Autor: Geraldo Anízio
Foto arquivo/divulgação |
Ferro de engomar por que era de praxe o povo mais antigo passar goma com água, em saias plissadas, e principalmente, em roupas masculinas para manter o vinco após o engomado. E ferro, por ser no princípio, uma barra pequena e achatada em formato de um triângulo com as quinas arredondadas no qual, esquentava-se ao fogo em brasas.
Mais tarde surgiu um que se tornara mais tradicional. Nesse havia uma boca em frente por onde entrava o vento para aquecê-lo. Dentro ficavam as brasas quentes. Assim ficou conhecido pelo sertão inteiro desde a época do Padre Cícero como Ferro de Engomar. Muito comum no nordeste, eram as casas estreitas e ligadas umas as outras com poucas divisões. Uma porta, e, uma janela que abria de frente para a rua; nela, se podia colocar o ferro de engomar com a costa dele posicionado para o nascente com o propósito de aproveitar o vento que passava de raspão.
O vento que corria solto na rua soprava as brasas e mantinha a quentura dele. O abano era um assessório utilizado para avivar as brasas. Ainda ao desespero, muitas vezes, as engomadeiras sopravam com a boca para aquecê-lo. As senhoras engomadeiras, usavam um sinal muito peculiar do sertão que era “chamar o vento”. Assobiavam, assobiavam e segundo elas, aos poucos o vento atendia ao chamado derradeiro. Dessa forma, por muito tempo as roupas eram engomadas ao capricho das boas engomadeiras que sabiam também “passar roupas”com dizem na atualidade.
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