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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Países com endemia de dengue buscam solução conjunta em Natal no RN

Representantes do Brasil, Cuba, México, Venezuela e Peru estão reunidos no Hotel Praiamar, em Natal, trocando experiências até a próxima sexta-feira, 17, sobre os avanços no combate à dengue e discutindo como vencê-la. Afinal, há duas décadas e meia o mosquito transmissor da dengue se tem desafiado a saúde pública desses países e a doença virou uma endemia.

Patrocinada pelo Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a 2ª Reunión anual de DENTARGET, também chamada de Observatório da Dengue, se propõe a apontar soluções mais eficientes e eficazes de enfrentamento ao mosquito aedes aegypti. Natal, por exemplo, vive uma das maiores epidemias de dengue nos últimos anos, segundo Luiz Roberto Leite Fonseca, secretário municipal de Saúde.

“É pouco provável vencer um mosquito com tamanha capacidade de mutação e resistência”, declarou o secretário na abertura do evento.  Os últimos números oficiais da secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte espelham um crescimento de 200% de casos de dengue no estado.

O secretário estadual, Ricardo Lagreca, considera a complexidade urbana um forte favorecedor da endemia. Mediante a gravidade, ele defende ser preciso fazer algo para combatê-la. “Precisamos de um domínio absoluto dessa doença que paradoxalmente, em nossa região, aparece em uma estação chuvosa. A gente precisa de chuva, mas está associando-a a presença da dengue”.

Presente à abertura, a reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, caracterizou o Observatório da Dengue como uma das ações do Programa Estruturante Universidade Cidadã, do Plano de Ação da Gestão. Lembrou o papel do Curso de Engenharia Biomédica e disse que a universidade está preocupada em crescer, desde que envolvida com os problemas sociais do povo potiguar. Ao destacar o papel do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) nesse processo, foi taxativa: “Precisamos ser mais espertos que o mosquito da dengue para darmos condições de manutenção da saúde da população. Isso envolve a responsabilidade coletiva social da universidade e coletiva, da sociedade”. Responsável pelo LAIS, o pesquisador Ricardo Valentim anunciou que o Observatório da Dengue vai estudar estratégias para combater e controlar essa endemia.

Coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Evelim Coelho, considerou o Observatório uma rede que será muito produtiva. “Esse é um exemplo concreto que é possível estabelecer uma cooperação entre a academia e os setores responsáveis por políticas de saúde pública. “A UFRN tem sido parceira de toda ordem”, concluiu Giovanini.

Vice-reitora e pesquisadora da área, Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes elencou os departamentos do Centro de Biociências que buscam respostas para esse “problema complexo”. Precisamos continuar com medidas educativas, frisou a vice-reitora. “As questões ambientais são fundamentais para a transmissão e o combate ao aedes aegypti. Portanto, esse trabalho do Observatório deve levar a redução do número de casos em todos esses países envolvidos nesse encontro”. [por Sirleide Pereira – Ascom-Reitoria/UFRN]

- Com post na página do jornalista Luiz G. Cortez

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