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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Somos todos habitantes do Planeta Terra

Flávio Rezende*
escritorflaviorezende@gmail.com

Ao longo de minha existência material por este plano que ora existimos já tive o desprazer de ouvir alguns comentários negativos sobre a presença de estrangeiros no Brasil. Isso acontece muito quando estou na praia da Pipa e algumas pessoas comentam que os "gringos" estão invadindo o paradisíaco recanto.

Sempre tive uma visão mais universal da casa que habitamos, tendo a nítida percepção de que não podemos ter esse ranço divisionista em nossos corações, sob pena de nós mesmos sermos vítimas dele.

Explico melhor: se você passar por um problema pessoal, financeiro ou simplesmente tiver vontade de largar tudo e ir morar em qualquer lugar do mundo, qual vai ser seu sentimento? Certamente vai achar que por ser habitante do planeta Terra merece ter seu lugar em qualquer cantinho deste planeta, concorda?

Uma vez no novo lar vai querer que sua decisão seja respeitada, que você tenha aceitação cordial e que possa continuar sua existência onde decidiu, afinal, você é terráqueo e por direito de nascimento, pode habitar qualquer lugar desta linda e bela esfera com cobertor azul de dia e luzes estreladas à noite.

Se pela certidão de nascimento temos todos os direitos cósmicos e universais de estar fisicamente em qualquer região da Terra, por qual motivo alguns agem de maneira diferente com os que vêm de outros recantos para este?

Devemos ter este belo sentimento residente em nosso coração, a certeza que somos todos habitantes do planeta Terra, devendo, apenas, seguir as regras e os costumes adotados nas regiões que decidimos morar, pelo simples fato destes costumes levarem em conta questões históricas, clima, religião, sistema político, coisas mais complexas que devem ser respeitadas, sob pena do novo habitante ter problemas em seu novo convívio social.

Da mesma maneira quem chega ao Brasil para fixar residência deve seguir nossas regras e, a elas, observar a postura adequada. Uma vez posicionado neste comportamento, que os irmãos de todas as outras partes do planeta possam chegar, trazendo seus recursos financeiros para aqui investir, trazendo suas experiências, alegrias e culturas, para que todos juntos, possamos viver uma existência sadia, planetária, baseada nos valores humanos e, sempre levando em conta que as diferenças são bem vindas, pois tornam a vida mais dinâmica e interessante.

*Flávio Rezende, escritor, jornalista e ativista social.
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