Foto por assessoria: Divulgação
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O presidente do Banco do Nordeste (BNB), Ary Joel
Lanzarin, participou no final da tarde de segunda-feira (24), de reunião com
diversos produtores rurais e lideranças do setor na sede da Associação
Norte-rio-grandense dos Criadores (Anorc), em Parnamirim. Na pauta: o
endividamento rural e a nova política de refinanciamento do teto de até R$ 35
mil proposta pelo Governo Federal por ocasião do lançamento do Plano Safra
2013/2014.
Agendada pelo presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves, a reunião contou com a presença do secretário de
Agricultura do Estado, Júnior Teixeira, do presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária do RN, José Álvares Vieira, da diretoria da Anorc,
prefeitos de cidades do interior e produtores rurais.
Para o presidente da Faern, José Vieira, a reunião
foi proveitosa e servirá como ponto inicial de novas conversas com o banco.
“Acredito que foi uma reunião positiva. O presidente Ary Joel ouviu de inúmeros
produtores a triste realidade do campo potiguar e os casos de execuções pelo
banco. Espero que ele leve aos seus diretores a nossa situação e que algo de
positivo possa ser feito em favor dos produtores. Ele prometeu novas
informações para muito breve”, ressaltou Vieira.
Alijados das negociações
O presidente da Anorc, agropecuarista Marcos Aurélio
Sá, analisou a reunião. “A despeito da
inegável importância do BNB para a economia do estado, é preciso considerar que
há uma fatia expressiva de produtores responsável pelo desempenho do
agronegócio alijados da negociação que, por enquanto, privilegia mais as faixas
de produtores familiares. Não somos contra isso, mas queremos saber o que o
Governo Federal – e particularmente o BNB-
tem a nos dizer no momento em que o estado emerge de uma das maiores
secas de que se tem notícia”, lembrou Marcos Aurélio.
De acordo com informações repassadas a imprensa, o
ativo total do Banco do Nordeste junto aos produtores familiares em suas
diferentes linhas de financiamento soma R$ 349 milhões contra R$ 287 milhões
para os não-pronafianos.
Os recursos destinados especificamente para socorrer
os produtores e minimizar os efeitos da seca, entre junho do ano passado e
março deste ano, somam R$ 210 milhões, sendo que desses R$ 142 milhões foram
para a agricultura familiar e e apenas R$
30 milhões para os não pronafianos. Os restantes R$ 40 milhões foram destinados
a tomadores ligados ao comércio de bens e serviços do setor rural.
“Não somos contra os financiamentos para os
pronafianos, eles merecem essa ajuda, mas os pequenos e médios produtores
também merecem uma maior parceria do banco. Sem isso, estaremos afundados em
dividas que nunca serão pagas”, finalizou o presidente da Faern, José Vieira. [Paulo Correia Assessoria de imprensa do
Sistema Faern/Senar (84) 9986-7476 / 3342-0200]
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