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sábado, 18 de agosto de 2012

Natal ainda espera o começo da campanha

Albimar Furtado*
Jornalista albimar@superig.com.br

Os candidatos já existem, foram registrados, já participaram até de debates. Coligações foram formadas, partidos se juntaram e, no começo, era incentivo e motivação. Um dia anunciaram que a campanha estava nas ruas. Que ruas? Bom, os candidatos andam, cumprimentam as pessoas, ouvi até notícias de que teriam feito comícios. Está certo, informação correta: os candidatos estão nas ruas. Mas pelo que vemos e sentimos, a campanha não está no povo. Está longe das pessoas, não motiva, não provoca discussão, não tem hino, nem bandeira. Carros poucos com adesivos.

É informação tirada de pesquisa? Não. Não tem nada de científico, de dados seguros. É apenas observação. Entrei na fila de banco, ouvi comentários sobre ABC, América, Série B no futebol. Campanha? Nada. Nem pra fazer piada. Fui ao supermercado, encontrei conhecidos e amigos. Ninguém perguntou sobre as novidades políticas. Fui pra fila do caixa, conversaram sobre novela, Tufão e Carminha,discutiram sobre o caráter de Nina, arriscaram na previsão de futuras cenas. Política? Nem de fininho. Mesmo no ambiente de trabalho, se fosse feito um ranking dos assuntos mais falados, a campanha estaria na rabeira.

Tudo isto, numa cidade que já respirou política em todas as suas ruas, avenidas, vilas, becos, casas, bares, beira de praia, interior dos ônibus. Cidade que virava a noite em festa pelos seus candidatos. Esta mudança de comportamento é boa ou ruim? Resposta para os cientistas políticos. Mas arrisco em dizer que a cidade ganhou com o fim do radicalismo, do fanatismo. Mas chegar à outra ponta da questão é, no mínimo, estranho. A indiferença empobrece a discussão sobre as necessidades da cidade, propostas de gestão; impede conhecer melhor os candidatos que se mostram para pedir o voto. Ainda há tempo para subir a temperatura dessa luta. É esperar pra ver.

*Texto publicado na coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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