Ajuda
financeira do Governo Federal está condicionada a decreto que determine
situação de emergência. O problema da erosão se arrasta há anos, mas foi
preciso o caos para acender o sinal de alerta
O encontro realizado na tarde desta segunda-feira
(09) para debater o problema do calçadão de Ponta Negra, chegou a uma
conclusão: antes de pensar em qualquer providência é preciso decretar estado de
calamidade da cidade. Em ano eleitoral a transferência de recursos federais
está condicionada a um documento que comprove a situação de emergência.
Foi isso o que deixou claro o técnico do
departamento de infraestrutura turística do Ministério do Turismo, Neusvaldo
Ferreira
, durante o debate proposto pelo deputado Hermano Morais e articulado
pelo líder do PMDB na Câmara Henrique Alves. Estavam presentes os principais
nomes do trade, como o presidente do Natal Convention Bureau, George Costa e
Habib Chalita, da ABIH, o coordenador da Câmara empresarial do Turismo da
Fecomércio, George Gosson, Eugênio Cunha, da UFRN, CREA, Caern e Governo do
Estado.
Essa não é a primeira vez que a situação do calçadão
de Ponta Negra é alvo de discussões. O problema da erosão se arrasta há anos,
mas foi preciso o caos para acender o sinal de alerta. “Agora não tem mais
paliativo que dê jeito. Chegamos numa situação tal que não somente quem depende
do turismo está sofrendo com o descaso da prefeitura, mas os próprios moradores
da região. As manilhas estão expostas e o esgoto está indo direto para a praia.
Já existe o comprometimento da balneabilidade do local. A omissão do poder
público municipal resultou em crime ambiental”, destacou George Gosson.
De acordo com dados do Natal Convention Bureau,
desde outubro o fluxo de passageiros em Natal caiu 15%, se comparado a períodos
anteriores. Para o presidente da entidade, George Costa, a principal fonte de
arrecadação da economia local merecia ser tratada com mais zelo.
O deputado Henrique Alves chamou a atenção para as
parcerias. Segundo o líder do PMDB, o problema só será resolvido se todos –
governo federal, estadual e município – trabalharem em conjunto. Para ele, o
que não pode continuar é essa situação vergonhosa da orla de Natal, “hoje uma
das mais feias do Nordeste”, reclamou.
A expectativa é que a cidade reverta esse quadro. A
solução apontada pelos técnicos é inicialmente construir uma estrutura para
proteger a área das obras. Depois, a solução definitiva é aterrar a praia. Um
exemplo bem sucedido de como isso pode dar certo é a praia de Copacabana.
“Precisamos recuperar a nossa praia e as belezas que nela se encontram. Ponta
Negra pede socorro e nós temos obrigação de fazer algo. Por isso, minha
primeira preocupação foi pedir ajuda às pessoas certas, que podem de fato
contribuir”, finalizou o deputado Hermano Morais. [Por Micheline Borges]
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