Por Geraldo Anízio*
O chapeu é ferramenta indispensável na vida diária
do seridoense. O chapeu é peça integral do corpo, assim como a calça, camisa e
sandália. A permanência de um sol muito quente no sertão, trouxe ao sertanejo,
o hábito e o costume de o uso constante para se proteger dos raios solares.
O trabalhador rural não sai de casa sem o chapeu
dele. O chapéu faz sombra aos olhos e evita queimar a pele do rosto. Não somente
isso, o chapeu ainda serve de abano nas horas de calor. O sertanejo abana-se
amenizando a temperatura causada pelo calor escaldante e serve ainda para trazer frutas miúdas e preservar
a cabeça de alguma incidência.
Nas casas mais antigas havia um porta chapeu,
pois, era de praxe, os cavalheiros retirarem
seus chapeus antes
das refeições em casas alheias ou na própria.
Sabe-se que os mais
velhos tiravam os chapeus em
respeito às senhoras e aos mais idosos
por educação e moral. Ninguém ousara
entrar nas igrejas de chapeu na cabeça. Os padres também faziam uso quando
saiam em visitas pastorais.
Aos poucos, o chapeu tem ficado em segundo plano, já
não sendo prioridade nos passeios ou no trabalho.
O mundo não
se acaba, contanto que os tempos mudam, “mudam-se os tempos, mudam-se as
vontades; todo o mundo é todo de mudança, tomando sempre novas qualidades”, Luiz
de Camões.
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