Por Paulo Tarcísio Cavalcanti
Jornalista
▶ tarcisiocavalcanti@bol.com.br ▶http://ptarcisio.blogspot.com
Por maior que tenha sido a vitória obtida por
qualquer candidato a prefeito, ele não deve guardar ilusões: O pavio da
paciência popular está ficando, cada vez, mais curto.
Ou seja: a contagem regressiva para que essa
paciência acabe começou a correr, mal os resultados sairam das urnas.
Assim não há
tempo a perder.
Pois, quem não for conseguindo concretizar, logo nos
primeiros atos, a expectativa que despertou no período da campanha, de imediato,
começará a ser cobrado.
Por maior que tenha sido o rombo herdado, há
problemas cujas soluções o eleitorado precisa pra ontem, por mais complicadas
que sejam, inclusive, na área da saúde e em outros setores básicos, como na
limpeza e na iluminação públicas e, ainda, no estado das ruas e avenidas.
Antigamente, dizia-se de quem recebia uma
administração, que o primeiro ano deveria ser destinado à arrumação da casa; o
segundo para equilibrar as finanças e fazer caixa; o terceiro para administrar;
o quarto e último ano, para enfrentar a campanha seguinte.
Hoje, essa pragmática estratégia já não contempla
mais o desejo da população. O povo tem pressa. Cansou de tantas promessas não
cumpridas; de tantos problemas que só fazem se agravar.
Eu não quero ser redundante citando nomes e exemplos
concretos, até para não ferir suscetibilidades. Mas, aqui, bem perto da gente,
há expressivas e respeitadas lideranças que, em sua mais recente experiência
eleitoral, conquistaram nas urnas verdadeiras consagrações. Agora, porém,
amargam o desencanto e a frustração da insatisfação popular.
É fundamental que os eleitos não se deixem
contaminar pelo vírus do deslumbramento que as vitórias costumam provocar.
Está ficando cada dia mais penoso o exercício da
vida pública, até porque a capacidade da “viúva” de produzir atitudes e
realizações posit
ivas parece estagnada. Pelo menos não cresce na
mesma proporção com que explodem as necessidades da população.
Quer dizer: Os eleitos precisam estar conscientes de
que, na realidade, o que buscaram nas urnas foi um verdadeiro “imprensado”; e
de que precisam dar contas do recado, especialmente se pretenderem continuar
enfrentando o desafio da vida pública. Difícil? Claro que sim. Muito difícíl,
mas não impossível, desde que haja talento administrativo,zelo com a coisa
pública e a convicção de que, na administração de dificuldades, a transparência
precisa ser total e absoluta.
*Texto publicado na
coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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