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sábado, 27 de outubro de 2012

Crescem empregos nas cidades, mas faltam vagas no campo

Por Albimar Furtado*
Jornalista albimar@superig.com.br
 
Vejo a notícia na televisão e no jornal. Na TV, o anúncio ontem, pelo IBGE, do melhor setembro dos últimos 10 anos para a criação de empregos com carteiras assinadas no país. Viva! O desemprego ficou ali pela casa os 5%. Longe dos dois dígitos de anos passados. Mas no jornal do final de semana a informação era específica para a área rural do Rio Grane do Norte: redução grande no número de vagas de trabalho. As demissões superaram as contratações. Contradições de um Brasil grande, grande demais e que teima em anunciar números e percentuais menores pra o Nordeste. Apesar de todos os avanços
 
Nos centros maiores, a celebração. Uma nova classe média, uma multidão saindo da linha de pobreza e entrando no mundo do consumo, imaginando-se no paraíso. O outro lado no campo, hoje e há cerca de 40 décadas abrigando uma população bem menor que a dos centros urbanos, lamentos pelo desemprego. Culpa da estiagem, da menor produtividade, da desaceleração dos investimentos. Menos milho, menos feijão, redução da produção de leite, menos oferta, maior preço para o que restou, dinheiro mais escasso para comprar.
 
Sem novidade. Da mesma forma que não é novidade esta cantiga antiga de pegar sempre de surpresa os governos. Nunca, em tempo algum, houve um programa para enfrentar –ou conviver como defendem muitos-, as situações de seca. Os gritos de hoje já não são tão intensos como os de antes –é menos gente a implorar e as aposentadorias que começaram com o Funrural e hoje reforçadas pelo Bolsa Família abafam os clamores. Mas não eliminam o sofrimento.
 
*Texto publicado na coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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