Por Paulo Tarcísio Cavalcanti*
Jornalista
▶ tarcisiocavalcanti@bol.com.br ▶http://ptarcisio.blogspot.com
Não conheço uma única pessoa que não deseje um mundo
melhor. Mais justo, mais solidário; mais saudável, mais fraterno; mais igual.
Um mundo seguro e pacífico.
O problema é que são tantos os problemas que o mundo
tem, que não está sendo fácil a construção desse mundo melhor tão sonhado.
Aqui e acolá me vejo refletindo sobre a realidade do
mundo em que vivemos e as propostas que cada um de nós elenca como contribuição
à concretização do sonho.
De repente, me perguntei: E se todos os que se dizem
cristãos lessem mais o “Sermão da Montanha”? Refletissem mais sobre as lições
que através dele Jesus nos deixou? E, ao menos, houvesse um esforço de cada um
para colocá-lo em prática? Vivê-lo integralmente as 24 horas do dia, julgo
quase impensável para o ser humano. Não que seja impossível. Mas, porque, como
o próprio Jesus avisou, pra consolo dos seus próprios primeiros apóstolos, “A
carne é fraca”.
Tal advertência, porém, assim o entendo, ele não
colocou como um impeditivo, como desestímulo: “Você não pode”. Pelo contrário
foi uma maneira de estimular: “Você pode!” Por mais difícil que seja, quem se
declara cristão deveria enfrentar, todos os dias – em casa, no trabalho, no
lazer, em toda parte – a desafiadora experiência de começar a tentar,
recomeçando sempre a cada necessidade, a cada falha, a cada erro.
Seria ou não seria um bom começo? Agora: Não nos
iludamos. Falando assim parece até fácil, cômodo até. Mas, se fosse na
realidade, o número dos que já começaram a tentar e continuam tentando seria
muito maior, hoje em dia. Inclusive, o número dos que recuaram, desistiram de
tentar e, depois, voltaram a recomeçar.
Eu sei que não tenho currículo nem bagagem pra ficar
tratando do “Sermão da Montanha”.
Longe de mim tal pretensão. Mas, também, não tenho
como segurar as reflexões que sou levado a fazer e que me chegam sem bater.
Preciso compartilhá-las, submetê-las à apreciação de outros, sem outro
propósito, a não ser o de buscar uma fórmula que me permita fazer a minha
parte, por mais insignificante que seja.
Voltando ao “Sermão da Montanha”. Quem se declara
cristão, não pode deixar de lê-lo sempre que necessário, até como forma de
procurar ter coragem pra começar a tentar (e recomeçar sempre) a desafiadora
experiência de vivenciá-lo. Está em Mateus, Capítulo 5, a partir do versículo
terceiro.
*Texto publicado na
coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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