![]() |
Foto:divulgação
|
Com entrada franca, o seminário será dividido em
dois subtemas. Na primeira noite, o mote será “Mudar a arte para mudar o mundo:
dos futuristas aos surrealistas”. E na segunda noite, será discutida “A
superação da arte: dos situacionistas ao fim da arte moderna”. Gratuitas, as
inscrições para o seminário permanecem abertas até o próximo dia 24,
quinta-feira. O seminário resulta de parceria entre o Centro Cultural Banco do
Nordeste e o Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA-UFC).
A modernidade foi amiúde sentida como um
“desencantamento do mundo” (Max Weber), como um mundo sem beleza e sem poesia,
sem aventura e sem sentido. Pode-se ler a arte moderna, a partir dos
impressionistas, mas principalmente a partir dos cubistas, como a tentativa de
encontrar novas formas de beleza, como a tentativa de “reencantar o mundo” e
encontrar outras formas de experiência.
Futuristas e expressionistas, pintores abstratos e
construtivistas, dadaístas e surrealistas partilhavam da fé numa “missão
utópica” da arte. Mas havia divergência em suas abordagens: uns louvavam a
técnica, outros defendiam a profundidade humana perante a mecanização da vida.
A grande época da arte moderna, 1907-1930, não é
compreensível sem que se leve em conta a vontade desses artistas de criar uma
nova civilização, outras formas de vida. A agitação dos letristas e dos
situacionistas entre 1945 e 1970 constituiu o ponto culminante, mas também o
fim da arte moderna compreendida não como um reservatório de formas, mas como
um esforço para poetizar a vida.
Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural
Banco do Nordeste)
lucianoms@bnb.gov.br
0 comentários:
Postar um comentário