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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O adeus ao ateu que projetou Brasília, Patrimônio da Humanidade

Fotos: assessorn.com 

O público foi se despedir do arquiteto que desenhou com traços futuristas a capital federal. Muita gente em fila, a subir a rampa do Palácio do Planalto para o último adeus a Oscar Niemeyer, morto ontem (5) à noite no Rio de Janeiro, perto de completar 105 anos de vida, bem vivida e ativa. Ao chegar no Palácio, o corpo foi recebido pela presidenta Dilma e demorou cerca de três horas, saindo por volta das 19h30 para retornar ao Rio de Janeiro, onde será velado durante esta sexta-feira(7), no Palácio da Cidade, em Botafogo, e o enterro às 17h30, no Cemitério São João Batista.
 
A fila para o velório começou a se formar antes mesmo do corpo chegar. Estudantes, funcionários públicos, embora o expediente fora normal, aposentados ex-operários da construção da cidade, muita gente simples, como era o perfil de Oscar Niemeyer.
 
Grupos de movimentos
 
Apesar da tranquilidade, o evento foi alvo de protesto por parte de um grupo que é contrário a um projeto de lei enviado à Câmara Legislativa Distrital que permite construir mais obras no Plano Piloto de Brasília, descaracterizando o projeto original do próprio Niemeyer e que poria em risco o título da cidade de Patrimônio da Humanidade,  concedido pela Unesco.
 
Para o controle da equipe de segurança da Presidência, as pessoas passavam por uma revista rápida, seguida de um detector de metais. Nesse momento, este blogueiro ouviu um comentário: “Pra quê isso, o homem já está morto!"
 
Um grupo de integrantes do MST formou fila com bandeiras do movimento e, ao chegar no caixão, foram proferidas palavras de ordem, referentes às causas sociais defendidas em vida pelo arquiteto que se proclamava comunista. No instante também foi ensaiado, de punho em riste, trecho do hino do MST.  
    
Ateu Deus
 
Muito foi dito, nesse último dia, a respeito desse brasileiro que projetou um Brasil moderno, futurista, para o resto do mundo. A imprensa e a televisão, mais ainda, mantinham vasto material, especialmente pela longevidade do personagem. Mas, em resumo, pode-se dizer que mesmo com seu pensamento, sua ideia de ateísta convicto, o mundo seria um Céu se todas as pessoas que pisam o solo deste Planeta fossem como Oscar Niemeyer. Certamente que Jesus nem precisaria ter morrido na cruz!
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