--- Walter Medeiros*
waltermedeiros@supercabo.com.br
A Campanha da Fraternidade, que a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) promove desde o ano de 1964, como itinerário
evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma, este ano é realizada
com o tema “A fraternidade e a Saúde Pública”, e adotou o lema “Que a saúde se
difunda sobre a terra”. Com esta campanha, a Igreja Católica deseja
sensibilizar a todos sobre a dura realidade de seus irmãos e irmãs que não têm
acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e
dignidade. “É uma realidade que clama por ações transformadoras”, segundo o
Texto base da campanha, assinado por Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Prelado
de São Felix – MT e Secretário Geral da CNBB; e pelo Pe. Luiz Carlos Dias,
Secretário Executivo da Campanha da Fraternidade.
Conforme o citado documento, o Objetivo Geral da Campanha da
Fraternidade é refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma
vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na
atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
Entre os Objetivos Específicos, está previsto “difundir dados sobre a realidade
da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos
socioculturais de nossa sociedade; despertar nas comunidades a discussão sobre
a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu
justo financiamento; e qualificar a comunidade para acompanhar as ações da
gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência,
especialmente na saúde”.
O tema, o lema e os argumentos da Campanha da Fraternidade 2012
remetem à situação de muitos religiosos que fazem uso de um método alternativo
que vem curando e salvando vidas há mais de cem anos, mas foi arbitrária e
ilegalmente proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e
Conselho Federal de Medicina – CFM. Referimo-nos à auto-hemoterapia, que foi
notícia, entre muitos casos, quando anunciado que “Arcebispo católico cura
Parkinson e Alzheimer com auto-hemoterapia”, contando o caso do D. Silvestre
Scandiam. Um outro bispo, D. Aldo Gerna,
também faz auto-hemoterapia, conforme noticiado com o título: “Bispo faz
auto-hemoterapia: está “ótimo” e recomenda que as pessoas estudem a técnica”.
Em 15 de fevereiro de 2012, a Senhora Maria Imaculada do
Perpétuo Socorro Silva, de São Paulo, escreveu sobre o assunto, informando que
é capixaba e vai ao seu Estado, o Espírito Santo, todos os anos e que este ano
teve duas surpresas. Sua irmã, Maria das Graças, vinha se tratando de artrite
reumatóide havia muito tempo, sem resultados. A partir do meio do ano passado,
ela me disse que tinha uma surpresa. Então, na visita, a surpresa: ela estava
curada da artrite. E disse que se curou com auto-hemoterapia, indicada por uma
religiosa católica e feito por uma enfermeira amiga sua. Formada em Ciências
Biológicas, Imaculada nos últimos tempos tem estudado a auto-hemoterapia como
nunca estudou outra coisa na vida, nem botânica, sua ciência preferida. Passou
a achar que a técnica é fantástica e afirma que já está praticamente curada,
com uma meia dúzia de aplicações.
A Campanha da Fraternidade 2012 constitui-se, assim, um
importante momento para os católicos e demais cidadãos brasileiros refletirem e
discutirem sobre essa alternativa de cura, prevenção e enfrentamento de
inúmeras doenças. “A fraternidade e a Saúde Pública” é tema que justifica agir
em busca de melhores caminhos para a saúde; e o lema “Que a saúde se difunda
sobre a terra” recomenda que sejam feitos todos os esforços no âmbito da
cidadania. Um bom começo pode ser o resgate e a cobrança de decisão a respeito
do processo que pede o direito de usar a auto-hemoterapia no Brasil, bem como a
revogação de Nota Técnica ilegal e injusta da Anvisa, conforme podemos ver no
link
http://www.rnsites.com.br/autohemoterapia-petic.htm - “Como se fosse
crime lutar para ter saúde” .
*Jornalista
0 comentários:
Postar um comentário