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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Grande desafio

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti
Jornalista tarcisiocavalcanti@bol.com.br http://ptarcisio.blogspot.com
 
Por maior que tenha sido a vitória obtida por qualquer candidato a prefeito, ele não deve guardar ilusões: O pavio da paciência popular está ficando, cada vez, mais curto.
 
Ou seja: a contagem regressiva para que essa paciência acabe começou a correr, mal os resultados sairam das urnas.
 Assim não há tempo a perder.
 
Pois, quem não for conseguindo concretizar, logo nos primeiros atos, a expectativa que despertou no período da campanha, de imediato, começará a ser cobrado.
 
Por maior que tenha sido o rombo herdado, há problemas cujas soluções o eleitorado precisa pra ontem, por mais complicadas que sejam, inclusive, na área da saúde e em outros setores básicos, como na limpeza e na iluminação públicas e, ainda, no estado das ruas e avenidas.
 
Antigamente, dizia-se de quem recebia uma administração, que o primeiro ano deveria ser destinado à arrumação da casa; o segundo para equilibrar as finanças e fazer caixa; o terceiro para administrar; o quarto e último ano, para enfrentar a campanha seguinte.
 
Hoje, essa pragmática estratégia já não contempla mais o desejo da população. O povo tem pressa. Cansou de tantas promessas não cumpridas; de tantos problemas que só fazem se agravar.
 
Eu não quero ser redundante citando nomes e exemplos concretos, até para não ferir suscetibilidades. Mas, aqui, bem perto da gente, há expressivas e respeitadas lideranças que, em sua mais recente experiência eleitoral, conquistaram nas urnas verdadeiras consagrações. Agora, porém, amargam o desencanto e a frustração da insatisfação popular.
 
É fundamental que os eleitos não se deixem contaminar pelo vírus do deslumbramento que as vitórias costumam provocar.
 
Está ficando cada dia mais penoso o exercício da vida pública, até porque a capacidade da “viúva” de produzir atitudes e realizações posit
ivas parece estagnada. Pelo menos não cresce na mesma proporção com que explodem as necessidades da população.
 
Quer dizer: Os eleitos precisam estar conscientes de que, na realidade, o que buscaram nas urnas foi um verdadeiro “imprensado”; e de que precisam dar contas do recado, especialmente se pretenderem continuar enfrentando o desafio da vida pública. Difícil? Claro que sim. Muito difícíl, mas não impossível, desde que haja talento administrativo,zelo com a coisa pública e a convicção de que, na administração de dificuldades, a transparência precisa ser total e absoluta.
 
*Texto publicado na coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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