Flávio Rezende*
escritorflaviorezende@gmail.com
Ao longo de minha existência material por este plano
que ora existimos já tive o desprazer de ouvir alguns comentários negativos
sobre a presença de estrangeiros no Brasil. Isso acontece muito quando estou na
praia da Pipa e algumas pessoas comentam que os "gringos" estão
invadindo o paradisíaco recanto.
Sempre tive uma visão mais universal da casa que
habitamos, tendo a nítida percepção de que não podemos ter esse ranço
divisionista em nossos corações, sob pena de nós mesmos sermos vítimas dele.
Explico melhor: se você passar por um problema
pessoal, financeiro ou simplesmente tiver vontade de largar tudo e ir morar em
qualquer lugar do mundo, qual vai ser seu sentimento? Certamente vai achar que
por ser habitante do planeta Terra merece ter seu lugar em qualquer cantinho
deste planeta, concorda?
Uma vez no novo lar vai querer que sua decisão seja
respeitada, que você tenha aceitação cordial e que possa continuar sua
existência onde decidiu, afinal, você é terráqueo e por direito de nascimento,
pode habitar qualquer lugar desta linda e bela esfera com cobertor azul de dia
e luzes estreladas à noite.
Se pela certidão de nascimento temos todos os
direitos cósmicos e universais de estar fisicamente em qualquer região da
Terra, por qual motivo alguns agem de maneira diferente com os que vêm de
outros recantos para este?
Devemos ter este belo sentimento residente em nosso
coração, a certeza que somos todos habitantes do planeta Terra, devendo,
apenas, seguir as regras e os costumes adotados nas regiões que decidimos
morar, pelo simples fato destes costumes levarem em conta questões históricas,
clima, religião, sistema político, coisas mais complexas que devem ser
respeitadas, sob pena do novo habitante ter problemas em seu novo convívio
social.
Da mesma maneira quem chega ao Brasil para fixar residência
deve seguir nossas regras e, a elas, observar a postura adequada. Uma vez
posicionado neste comportamento, que os irmãos de todas as outras partes do
planeta possam chegar, trazendo seus recursos financeiros para aqui investir,
trazendo suas experiências, alegrias e culturas, para que todos juntos,
possamos viver uma existência sadia, planetária, baseada nos valores humanos e,
sempre levando em conta que as diferenças são bem vindas, pois tornam a vida
mais dinâmica e interessante.
*Flávio Rezende,
escritor, jornalista e ativista social.
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