Confira, agora, trecho de entrevista com a professora de filosofia da USP, Marilena Chauí, que faz uma avaliação positiva do governo Lula, retirada da internet uma semana após a eleição do 1º turno, com inicio da campanha para o segundo turno entre Dilma e José Serra, cuja oposição mudava o discurso, acirrando a disputa pela presidência da República:
Alguém tinha de vir das classes trabalhadoras para dizer o que precisa fazer no Brasil. Os governos anteriores sequer levavam em conta que isso existia. O máximo que existia era o incômodo de ver essa gente pela rua, embaixo da ponte, fazendo greve, no ponto de ônibus, caindo pelas tabelas na condução pública. Era uma coisa assim que incomodava – (diziam:) “é meio feio, né? É antiestético”. O máximo de reação que a presença de classes populares causava era por serem antiestéticos. É a primeira vez que essa classe foi levada a sério. Eles vão estrebuchar, vão gritar, vão xingar. Vão pintar a saracura, como diria minha mãe. Mas é isso aí. Deixa pintar a saracura que nós ficamos em pé.
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