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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Produção de energia elétrica conta com auxílio das termelétricas de reserva

Borborema Energética é a única termelétrica em funcionamento na Paraíba dentro dos padrões exigidos por órgãos reguladores

Fotos por assessoria: Divulgação
Em períodos de grande estiagem, geralmente quando os mananciais estão com nível de água bem abaixo da normalidade, entra em cena uma importante ferramenta para auxiliar a produção de energia elétrica para o país. São as usinas termelétricas, que funcionam em regime de “disponibilidade”, ou seja, estão sempre à disposição para atender em momentos de grande necessidade do SIN (Sistema Interligado Nacional), sistema esse que compõe toda a "malha" elétrica do país, com algumas exceções existentes, por enquanto, na região Norte do país.
 
Estas instalações industriais só entram em funcionamento quando são requisitadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), via Ordem de Despacho, geralmente em casos de emergência, ou seja, quando existe o possível comprometimento do fornecimento de energia ao sistema nacional.
 
Devido à grande seca que assola, principalmente a Região Nordeste, sendo considerada o pior fenômeno identificado nos últimos 40 anos, o ONS determinou o imediato acionamento de todas as termelétricas em disponibilidade no Brasil desde outubro de 2012. O órgão detectou que a Curva de Aversão ao Risco (CAR), que define o nível de armazenamento de usinas hidroelétricas e que garante a segurança da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), atingiu índices críticos.
 
Os reservatórios da região Nordeste atingiram níveis tão sofríveis que, para ter uma ideia da situação da região, a barragem de Sobradinho, na Bahia, considerada a maior do Nordeste e a segunda do Brasil, se encontra em torno de 25% da sua capacidade total, quando o limite de segurança estabelecido para as represas de hidrelétricas da região é de 34%.
 
De acordo com informações da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), na Paraíba, vários açudes já estão completamente secos, especialmente os de menor porte, com capacidade de armazenamento de até 200 mil metros cúbicos. Além disso, 50% de toda água armazenada na Paraíba está concentrada em apenas dois açudes, o Coremas Mãe D´água e o Epitácio Pessoa.
 
Na Paraíba, existem duas usinas termelétricas licenciadas, no entanto, apenas a Borborema Energética S. A., localizada em Campina Grande, está em pleno funcionamento. A indústria entrou em atuação em outubro do ano passado. Com três anos de fundação, esta foi a primeira vez que a termelétrica recebeu uma Ordem de Despacho do ONS. No momento, a usina funciona com 100% da sua capacidade e ainda sem previsão recuo.
Para o gerente administrativo-financeiro da Borborema Energética S. A, Sérgio Cândido, é necessário explicar que, o que interfere o fornecimento de energia elétrica na região nordeste e no Brasil, são os níveis dos reservatórios da região Sudeste onde estão concentrados os principais reservatórios de água do país.
 
"A seca severa pela qual estamos passando fez os níveis dos reservatórios de todo o Nordeste atingirem pontos críticos que, sem dúvida alguma, iriam comprometer o suprimento de energia da região. Para evitar isso, as termelétricas em disponibilidade, existentes na região, também estão em regime de despacho contínuo, sem previsão de parar, garantindo o fornecimento para todo o país, pelo menos até chover em grande quantidade, principalmente nos reservatórios da região sudeste, para que os níveis dos reservatórios voltem ao normal", disse Sérgio Cândido.
 
Ao todo, a Borborema Energética S. A. produz, energia elétrica para 36 empresas distribuidoras de todo o Brasil. Entre elas está a própria Energisa, localizada na Paraíba. Com 50 mil metros quadrados ocupados por equipamentos de alta tecnologia, a usina é capaz de produzir energia suficiente para abastecer uma cidade de porte maior que Campina Grande.
 
Regras ambientais rigorosas

 
Apesar de se notabilizarem como matrizes energéticas de extrema importância para o país, as termelétricas precisam cumprir rigorosas normas ambientais para entrarem em funcionamento. Isso acontece em função do processo produtivo normalmente ser baseado na queima de algum tipo de combustível fóssil. Para isso, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece que sejam realizadas fiscalizações frequentes nas empresas do ramo.

A Borborema Energética funciona dentro dos padrões ambientais exigidos pela legislação brasileira. De acordo com o consultor ambiental, Fábio Pedro, a empresa utiliza, normalmente, cerca de dez programas internos de gestão ambiental de produção, que abrange o monitoramento frequente, mensal, de cerca de 100 pontos estratégicos, a exemplo dos documentos emitidos, resíduos líquidos utilizados, resíduos sólidos, utilização de combustíveis, emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera, entre outros.   
 
“A usina delibera, por conta própria, programas de gestão ambiental que proporcionam um maior rigor em relação ao controle dos impactos causados ao meio ambiental. É devido a esses cuidados que a Borborema Energética se destaca entre as demais indústrias do ramo”, argumenta o consultor Fábio Pedro, da Empresa Consultoria Ambiental, que presta serviços à Borborema Energética. Além disso, a Borborema Energética produz energia elétrica através da queima do OCB1, óleo combustível com baixo teor de enxofre e pouca viscosidade, padrão em todo o país, entregue pelas refinarias da Petrobrás. 
 
A empresa também funciona com equipamentos finlandeses, de primeira linha, umas das tecnologias mais modernas adotadas no mundo.
 
Relatório
 
Sempre preocupada com a questão da preservação do meio ambiente, a Borborema Energética ainda contrata empresas especializadas para realizar análises frequentes em torno da emissão de gases pelas chaminés da usina, entre outros pontos. No último mês de outubro, por exemplo, quando a empresa começou a funcionar, foi produzido um relatório de funcionamento que constatou a regularidade da indústria. O documento foi entregue às entidades responsáveis pelo controle do meio ambiente.
 
“Enquanto muitas empresas estão preocupadas apenas em cumprir as normas para conseguir a licença de funcionamento, a Borborema faz mais. A usina cumpre as regras ambientais, desenvolve programas de gestão ambiental vai além dos critérios exigidos para o seu pleno funcionamento”, argumenta Fábio Pedro.
 
Incentivo à plantação de árvores
 
A Borborema Energética também deu início ao desenvolvimento do programa de Compensação Parcial de Emissão de Carbono. A iniciativa busca incentivar a plantação de árvores, geralmente em áreas degradadas, com baixo volume de mata ciliar.
 
Após concluído o período temporal de funcionamento da termelétrica, a empresa promoverá um estudo ambiental sobre o impacto causado pela quantidade de CO2 liberado na atmosfera, devido à produção de energia elétrica. “Partindo desse estudo será feito um cálculo parcial sobre a necessidade de quantas mudas de árvores deverão ser distribuídas para plantação. A iniciativa é fantástica, pois, poucas empresas costuma desenvolver esse tipo de programa”, encerra Fábio Pedro.
 
O programa de Compensação Parcial de Emissão de Carbono será desenvolvido em parceria com órgãos ligados à preservação do meio ambiente. Para isso, a Borborema Energética dispõe de um viveiro de mudas, onde estão sendo produzidos diversos tipos de espécies nativas, exóticas e também algumas espécies com o viés medicinal, que serão totalmente doadas.
 
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