Por Albimar Furtado*
Jornalista ▶ albimar@superig.com.br
Vi a cena e conto pra
vocês. Foi rápida e bela pelos elementos presentes. No shopping, enquanto a
mulher entrava na loja fui descansar as pernas sentado no banco do corredor.
Ali a gente fica olhando a cena, pessoas indo e vindo em grupos ou sozinhas,
alegres ou sisudas, elegantes ou não.
Nesse movimento vi duas
moças que se aproximavam, uma delas belíssima, saia longa de listras feito
onça, a blusa vermelho vivo na tonalidade do baton contrastando com o cabelo
louro e longo. Era a visão do paraíso. Rindo, então, uma visão celeste. Tinha
plena consciência da beleza de que era dona, mas em sua elegância não havia
gestos provocativos. Bela e simples.
Na contra-mão do
corredor três rapazes cravaram o olhar naquele monumento e a reação foi
inevitável, um elogio entusiasmado à beleza. Embasbacados, pararam. Ela ficou
mais bonita, retribuiu com um sorriso e seguiu sem olhar pra trás. Deixou em
seu rastro um mundo de olhares respeitosos, reverentes.
Fiquei matutando: como
há coisas e cenas bonitas à nossa volta, em meio às pessoas. Basta ter olhos e
querer enxergar e vida se torna mais
mansa e leve.
*Texto publicado na coluna do jornalista no Novo
Jornal [Leia mais]
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