Por Albimar Furtado*
Jornalista ▶ albimar@superig.com.br
Um aqui, outro ali. No dia seguinte, um novo acolá.
E assim eles vão se mostrando, surpreendendo motoristas, fazendo a festa dos
donos de oficinas. Estamos vivendo este momento do surgimento deles sem prévio
aviso. Ainda poucos, mas já existem. E não temos visto, nestas mesmas ruas,
equipes da Prefeitura em ação para evitar a multiplicação dos indesejáveis
habitantes do asfalto.
Estes indesejáveis são os buracos, os mesmos que
meses passados e durante um prolongado tempo eram obstáculos a infernizar ainda
mais o já complicado trânsito natalense em seu caminho para o caos. Buracos
insistentes, teimosos, onipresentes. De nada adiantaram os criativos, bem
humorados mas contundentes cartazes em suas vizinhanças, protestando. Nem aí
para as notícias publicadas nos jornais, editadas na televisão, denunciadoras
no rádio, multiplicadas nas redes sociais. Bulhufas.
Início de administração, janeiro mostrou uma postura
nova, agressiva, fazendo desaparecer de uma hora para outra, feito uma ação
mágica, os buracos. Pois são estes buracos, em número infinitamente menor que aqueles
do ano passado, que começam a sinalizar como a provocar: estamos voltando. Não
sendo enfrentados, formarão um batalhão a desafiar a administração municipal.
Começam pequenos e com o passar do tempo e das chuvas, crescem em sua dimensão.
Amplia-se também o número de ruas a abrigá-los. Ao final, a estratégia para
elimina-los torna-se mais cara, sofrida e difícil.
*Texto publicado na
coluna do jornalista no Novo Jornal
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