por Paulo Tarcísio Cavalcanti
Jornalista ▶
tarcisiocavalcanti@bol.com.br ▶http://ptarcisio.blogspot.com
Impossível não refletir hoje sobre a grande aspiração do momento
– segurança pública.
Aos recentes acontecimentos aqui no RN – fugas, assaltos,
violência, somam-se dois fatos da maior dimensão. Um local; outro nacional.
O local – o assalto à padaria em Petrópolis, do qual os
marginais sairam atirando, covardemente, contra pessoas desarmadas e indefesas;
o nacional, essa greve da PM baiana e a presteza com que o governo federal vem
procurando esmagá-la.
Na boca do povo, porém, a conversa é uma só: Primeiro: A
avassaladora sensação de insegurança que domina hoje o povo baiano tem uma
justificativa: A polícia está em greve. E aqui? Como explicar a mesma sensação
com a Polícia em plena atividade?
Segundo: Se tropas federais, inclusive do Exército, podem ser
utilizadas na Bahia em defesa da ordem e da segurança públicas, por que não
ocorre o mesmo no nosso Rio Grande do Norte?
Essas são as duas questões básicas que, por esses dias, entram
em todas as conversas – sejam nos gabinetes, sejam nas esquinas, em mesas e
calçadas.
Claro: Elas têm uma conotação emocional muito forte. Pois, de
uns tempos para cá, a população só tem visto a situação da segurança pública se
agravar, consolidando a sensação de cada um que começa a enxergar, cada vez
mais próxima, a sua ameaça, sempre carregada de terror, medo e perdas.
Então, estamos esperando o que para um enfoque realista e
racional dessa absoluta prioridade brasileira? Está mais do que provado que a
fórmula atual está falida e, não apenas, atrasada. Se Estados poderosos e
economicamente robustos, como são os casos de São Paulo, Rio de Janeiro, a
própria Bahia, têm se revelado incapazes de prover o seu povo de condições
adequadas de segurança, como esperar que o Rio Grande do Norte o consiga?
A União Federal não pode continuar de braços cruzados. Muito
menos, descruzá-los apenas quando, politicamente, lhe parece oportuno, como nos
casos da Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro e, agora, nesse episódio do
estado de greve decretado pela Polícia baiana.
Esta expectativa de um trabalho sério e imediato para tentar
restaurar a política de segurança no Brasil e, não só, num ou noutro Estado, é
que deve ser, hoje, a questão colocada na ordem do dia de todos os brasileiros.
A partir da presidente Dilma, os dirigentes do país, precisam
dar uma resposta urgente a esse grande anseio nacional.
0 comentários:
Postar um comentário