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Foto:Divulgação
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No feriado desta terça-feira, 15 de novembro, dia da
proclamação da República, enquanto em algumas cidades haverá momentos de luta
para diversas pessoas que participarão dos movimentos contra a corrupção,
trazendo pautas específicas, como o voto aberto no Congresso, aprovação de
projeto de lei que torne a corrupção um crime hediondo, 10% do PIB para a
Educação e aplicação da lei da ficha limpa, em Natal a população tem à sua
disposição um Ato Cultural alusivo à data, oferecendo uma ocasião de
divertimento garantido.
Trata-se do “Tributo a Bezerra da Silva, o
Embaixador das Favelas”, no espetáculo “Cantagem”, que terá lugar no Mercado da
Redinha, com início ao meio-dia, chamado “Malandro é Malandro, e Mané é Mané”.
Ali, 11 cantores-compositores potiguares
apresentarão suas canções, em performances exclusivas, num espetáculo
multicultural e, principalmente, gratuito.
Bezerra notabilizou-se por um estilo “sambandido”,
precursor do “gangsta rap” norte-americano. Antes do hip hop brasileiro, ele
passou a transmitir do outro lado da trincheira da guerra civil não declarada,
ou seja, os morros. O sambista virou livro em 1998, com “Bezerra da Silva -
Produto do Morro”, de Letícia Vianna.
Os que estiverem na Redinha poderão apreciar e se
embalar com as produções musicais de Romildo Soares, Dany-L Oliveira, Paulo
Ricardo, Sílvia Sol, Carlos Bem, Edja Alves, Caio Padilha, Dany-Lu, Tertuliano
Aires (Cabrito), Jéssica Badu e Franklin Novaes e Banda, numa homenagem toda
especial ao compositor pernambucano, autor de uma discografia excepcional, da
qual constam pérolas como “Malandragem Dá um Tempo”, “Seqüestraram Minha
Sogra”, “Overdose de Cocada” e “Piranha”, entre outros.
“O nome que demos ao show, ‘Malandro é Malandro e
Mané é Mané’ procura fazer uma louvação ao Embaixador das Favelas, um
compositor genuinamente popular”, conta o produtor cultural João Eudes Gomes,
que coordena os trabalhos da rádio comunitária macauense 93,5 FM.
O Tributo a Bezerra da Silva tem o patrocínio
justamente do comércio que mantém contato estreito com a população de baixa
renda, e que resiste ao mercado bem estabelecido dos “barões”, como o
restaurante “Zé Reieira”, localizado no centro de Natal, João do Coco, nas
franjas do morro do Careca, e dos restaurantes da Marta e da Lourdes, ambos na
Redinha.
Segundo depoimento de Dicró, sambista que participou
com Bezerra da Silva e Moreira da Silva do aclamado show “Moreira da Silva,
Bezerra da Silva e Dicró: Os Três Malandros In Concert”, uma paródia ao show
dos três tenores Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e José Carreras, Bezerra da
Silva surpreendeu os amigos até na morte, já que seu falecimento se deu no dia
17/1 (de 2005), uma verdadeira sátira ao 171 tão aclamado em suas músicas, como
“Malandro é malandro e mané é mané”. Divulgação do amigo Paulo Augusto. [Fonte: Blog do Paulo Tarcísio]
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