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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Experimento pioneiro da UFRN em produtos biológicos subirá ao espaço

 Professor José Renan [Foto: Divulgação]
Desde a década de 60, há um interesse em compreender como as plantas respondem a condições de ausência de gravidade ou graviotropismo, e quais seriam as mensagens moleculares que estariam associados a estes mecanismos de percepção e resposta. Os trabalhos existentes até o momento mostram que algumas variedades de plantas em condições de microgravidade na estação espacial internacional apresentaram problemas no desenvolvimento ou esterilidade das flores, e conseqüentemente a não produção de sementes ou grãos.

A UFRN, através do seu Instituto Nacional de Estudos do Espaço, prepara-se para a realização de um experimento inédito nesta área, ao preparar para ser realizado no espaço, portanto fora dos efeitos da gravidade terrestre, testes com cepas da cana-de-açucar.

O experimento da UFRN escolheu como modelo vegetal plantas de cana-de-açúcar, devido sua importância agronômica para a região Nordeste e ao Brasil, bem como por já existirem algumas base de dados contendo informações sobre seu genoma.

Assim, o projeto VGP (Vegetal Gravity Product) trata de um experimento biológico com finalidade de expor plantas de cana-de-açúcar em condições de microgravidade em um curto espaço de tempo por meio do foguete VSB-30. Este foguete foi construido pelo Brasil, será lançado agora em dezembro no Centro de Lançamentos de Alcântara, Maranhão.

As plantas de cana-de-açúcar estarão contidas em duas caixas de alumínio herméticas, e quando a carga útil do foguete for recuperada estas amostras biológicas serão isoladas e transferidas para o laboratório de Biologia Molecular e Genomica do Departamento de Biologia Celular e Genética do Centro de Biociências da UFRN para sua análise. Esta será realizada utilizando ferrramentas moleculares como genômicas e proteômicas para identificar mensagens produzidas em resposta à condição de microgravidade.

Com este experimento esperamos identificar as mensagens que em geral as plantas produzem na tentativa de se adaptar a uma nova condição ambiental. Estas mensagens permitirão compreender um pouco mais da fisiologia em geral das plantas frente às condições adversas a que estão são expostas diariamente.

Finaciamento: AEB, CNPq, FINEP, FAPERN, UFRN

O professor José Renan de Medeiros está disponível para entrevistas diversas.

Para saber mais: coordenador do INEspaço – Prof. José Renan de Medeiros – fone 9983-4300
Sobre o professor Renan Medeiros

Astrônomo, PhD, professor da UFRN e de diversos institutos do Brasil e Europa, foi presidente da Sociedade Astronômica Brasileira e da Comissão Brasileira de Astronomia. É pesquisador visitante do European Southern Observatory, Observatório de Genebra, Agência Espacial Européia e NASA e responsável pela missão espacial CoRoT (Convection+Rotation+Transit of Planets). Tem dezenas de artigos publicados em jornais e em livros especializados.

Assessoria Imprensa

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