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sábado, 19 de maio de 2012

Seminário posiciona a arte moderna como reencantadora do mundo

Foto:divulgação
O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) realizará o seminário avançado “A arte moderna perante o desencanto do mundo”, com o filósofo e ensaísta Anselm Jappe, nascido na Alemanha e radicado na França, nos próximos dias 24 e 25 (quinta e sexta-feira da próxima semana), de 18h30 às 20 horas. Anselm Jappe é também professor de Estética na Academia de Belas Artes de Frosinone, na Itália.

Com entrada franca, o seminário será dividido em dois subtemas. Na primeira noite, o mote será “Mudar a arte para mudar o mundo: dos futuristas aos surrealistas”. E na segunda noite, será discutida “A superação da arte: dos situacionistas ao fim da arte moderna”. Gratuitas, as inscrições para o seminário permanecem abertas até o próximo dia 24, quinta-feira. O seminário resulta de parceria entre o Centro Cultural Banco do Nordeste e o Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA-UFC).

Poetizar a vida, reencantar o mundo
A modernidade foi amiúde sentida como um “desencantamento do mundo” (Max Weber), como um mundo sem beleza e sem poesia, sem aventura e sem sentido. Pode-se ler a arte moderna, a partir dos impressionistas, mas principalmente a partir dos cubistas, como a tentativa de encontrar novas formas de beleza, como a tentativa de “reencantar o mundo” e encontrar outras formas de experiência.
Futuristas e expressionistas, pintores abstratos e construtivistas, dadaístas e surrealistas partilhavam da fé numa “missão utópica” da arte. Mas havia divergência em suas abordagens: uns louvavam a técnica, outros defendiam a profundidade humana perante a mecanização da vida.
A grande época da arte moderna, 1907-1930, não é compreensível sem que se leve em conta a vontade desses artistas de criar uma nova civilização, outras formas de vida. A agitação dos letristas e dos situacionistas entre 1945 e 1970 constituiu o ponto culminante, mas também o fim da arte moderna compreendida não como um reservatório de formas, mas como um esforço para poetizar a vida.

Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste)

lucianoms@bnb.gov.br
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