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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Reflexão necessária

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti
Jornalista tarcisiocavalcanti@bol.com.br http://ptarcisio.blogspot.com

Fiquei estarrecido com as distorções apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado na gestão financeira do governo do Rio Grande do Norte no ano de 2011.

A favor da governadora Rosalba Ciarlini diga-se que ela herdou um orçamento elaborado na gestão anterior.

Por esse orçamento, previa-se que o RN teria uma receita de 9 bilhões e 500 milhões de reais. Mas, na realidade, a arrecadação esbarrou em 7 bilhões e 800 milhões de reais.

Diferença grande, é verdade. Um bilhão e 700 milhões a menos. Muito grande. Mas, qualquer governo um pouco mais previdente, no mínimo, desconfiaria que isso iria, de fato, acontecer.

Eu sei que, pra qualquer um, de longe, é muito cômodo, fácil e tranquilo criticar. Mas, sinceramente, compete ao governo dar uma palavra de satisfação à sociedade em cima das principais distorções apontadas no relatório do conselheiro Paulo Roberto Alves.
Eu sou um ardoroso defensor de gastos públicos com publicidade. Não pelo fato de ter o meu salário pago pela publicidade, como trabalhador da área de Comunicação. Mas, porque, sem publicidade, não existe a decantada transparência, tão fundamental e necessária ao acompanhamento da gestão pública.

Mas, daí a aceitar que se gaste mais com publicidade do que com saúde pública, vai uma distância muito grande. E foi isso o que ocorreu no ano passado, aqui no Rio Grande do Norte, segundo o já citado relatório do Conselheiro Paulo Roberto Alves.

No caso específico, não vejo os gastos com publicidade como algo extraordinário. Agora, indubitavelmente, o que se destinou à saúde foi, por demais, insuficiente.

Aliás, na circunstanciada reportagem de Jalmir Oliveira publicada na edição de ontem, do NOVO JORNAL, chamou a atenção o montante das despesas feitas com diárias para servidores públicos. Elas representaram mais do dobro do que se gastou, diretamente, com saúde pública em todo ano de 2011.

Claro: O TCE não detectou nenhum ato de desonestidade por parte da administração. Mas elencou nada menos que 19 ressalvas, algumas referentes ao governo anterior e que, nem por isso, podem deixar de merecer uma profunda reflexão por parte da governadora.

Como já coloquei, S. Excia. deve uma explicação  à sociedade, especialmente, se puder garantir que as distorções apontadas estão sendo todas corrigidas.

*Texto publicado também na coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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