Por Albimar Furtado*
Jornalista ▶ albimar@superig.com.br
Li, nos últimos dois dias, as matérias sobre os 150
anos do mais antigo metrô do mundo, o “tubo” de Londres. Um janeiro de festas
pela novidade no comecinho do ano de 1863. A memória congela a cena histórica
apresentada no vídeo e se volta para Natal, lenta e maltratada, avançando no
calendário do século XXI. E nós? Nada. Bem que falou-se muito, fez-se alarde,
aproximava-se o momento de, um século e meio depois do “tubo” ganharmos o
nosso.
Chegaria no rastro da Copa do Mundo. Bendita Copa
que resolveria muitos dos nossos males, principalmente os de mobilidade urbana.
Passamos até a conviver bem com o “mobilidade urbana”, que não era assim tão
coisa nossa. Ficou a expressão, mas sobre o nosso tão esperado metrô, o nosso
“tubo”, nunca mais falou-se. A nossa Copa tem se resumido ao estádio, este sim,
garantido. Mas não sei, não disseram ainda, a que se destinará o novo colosso
de Lagoa Nova depois dos quatro jogos do mundial. Um dia, sei lá quando,
matarei minha curiosidade.
Voltando ao nosso metrô, que cheguei a imaginá-lo
colorido, desfilando sua imponência por Natal em festa, sobre ele também não se
falou mais. Otimista, acho que virá. Difícil para julho de 2014, mas quem sabe
até lá esteja com meio caminho andado. Que chegue depois, mesmo assim a população
ficará agradecida. Direi a meus netos que os filhos deles, no ano de 2164,
estarão lendo/vendo ou sei lá o que a tecnologia reservará para eles, sobre os
150 anos do metrô de Natal.
*Texto publicado na coluna
do jornalista no NOVO JORNAL
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