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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tragédia no ar

Acidente da NoAr, 60 anos depois da morte de Dix Sept Rosado


O acidente com o avião bimotor LET-410 da empresa NOAR, em Recife, com 16 vítimas fatais, aconteceu um dia depois do aniversário de 60 anos de outra tragédia: a que resultou na morte do governador do Rio Grande do Norte, Jerônimo Dix-sept Rosado, também em um acidente aéreo ao decolar da capital pernambucana para  Alagoas.

Dix-sept Rosado seguia para o Rio de Janeiro em missão oficial ao Ministério da Aviação junto com assessores e funcionários de seu governo. O avião DC3 da Linha Aérea Paulista teria sofrido uma turbulência em uma das asas e caiu no rio do Sal, próximo a Aracaju (SE), matando as 32 pessoas a bordo da aeronave (quatro tripulantes de 28 passageiros).

O avião saiu do aeroporto de Parnamirim, na madrugada do dia 12 de julho de 1951, fez escala em Recife e caiu em Aracaju.  Primeiro mossoroense a assumir o governo do Rio Grande do Norte, Dix-sept Rosado passou apenas cinco meses no poder.

As tragédias áreas causam enorme comoção quando acontecem porque, geralmente, matam um grande número de pessoa, principalmente quando se trata de avião comercial. O piloto aposentado Graco Magalhães Alves, 88, com 50 anos de aviação militar e civil, lamentou o acidente de ontem.

Para Graco Magalhães Alves notícias como a do acidente de Recife são fatalidades, mas disse que os pilotos são pessoas experientes e muitos dos que estão nas cabines dos aviões da NOAR são tenentes-coronéis aposentados da Força Aérea Brasileira, que sabem comandar muito bem uma aeronave.

Ele lembrou ainda do acidente da Panair em Recife, em que morreram 51 ocupantes do DC-7C PP-PDO, quando o avião bateu em uma colina no dia 1º de novembro de 1961.  A Panair do Brasil S.A. foi uma das pioneiras na aviação civil brasileira, nasceu como subsidiária da norte-americana NYRBA de 1929, incorporada pela Pan Am em 1930 e passou a se chamar no Brasil de Nyrba do Brasil para Panair do Brasil. A empresa encerrou as atividades em 1965.

Outro acidente que ficou na memória do ex-aviador: a do avião Curtiss C-46 Commando, prefixo PP-LDX do Lóide Aéreo Nacional, que caiu matando 40 pessoas, na noite de 5 de setembro de 1958, em Campina Grande (PB), mais precisamente em um aeródromo. “O acidente aconteceu quando o avião foi pousar”, recordou o piloto aposentado.

A aeronave do Lóide saiu do Rio de Janeiro (RJ), fez uma escala em Recife (PE). Não chegou ao destino final, Fortaleza (CE), porque ao se preparar para pousar em Campina Grande aconteceu a tragédia. Uma das curiosidades é que neste voo, entre os sobreviventes, estava um funcionário do antigo Banco do Nordeste, de nome Renato Aragão, que iria se tornar um dos comediantes mais conhecidos do Brasil, o Didi, de Os Trapalhões.

Entre os acidentes mais recentes no Nordeste está o do voo 168 da VASP, em 8 de junho de 1982. A aeronave, um Boing 727-200, se chocou contra a Serra do Aratanha, próximo a Pacatuba, no Ceará, antes de pousar em Fortaleza. Os 137 ocupantes morreram.

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