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domingo, 8 de março de 2015

Pesquisador descobre que potiguar João da Tapitanga brilhou em terras do Sul

O ESQUECIDO REPENTISTA POTIGUAR JOÃO DA TAPITANGA

Homem de vida curta, mas que realizava sua arte com talento e fez muito sucesso no Paraná

Autor – Rostand Medeiros
 
Fonte foto: curitibanosdasilva.blogspot.com

Dizem que na atualidade existem mais facilidades para nossos artistas conquistarem seu lugar ao sol por aqui mesmo. Não sei se esta informação é correta, sei que pesquisando sobre a nossa história em jornais antigos disponíveis na internet, não é difícil encontrar dados sobre pessoas que deixaram nosso chão para tentar vencer em terras distantes.

Um destes foi João da Tapitanga. Em 1871, Natal era uma esquecida capital de província do Império do Brasil, de vida muito tranquila, onde moravam cerca de 20.000 almas (equivalente atualmente em número de habitantes a cidade potiguar de Monte Alegre). No dia 8 de março nascia João, filho de Francisco I. Emereciano China, membro de uma tradicional família que vivia em Natal, onde não faltavam renomados médicos e até um deputado estadual.

Em 1893, aos 22 anos, João China veio viver em Curitiba, a bela capital paranaense, aonde chegou transferido pela repartição pública que trabalhava.

O Repentista Curitibano

Aparentemente a participação militar de João da Tapitanga na Revolução Federalista o colocou em um patamar extremamente positivo junto a sociedade curitibana. Este patamar se ampliou com a sua arte, seu jeito tranquilo, carisma e sua boêmia. Vale ressaltar que nos jornais que li sobre este natalense, raramente era tratado de poeta, sendo normalmente apresentado como REPENTISTA.

Esquecido

O repentista natalense casou com uma jovem prendada e humilde chamada Jesuína Silva da Cunha e tiveram um filho e duas filhas, cujos nomes na época não eram nada convencionais; Jesoão, Joina e Transvalina. Morava em uma casa alugada na Rua da Assembleia, atual Alameda Dr. Muricy, centro de Curitiba.

João da Tapitanga faleceu de uma febre, provavelmente adquirida indiretamente das mazelas advindas do álcool, na noite de 28 de setembro de 1901, aos 31 anos de idade. Foi enterrado no cemitério municipal de Curitiba e sua morte foi extensamente noticiada na imprensa local.

Sua obra ficou dispersa, não foi reunida pelos amigos e parentes. João da Tapitanga jamais retornou ao Rio Grande do Norte e, aparentemente, não voltou a manter contato com a sua família em Natal. [Clique aqui para saber mais detalhes da pesquisa sobre o potiguar, em Tok de História]

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