VII
CBUC termina com expectativa de que as áreas protegidas sejam vistas como fator
de desenvolvimento socioeconômico
Durante cinco dias, mais de 1.000 congressistas de
26 estados brasileiros e do Distrito Federal e de sete países participaram da
programação do VII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação.
Ampliar a criação e planejar, de forma sistemática,
as unidades de conservação no país, e buscar a aproximação com o setor
econômico na proteção dos remanescentes naturais. Essa é a análise da
presidente do VII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), Malu
Nunes, ao encerrar o evento na manhã desta quinta-feira (27), no Centro de
Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte.
Realizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção
à Natureza, o VII CBUC contou com a participação de mais de 1.000 congressistas
de 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, e de sete países. Foram mais
de 50 conferências, simpósios e palestras, sete lançamentos de livros, 17
reuniões técnicas, além de outras reuniões e eventos paralelos ao programa
oficial. O evento apresentou também 119 trabalhos técnicos que abordaram
diversos assuntos relacionados às áreas protegidas e à conservação da natureza.
“Ao longo das palestras, dos simpósios e dos debates
percebemos que as discussões sobre a manutenção das unidades de conservação
tiveram seu foco ampliado para além da conservação da biodiversidade,
alcançando o contexto social e econômico dos países e das comunidades onde elas
estão inseridas”, afirmou Malu.
Com o tema “Áreas Protegidas: um oceano de riquezas
e possibilidades”, o VII CBUC procurou avançar no debate sobre as unidades de
conservação nas zonas marinha e costeira, que hoje são 1,5% no Brasil e que até
2020 têm que alcançar 10%.
“Pela primeira vez, tratamos no CBUC das unidades de
conservação marinhas com mais profundidade. Essa é uma questão que realmente
nos preocupa porque temos poucas áreas protegidas e muitas ameaças. Trouxemos
vários painéis, principalmente no III Simpósio Internacional de Conservação da
Natureza, sugestões e projetos desenvolvidos por pesquisadores e organizações
para conservar essas áreas”, relatou a presidente do evento.
Ainda de acordo com Malu Nunes, a conservação de
unidades marinhas tem sido uma preocupação da Fundação Grupo Boticário desde
2009, quando eles se anteciparam às discussões globais na tentativa de
desenvolver pesquisas e estudos sobre essas áreas. “É um desafio, mas estamos
atentos para encontrar soluções e propor mecanismos que contribuam com a
conservação deste sistema”, disse.
Foram apresentadas 22 moções no VII CBUC, das quais
16 foram aprovadas pelo comitê técnico. Dessas, uma foi aprovada, por antecipação,
e foi em repúdio ao novo Código Florestal, votado pelo Senado na noite de
terça-feira. As moções aprovadas serão encaminhadas aos órgãos indicados pelos
seus proponentes.
“Esperamos que as discussões e reflexões provocadas
nesse Congresso sejam disseminadas e sirvam de inspiração para mobilizar as
organizações e a sociedade na busca de alternativas viáveis nos âmbitos
ambiental, social e econômico em favor da proteção da biodiversidade, das áreas
protegidas e da mitigação das mudanças climáticas”, concluiu Malu.
Confira aqui
relação das moções aprovadas ou no endereço do site do VII CBUC – www.fundacaogrupoboticario.org.br/cbuc
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