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sábado, 17 de março de 2012

Cuidado, no trânsito há políticos arrogantes

por Albimar Furtado*
Jornalista albimar@superig.com.br

Antecipo o meu pedido de desculpas ao leitor, se  houver, já cansado pela repetição do tema. Ocorre que não dá pra segurar a indignação ao ver a mulher com a criança no braço, no limite da beira da calçada e o início da faixa de pedestres a sinalizar pedindo passagem, sem sucesso. Manhã, perto das 7 horas, a criança no colo vestida com a farda escolar e o motorista do carrão Honda solenemente atropelando as normas do trânsito,  achando desimportante o gesto da mulher que apelava à sua compreensão. Com mais um agravante, a cena não se desenhou de repente. Distância e tempo sobravam para que a ação do motorista fosse responsável. Mas sua pose e prepotência estavam acima do legal,  do bom senso e do respeito.

Atrás do carrão que seguiu com seu piloto insensível, vinha um ônibus. Seu motorista teve grandeza no gesto simples, humano e legal de parar o veículo. Foi retribuído pelo comportamento da mulher que sorriu e acenou com a cabeça. Do banco do meu carro imaginei o placar: gentileza 10 X 0 arrogância. A cena aconteceu na  Olinto Meira, ali onde a rua se bifurca, trecho entre o Colégio das Neves e a Alexandrino de Alencar. Fosse aquele um fato isolado, uma exceção, talvez até nem merecesse uma indignação capaz de motivar estas linhas. A questão é que ele se repete, se repete e se repete, se multiplica e se multiplica em muitas ruas e avenidas e tudo fica por isso mesmo.

Nada no trânsito é tão desmoralizado quanto as faixas de pedestres. Será que no Detran ou em qualquer outro lugar há registros de multas por desrespeito àquelas passagens? Nunca ouvi falar. Até volto atrás. A questão dos estacionamentos sobre as calçadas é páreo duro para aquelas faixinhas celebrizadas pela capa do disco dos Beatles. E nas duas coisas uma impiedosa coincidência: o punido, o prejudicado, o desrespeitado é o pedestre. O risco, o perigo sobra pra ele. Mas não sejamos injustos, faz-se necessário registrar que já cresce o número dos motoristas que sabe enxergar o dever e a correção de respeitar o pedestre, de seguir o que pede as normas do trânsito.

*Texto publicado na coluna do jornalista no Novo Jornal com post no blog do jornal 
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