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domingo, 25 de julho de 2010

Instinto fedorento

Leonardo Sodré
www.leonardosodre.blogspot.com

Esta semana um marginal travestido de guardador de carros, na rua Princesa Isabel, Centro de Natal, resolveu saciar sua necessidades dentro de um estacionamento. Achou pouco deixar o chão sujo e ainda melou todas as fechaduras, portas, bancos, enfim, deixou o charmoso estacionamento absolutamente fedorento.

Foi visto. Existe uma testemunha. Foi denunciado na delegacia do bairro. Mas, não foi chamado, nem preso, tampouco admoestado para que não repetisse a nauseante operação "bosta", considerando que não foi a primeira vez que o marginal, que vive bêbado nas imediações dos fundos das Lojas Americanas, perturbando os motoristas, não fizesse mais isso.

Essa falta de atenção da Polícia é um estímulo a esses marginais de rua para que continuem a praticar todo tipo de ação, que foge a todos os princípios de civilidade. Em qualquer sinal de grandes avenidas da capital do Rio Grande do Norte existem esses tipos, bandidos disfarçados de pedintes e lavadores de vidros. Eles são ameaçadores se alguém nega algum pedido, principalmente mulheres, porque eles são - também -, essencialmente covardes.

Mas, por onde anda a Polícia, que com certeza circula por esses cruzamentos e que com certeza, também, como todos nós, sabe que eles existem e que perturbam. Que pedem e que roubam? Já não bastam as ruas esburacadas, sinais se sincronização, excessivas lombadas e um trânsito caótico que a prefeitura não consegue organizar?

A Polícia talvez ache que fazer as necessidades e melar um estabelecimento comercial seja um crime menor. Que os drogados que pululam pelas ruas ameaçando as pessoas não representem perigo, mas, se realmente têm essa visão, ficam devendo a eficiência em nome de um discurso vago da Secretaria de Segurança, que declarou estar reduzindo a criminalidade no Estado, em detrimento a crônica policial dos veículos de comunicação, recheadas de crimes e assassinatos bárbaros. Fica apenas o discurso e as promessas, afinal, vivemos o tempo das campanhas políticas. (LS).
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