Por José Vanilson Julião*
Jornalista freelancer
Setembro está
terminando. Mas há 40 anos, numa tarde de domingo de sol, dia 2, fui uma
testemunha ocular da história, parafraseando o slogan do famoso "Repórter
Esso" da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, nas décadas de 40 e 50.
Um anos antes, ele já
havia encerrado a carreira profissional numa despedida no principal palco, o
Maracanã, vestindo a camisa da
Seleção Brasileira. Mas, nessa data acalentei um sonho de infância, de
assistir Manoel Francisco dos Santos, o
“Garrincha”, atuou um tempo pela seleção da Liga Amadora de Currais Novos,
Região do Seridó, a LAC. O adversário: Centenário de Parelhas. Resultado: 2 a 1
para o selecionado local.
Os gols foram marcados
pelo atacante Nabor, o “Diabo Loiro”, primo do basquetebolista Oscar Schmidt,
Canteiro descontou para o time azul e branco da vizinha cidade. No intervalo
ele deu lugar ao titular Fernando.
Na única arquibancada,
do lado da sombra, do Estádio Coronel José Bezerra, estive ao lado do meu
papai, José Julião Neto, e do mano, Valdir. Anos depois, no começo dos anos
2000, conversei com outro torcedor sobre a partida, o delegado parelhense
Matias Laurentino dos Santos Filho.
Em Currais Novos,
“Garrincha” ficou hospedado no Hotel Tungstênio (Centro), fundado pelo
desembargador Tomaz Salustino de Araújo. Chegara pela manhã. Havia participado
de evento semelhante na cidade paraibana de Patos.
O time amarelo e azul de
Currais Novos formou com Castilho, Lucemario, Ivo, Imagem, França, Cia,
Geraldinho, Oliveira, Garrincha (Fernando), Nabor e Dota.
O Centenário: Doda,
Moacir, Mima, Barrá, Cofinha, Vando, Canteiro, Dué, Evilásio e Weber.
Esta foi a terceira
vinda de Garrincha ao Rio Grande do Norte. Em fevereiro, dias 4 e 9, em 1968 e
1969, respectivamente, esteve em Natal.
Primeiro na derrota do
Alecrim para o Sport Recife (0 a 1), com gol de Duda, alagoano que depois atuou
pelo Vitoria de Setúbal (Portugal), Sevilha (Espanha) e Futebol Clube do Porto
(Portugal).
Depois na vitória do
Flamengo sobre o ABC: 1 a 2. Um gol de Garrincha, um de Dionísio, descontando
Beto para o alvinegro da capital potiguar. As duas partidas aconteceram no
antigo Estádio Juvenal Lamartine, da avenida Hermes da Fonseca, no Tirol.
*Publicado na página do jornalista Valdir Julião, seu irmão.
Uma correçao: Garrincha fez a pardida de despedida em dezembro do mesmo ano. Veio a falecer dez anos depois. Em janeiro de 1983 (Vanilson)
ResponderExcluirDito e feito, meu caro e nobre colega jornalista. Parabéns pelo oportuno e emocionante texto!
ResponderExcluirEu que agradeço pela repercussao de tao simplorio texto sobre um "mito" do futebol brasileiro. Eh tao somente um singelo registro dos assuntos seridoenses...
ResponderExcluir