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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Todo mundo sonha

Por Paulo Tarcísio Cavalcanti*
Jornalista tarcisiocavalcanti@bol.com.br http://ptarcisio.blogspot.com

Não conheço uma única pessoa que não deseje um mundo melhor. Mais justo, mais solidário; mais saudável, mais fraterno; mais igual. Um mundo seguro e pacífico.

O problema é que são tantos os problemas que o mundo tem, que não está sendo fácil a construção desse mundo melhor tão sonhado.

Aqui e acolá me vejo refletindo sobre a realidade do mundo em que vivemos e as propostas que cada um de nós elenca como contribuição à concretização do sonho.

De repente, me perguntei: E se todos os que se dizem cristãos lessem mais o “Sermão da Montanha”? Refletissem mais sobre as lições que através dele Jesus nos deixou? E, ao menos, houvesse um esforço de cada um para colocá-lo em prática? Vivê-lo integralmente as 24 horas do dia, julgo quase impensável para o ser humano. Não que seja impossível. Mas, porque, como o próprio Jesus avisou, pra consolo dos seus próprios primeiros apóstolos, “A carne é fraca”.

Tal advertência, porém, assim o entendo, ele não colocou como um impeditivo, como desestímulo: “Você não pode”. Pelo contrário foi uma maneira de estimular: “Você pode!” Por mais difícil que seja, quem se declara cristão deveria enfrentar, todos os dias – em casa, no trabalho, no lazer, em toda parte – a desafiadora experiência de começar a tentar, recomeçando sempre a cada necessidade, a cada falha, a cada erro.

Seria ou não seria um bom começo? Agora: Não nos iludamos. Falando assim parece até fácil, cômodo até. Mas, se fosse na realidade, o número dos que já começaram a tentar e continuam tentando seria muito maior, hoje em dia. Inclusive, o número dos que recuaram, desistiram de tentar e, depois, voltaram a recomeçar.

Eu sei que não tenho currículo nem bagagem pra ficar tratando do “Sermão da Montanha”.

Longe de mim tal pretensão. Mas, também, não tenho como segurar as reflexões que sou levado a fazer e que me chegam sem bater. Preciso compartilhá-las, submetê-las à apreciação de outros, sem outro propósito, a não ser o de buscar uma fórmula que me permita fazer a minha parte, por mais insignificante que seja.

Voltando ao “Sermão da Montanha”. Quem se declara cristão, não pode deixar de lê-lo sempre que necessário, até como forma de procurar ter coragem pra começar a tentar (e recomeçar sempre) a desafiadora experiência de vivenciá-lo. Está em Mateus, Capítulo 5, a partir do versículo terceiro.

*Texto publicado na coluna do jornalista no NOVO JORNAL
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