Rio Grande do Norte do Trio Irakitan, de
Ademilde Fonseca, Aldair Soares (Pau e Arara), Terezinha de Jesus, Glorinha de
Oliveira, entre outros, está em ritmo mais acelerado. Vem de Roberta Sá
(soberba), Marina Elali e João Batista, revelados em outra atração global, o
Fama. E não fiquemos só nesses. Nossos teatros, casas de show, nossa noite
estão cheios desses talentos de nível igual aos citados.
Não sei o que é um dó,
um fá, um sol, mas gosto de música. Qual a virtude nisso? Exceção é quem não
gosta. O que quero dizer é que faz bem, aumenta a auto-estima dizer que temos
esses e essas caras esbanjando voz, sonoridade, ritmo e bossa em nossa Natal.
Gente que a gente ouve e o canto entra suave, prazeroso, fazendo a vida ficar
melhor. Sei que estou atrasado, muito já se falou nelas. Mas fiquei feliz e
continuarei batendo palmas para Simona, Swellen e Christal. Por isso, peço bis.
Ah! E o Rio Grande do
Norte e seu desenvolvimento no contexto do Nordeste e do Brasil? Deixa pra
depois do The Voice.
*Texto publicado na coluna do jornalista no Novo
Jornal [Leia mais]
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