Por ser uma atividade nova, nos idos de 1928, não se usava viajar de avião, era uma prática apenas para profissionais: aviadores, mecânicos e radiotelegrafistas cuidando do correio aéreo. Mesmo assim, algumas pessoas ligadas às autoridades, aceitavam convites para um aventuroso voo local. Era um esforço das empresas aéreas para a população se acostumar com a idéia de voar. Isso aqui em Natal ocorria com alguma freqüência por conta do apoio dado às companhias aéreas pelo  Governo do Estado.  
Voar ia se banalizando, o próprio Governador estimulava juntando-se a um grupo de entusiasta. Fundaram o Aeroclube local e ele fez construir vários campos de aviação no interior do Estado, que ele próprio utilizava sempre nas viagens que fazia no  transporte aéreo. 
Os voos do governador, como tudo que é novo, davam margens para muitas especulações e comentários. O poeta potiguar Juvenal Antunes (1908-1987) enviou uma carta rimada ao Presidente: 
“Já sei que andou voando de avião. 
O Céu é perto? É longe? É ilusão? Conseguiu qual Bilac ouvir estrelas? 
Lá pelos ares há mulheres belas? Si, porém lá em cima é tudo macho 
Eu vou me aproveitando cá por baixo.”  
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