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domingo, 27 de julho de 2025

NA TONGA DA MIRONGA DO KABULETÊ

 Por Fernando Luiz*

Durante o período do regime militar, vários artistas brasileiros, para fugir da Censura, gravaram músicas cujas mensagens combatiam de forma velada o regime, usando expressões que fugiam à compreensão dos censores. Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Ivan Lins, Milton Nascimento e outros criavam metáforas nas letras das suas canções e conseguiam driblar a Censura. 

A música era um dos principais instrumentos utilizados para protestar contra a ditadura, mostrando ao grande púbico a insatisfação com o regime vigente. Por causa disso, vários compositores sofreram censura, foram perseguidos e tiveram que se autoexilar. Para alguns, o exílio foi forçado, como Gilberto Gil e Caetano Veloso; obrigados a saírem do país, tiveram que se mudar para Londres.

Dezenas de músicas foram compostas utilizando uma linguagem difícil de ser captada, para fugir da Censura. Alegria, Alegria, (Caetano Veloso,) Pra Não Dizer Que Não falei das Flores, (Geraldo Vandré), Eu Quero é Botar o Meu Bloco Na Rua, (Sérgio Sampaio), Apesar de Você (Chico Buarque), O Bêbado e o Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc) e Cálice (Gilberto Gil e Chico Buarque) são apenas alguns exemplos de músicas cujas letras continham temas proibidos ocultos, uma “malandragem” usada pelos compositores que eram contra a ditadura. 

Existiam também outras maneiras de driblar a “inteligência” dos censores e uma delas era o uso de um pseudônimo, como é o caso de Chico Buarque, que assinou várias composições como Julinho de Adelaide, dentre as quais uma foi grande sucesso: Você Não Gosta de Mim, Mas Sua Filha Gosta, feita para Luci Geisel, filha do presidente Ernesto Geisel, que era fã de Chico. A música foi gravada pelo próprio Julinho de Adelaide; aliás, Chico Buarque de Holanda. 

Em 1971 Roberto Carlos lançou Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos em homenagem a Caetano Veloso, que estava exilado em Londres. O compositor pernambucano Paulo Diniz driblou a Censura com I Wanna To Bo Back To Bahia, também feita para Caetano no mesmo ano. Em 1972, a genialidade de Caetano deu as caras mais uma vez, com a música de sua autoria Como Dois e Dois, gravada por Roberto Carlos, cuja letra tinha um trecho que afirmava “tudo certo, como dois e dois são cinco, ou seja: ele dizia que estava tudo errado e a Censura – pra variar – não se tocou.

A música Na Tonga Da Mironga do Kabuletê tem uma letra que na época do seu lançamento deixou uma interrogação no ar, pois e expressão era completamente desconhecida do grande público. Segundo o Novo Dicionário Banto do Brasil, do compositor e pesquisador Nei Lopes, a palavra tonga significa “poder, força”; mironga quer dizer" mistério, segredo" e kabuletê é o "indivíduo desprezível, vagabundo”. Portanto, a expressão seria um xingamento, no idioma nagô, uma forma de protesto político, uma afronta ao regime, sem que os militares compreendessem.

A música foi um grande sucesso e os militares não sacaram que Vinícius e Toquinho estavam mandando-os para a PQP... Como ela, muitas outras canções escritas por pessoas inteligentes, passaram despercebidas de uma Censura comandada por pessoas despreparadas. Músicas como essa ajudaram o Brasil recuperar o Estado Democrático de Direito.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 26 de julho de 2025

Invenção de equipamento melhora funcionalidade de medição da radiação solar

 Equipamento da UFRN melhora funcionalidades na verificação de radiação solar

Um equipamento para medir a radiação solar, com maior precisão e estabilidade. Esse é o resultado de uma pesquisa que virou um produto, objeto de um pedido de patente, no mês de junho, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O dispositivo é um tipo de piranômetro, um radiômetro de Equivalência Elétrica com Diferença de Temperatura Constante (REE-DTC). Ele é capaz de mensurar a radiação solar incidente, utilizando dois sensores térmicos, um aquecido e outro em temperatura ambiente. Ele opera mantendo uma diferença de temperatura constante entre eles, o que garante maior precisão e estabilidade na medição.

Denominada “Arquitetura de equivalência elétrica com espelho de corrente cascode e diferença de temperatura constante utilizando termorresistências”, a invenção é fruto do trabalho conjunto de Evandson Claude Seabra Dantas e Sebastian Yuri Cavalcanti Catunda. O primeiro foi responsável pela concepção da arquitetura do dispositivo, desenvolvimento dos cálculos teóricos, seleção dos componentes, modelagem do sistema, simulações e validações. Ele pontua que o sistema é inteiramente analógico e dispensa o uso de microcontroladores ou ajustes manuais, sendo robusto frente a ruídos, variações térmicas e adequado para ambientes externos ou sistemas embarcados.

“Os piranômetros têm amplas aplicações em áreas como energia solar, na avaliação da viabilidade técnica de fazendas fotovoltaicas e calibração do ângulo de instalação dos painéis, também na meteorologia e climatologia, pelo monitoramento da radiação solar para estudos do clima e agricultura, bem como na saúde pública, com a medição da intensidade da radiação solar para alertas de exposição e uso de protetor solar. Em outras palavras, embora passe despercebido pelo público em geral, esse tipo de sensor está presente em fazendas solares, ajudando na gestão da produção de energia; nas estações meteorológicas, auxiliando na previsão do tempo; e em centros de pesquisa, universidades e órgãos de meio ambiente”, enumera Evandson Dantas.

O desenvolvimento do projeto faz parte da tese de doutorado de Evandson, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e cuja orientação foi feita pelo professor Sebastian Catunda, em uma contribuição que abrangeu a definição dos princípios de funcionamento, análise de estabilidade térmica, estratégias de controle, além de acompanhar a construção dos modelos e a redação depositada. “O nosso dispositivo traz uma arquitetura mais moderna, eficiente e robusta, com ampla faixa de operação térmica, ideal para aplicações em diferentes condições climáticas. Ele é mais sensível, confiável e de menor custo em comparação com modelos disponíveis no mercado”, descreve o docente. Ele tem atuado na articulação com o programa de pós-graduação e nas perspectivas de desdobramentos tecnológicos do projeto.

Catunda acrescenta que, atualmente, o grupo de pesquisa tem explorado novas melhorias técnicas que poderão originar novos modelos de utilidade. Segundo ele, essa invenção, somada a outras já desenvolvidas, permitirá criar um piranômetro de alto desempenho, com baixo custo, tamanho reduzido e viabilidade comercial real. O objetivo é levar ao mercado soluções acessíveis tanto para consumidores industriais quanto residenciais, rompendo com os preços atualmente proibitivos desse tipo de equipamento. Essa é o terceiro produto que “virou” pedido de patente; os outros dois, inclusive, foram tema de reportagem anterior, que pode ser conferida clicando aqui. Com protótipos construídos em todas as invenções, a dupla continua em testes com os equipamentos, avaliando o desempenho em diferentes condições ambientais, bem como explorando seu desempenho a longo prazo.

“Essa nova tecnologia representa um avanço ao superar uma limitação dos modelos anteriores, a influência da variação da temperatura ambiente nas medições. A nova perspectiva resultou em um equipamento mais confiável, sensível e adaptável, como frisei anteriormente, o que favorece o uso em escalas comerciais e científicas”, identifica Evandson.

Atuando como profissional há cerca de dois anos junto a empresas do estado de São Paulo, o pesquisador cita que há a expectativa de que a continuação dos estudos gere outros depósitos de pedido de patente. “O patenteamento tem papel essencial na valorização da ciência produzida na universidade. É uma forma concreta de transformar pesquisa em inovação, gerando benefícios para a sociedade, seja por meio do desenvolvimento tecnológico, seja por incentivar colaborações com o setor produtivo”, salienta Evandson.

Patenteamento

O procedimento para um inventor submeter sua descoberta para patentear tem início no próprio Sigaa, na aba Pesquisa, com a notificação de invenção. Após executar esse procedimento, os pesquisadores enviam os dados dos inventores e o texto da patente para o e-mail da Agência de Inovação. Os pormenores seguintes são também acompanhados pela equipe da Agência, bem como os pagamentos de taxas, que são realizados pela Universidade.

O caminho até a concessão propriamente dita demora, usualmente, mais de quatro anos. Nesse período, o INPI avalia se a invenção atende aos critérios de patenteabilidade. O primeiro deles, a novidade, refere-se ao fato de que é algo diferente de tudo o que já existia. O segundo, a atividade inventiva, ocorre sempre que, para um técnico no assunto, a invenção não decorre de maneira evidente. Assim, deve apresentar um grau de criatividade e não ser apenas uma combinação óbvia de elementos já existentes. Por fim, ter uma concessão de patente significa também que ela é passível de aplicação industrial, isto é, pode ser utilizada ou produzida em qualquer tipo de indústria.

Entretanto, ao já fazer o depósito, a tecnologia passa a integrar a vitrine tecnológica da UFRN, grupo de invenções composto pelos pedidos e concessões de patentes e pelos programas de computador que receberam registro do INPI. A lista contém mais de 700 ativos e está disponível para acesso e consulta no site da Agência de Inovação (www.agir.ufrn.br). Dentro da Universidade, a Agência de Inovação (Agir) é a unidade responsável pela proteção e pela gestão desses ativos de propriedade intelectual.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 13400/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN/84 991936277

Foto: Cícero Oliveira/UFRN


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Daniela Fernandes comemora 10 anos de carreira com o show “Terráquea” no Teatro Alberto Maranhão, neste sábado (26)

Entrada Gratuita: solicita doação de 1kg de alimento não perecível, exceto sal, show com participações especiais de Khrystal, Simona Talma e Ana Barroso

A cantora e compositora potiguar Daniela Fernandes sobe ao palco do Teatro Alberto Maranhão, em Natal, no próximo dia 26 de julho, para lançar seu novo single e projeto autoral Terráquea, em comemoração aos seus dez anos de carreira. O show, com acesso gratuito e arrecadação voluntária de 1kg de alimento não perecível (exceto sal), será também um momento de celebração da música autoral potiguar e da força criativa feminina.

Com trajetória consolidada na cena musical do Rio Grande do Norte, Daniela Fernandes traz no currículo periódico a premiações como o Prêmio Hangar de Música e o Prêmio Profissionais da Música (PPM), de alcance nacional. Mais recentemente, foi premiado na categoria “EP do Ano” no Prêmio Hangar 2025, com “Autoria do Destino”, trabalho realizado dentro do projeto “Compor: contribuição criativa”, ao lado das compositoras Dani Cruz, Carol Porto e Mônica Michelly.

Um artista que iniciou sua carreira no projeto cultural Ribeira Boêmia e integrou por quatro anos a SESI Big Band, construiu um repertório sólido, resultado de intensa pesquisa e parcerias com artistas locais e nacionais. Após o lançamento de seu primeiro EP, “Ressalto”, em 2023, e de uma circulação bem sucedida por cidades do interior potiguar e, mais recentemente, em São Paulo, Daniela segue fortalecendo sua identidade artística com Terráquea — projeto que mescla suas composições com músicas de autores potiguares homenageados e do cancioneiro brasileiro, que busca um diálogo com a memória afetiva do público natalense. O show terá participações especiais de duas importantes vozes femininas do RN, Khrystal e Simona Talma, e da cantora, compositora e atriz baiana Ana Barroso.

A Terra representa o fortalecimento da cultura potiguar e sua perpetuação e, principalmente, a importância de projetos que preservem e ajudem a escrever a nossa história. Daniela reafirma, ainda, o compromisso com a democratização do acesso à cultura, ao oferecer ao público um espetáculo gratuito, com inclusão social e valorização da identidade norte-rio-grandense.

O espetáculo Terraquea tem o patrocínio da Prefeitura do Natal, através do Programa Djalma Maranhão, Unimed Natal, Casa de Saúde São Lucas, Praiamar Natal, DNA Center e Glauber Carvalho Cirurgia Plástica - Plástica e Apoio Cultural do SETURN.

SERVIÇO:

Espetáculo “Terráquea” - Daniela Fernandes - 10 anos de carreira

Dia 26 de julho (sábado), às 19h, no Teatro Alberto Maranhão

Entrada Gratuita (solicite doação de 1kg de alimento não perecível, exceto sal)

Distribuição de ingressos:

Lote online - ESGOTADO

21/07 - 2º lote (presencial na loja Sem Etiqueta do Portugal Center)

Participações especiais: Khrystal, Simona Talma e Ana Barroso

Siga: @danielafernandes.cantora

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Arquidiocese de Natal abre ano jubilar do centenário de Dom Heitor

 A Arquidiocese viverá uma programação especial para celebrar o centenário de vida do arcebispo emérito, Dom Heitor de Araújo Sales, a ser completado em 2026.

A abertura do ano jubilar acontecerá na próxima terça-feira, dia 29 de julho, na Catedral Metropolitana de Natal, com a seguinte programação: 11 horas, missa em ação de graças, presidida pelo arcebispo Dom João Santos Cardoso, e, às 19 horas, concerto com o Coro e Orquestra da Apresentação, sob a regência do maestro Alexandre Barros de Carvalho.

O concerto, aberto ao público, contará com execução de composições sacras e populares.

Quem é Dom Heitor

Dom Heitor de Araújo Sales nasceu em 29 de julho de 1926, na cidade de São José de Mipibu (RN). Foi ordenado sacerdote no dia 3 de dezembro de 1950, e sagrado bispo para a Diocese de Caicó, em 16 de julho de 1978. Em 27 de outubro de 1993 foi nomeado arcebispo metropolitano de Natal, função que desempenhou até 26 de novembro de 2003, quando se tornou arcebispo emérito.

Durante os dez anos em que esteve à frente da Arquidiocese de Natal, Dom Heitor restaurou a antiga residência episcopal; restaurou e ampliou o Seminário de São Pedro; criou um governo colegiado com a instituição dos Vicariatos Episcopais; restaurou o Diaconato Permanente; promoveu retiros para o clero, em outros países; implantou pastorais, entre elas a Comunicação e a do Dízimo; criou 15 paróquias e ordenou 44 padres. Foi durante o governo dele, que o Papa João Paulo II beatificou os Mártires de Cunhaú e Uruaçu, em 5 de maio de 2000.

- Blog do Heitor Gregório

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Sabugo do milho vira composto químico na purificação da água

 

Já pensou em usar o sabugo do milho e transformar em um produto capaz de remover petróleo, corantes e outros poluentes de águas produzidas, comumente chamadas de contaminadas? É o que fizeram Alcides de Oliveira Wanderley Neto, Dennys Correia da Silva, Carlos Eduardo de Araújo Padilha, Elano Costa Silva e Karen Biatriz Lima de Góis, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O grupo usou a lignina, substância encontrada nas paredes celulares das plantas — no caso, do sabugo de milho —, e a alterou quimicamente. Com a inserção de cloreto de colina e peróxido de hidrogênio, popularmente conhecidos como sal amarelo e água oxigenada, respectivamente, alcançaram um composto com propriedades melhoradas para remoção de poluentes de ambientes aquáticos. O processo de modificação acaba por aumentar a porosidade, área superficial e afinidade com contaminantes orgânicos.

Esse composto tem assim alto potencial para aplicação na indústria petrolífera e têxtil, contribuindo para a diminuição dos impactos ambientais causados pela descarga de resíduos líquidos, ao mesmo tempo que agrega valor ao sabugo de milho, uma biomassa amplamente disponível e pouco valorizada.

“Testes demonstraram que as esferas de lignina modificadas apresentam maior eficiência na adsorção de contaminantes quando comparadas a materiais convencionais, como carvão ativado. Além disso, a cinética de remoção revelou elevada afinidade da lignina modificada pelos poluentes, destacando sua viabilidade para aplicações em grande escala”, relata Alcides de Oliveira Wanderley Neto.

Assim, a principal aplicação está no tratamento de efluentes industriais e domésticos, com destaque para ambientes que sofrem com vazamentos de petróleo ou presença de compostos orgânicos. Ou seja, desde indústrias têxteis, cosméticas e alimentícias, no controle de poluentes gerados durante os processos produtivos, até filtros domésticos e purificadores de água, como barreiras extras de proteção contra poluentes orgânicos. Também podem ser aplicadas em laboratórios e hospitais, no tratamento de resíduos líquidos contaminados por substâncias químicas, além da possibilidade de postos de gasolina e oficinas mecânicas usarem para contenção e absorção de óleo derramado.

Não bastasse, o invento é útil em estações de tratamento de esgoto e em áreas sujeitas a acidentes ambientais, como rios e lagos afetados por derramamentos de petróleo, promovendo a descontaminação de forma rápida e sustentável. Elano Costa Silva situa que a tecnologia tem custo reduzido, por ser derivado de um resíduo agroindustrial, o sabugo de milho, e versatilidade, podendo ser adaptado para diferentes tipos de contaminantes com simples ajustes de formulação. Portanto, alia eficiência técnica à viabilidade econômica e ao impacto ambiental positivo.

O desenvolvimento do material representa uma solução inteligente e ambientalmente responsável para a crescente demanda por tecnologias de purificação de água. A percepção a respeito da relevância da patente é ratificada por utilizar resíduos agroindustriais, valorizar a economia circular e reduzir a dependência de materiais sintéticos de alto custo. Ademais, é potencialmente reutilizável, com possibilidade de recuperação do petróleo adsorvido em determinadas condições e contribui para o cumprimento de legislações ambientais e práticas de ESG (ambiental, social e governança) por empresas e instituições.

Elano reforça que o grupo já desenvolveu um protótipo funcional, cujo composto modificado é encapsulado em esferas de um outro composto, o alginato de sódio, formando um sistema poroso e reutilizável. “Esse sistema facilita o manuseio, melhora a eficiência na captura dos poluentes e simplifica sua remoção do meio após o tratamento. A tecnologia está atualmente em fase de validação laboratorial, com testes em diferentes tipos de efluentes e cenários simulados. O próximo passo envolve a escala piloto, com vistas à transferência para aplicação industrial e comercial”, explica Elano, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFRN.

Por causa disso, o grupo de pesquisa está testando novas combinações químicas para ampliar o espectro de poluentes que podem ser adsorvidos, situação que implica em desenvolver versões encapsuladas do adsorvente para facilitar o uso em filtros e colunas de tratamento. “As ações buscam aperfeiçoar e expandir sua aplicabilidade em escala industrial e doméstica, englobando um contexto de avaliação do desempenho do material com contaminantes emergentes, como medicamentos e pesticidas, bem como investigando a reutilização do material e os melhores métodos para regenerá-lo após o uso, o que aumenta a sustentabilidade do processo”, descreve outro dos cientistas envolvidos, Dennys Correia.

Nesse percurso de testar novas possibilidades e avançar no grau de progresso que uma investigação científica ou tecnológica faz ao longo do tempo, desde a concepção inicial até a sua aplicação ou implementação, Dennys acredita que o patenteamento é um ponto importante, em virtude de alguns aspectos. “Primordialmente, a trajetória científica e tecnológica do grupo de pesquisa é impactada. Para além disso, é um instrumento de valorização da pesquisa aplicada, conectando universidade e mercado, e uma ferramenta de fomento à inovação ao mostrar como é possível transformar conhecimento em soluções práticas. Outros pontos são que a patente é um caminho de promoção da visibilidade acadêmica, facilitando colaborações interinstitucionais e atraindo investimentos, e, por outro lado, contribui para a formação de profissionais empreendedores preparados para gerar impacto positivo na sociedade por meio da ciência”, finaliza.

Por Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/

Assessor de Comunicação AGIR/UFRN-84 991936277

Foto: Cícero Oliveira/UFRN

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domingo, 20 de julho de 2025

AQUELA NUVEM, AQUELE BARCO, AQUELA FOLHA...

 Por Fernando Luiz*

O potiguar Gilliard é um dos cantores mais conhecidos do Brasil. Eu o conheci quando ele era ainda uma criança em 1968, no Palácio dos Esportes, durante o concurso A Mais Bela Voz, promovido pela rádio Olinda de Recife. Eu e ele participamos do concurso. Na ocasião cantei Chão de Estrelas e Gilliard cantou Maria Helena. Era tão pequeno, que se apresentou em pé em cima de uma cadeira. O concurso, promovido pela rádio Olinda de Recife, se realizava nas cidades do Nordeste onde existiam as emissoras de Educação Rural, ligadas às paróquias locais. Além de Natal, no nosso estado a Mais Bela Voz foi realizada também e Caicó e Mossoró. O vencedor da edição estadual foi o caicoense Edmilson Martins.

Em 1971, já morando em Natal, eu fiz parte do cast do programa Meu Colégio, Minha Vida idealizado e apresentado por Carlos Alberto aos sábados, no ginásio do Colégio das Neves, transmitido pela rádio Cabugi, do qual também participavam Ronaldo Sormany, Luiz Almir, Carlão (um paulista que fazia parte da orquestra de Waldemar Ernesto), a cantora Neirivan Lopes e o “cantor mirim” Gilliard Cordeiro. 

Carlos Alberto criou uma caravana com os artistas que participavam do Meu Colégio, Minha vida; a caravana viajava pelo interior se apresentando em clubes, cinemas e até mesmo em circos. Na época, Carlos Alberto passou a conduzir a carreira artística de Gilliard, acompanhando-o nas viagens. O “cantor mirim” potiguar, levado por Carlos Alberto, ganhou um concurso no programa Você Faz o Show, apresentado por Fernando Castelão na TV Jornal do Comércio em Recife e foi contratado para fazer parte do cast do programa. A partir dessa época Carlos Alberto passou a cuidar da carreira de Gilliard e o tratava como um filho. Eu já fazia parte do conjunto Apaches, e era amigo de Carlos Alberto desde que, em 1969, fiz um estágio no programa Bar da Noite, apresentado por ele na rádio Cabugi. Eu e Gilliard éramos as presenças mais frequentes na caravana de artistas de Carlos Alberto; nos shows do interior ele me apresentava como “o meu filho mais velho” e Gilliard como “o meu filho mais novo”.

O tempo passou, fui embora para o Rio de Janeiro e Gilliard cresceu. Em 1975, já deputado estadual, Carlos Alberto levou Gilliard para o Rio de Janeiro e gravou com ele um compacto duplo no estúdio Havaí, com as músicas Queria Estar Perto de Você, Linda Linda, Meu Deus e Se Eu Partir. 

Em 1979 Gilliard, depois de vários anos de batalha, foi levado por Carlos Alberto para a gravadora RGE e lançou o LP que catapultou definitivamente sua carreira artística, com a música Aquela Nuvem, sucesso absoluto de vendas e execução em todo o Brasil, colocando-o de vez entre os grandes nomes da música brasileira. 

Em 2009, Gilliard fez um show da Assembleia Cultural em Natal (evento que era promovido mensalmente pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte). Foi um sucesso absoluto; o público cantou junto com ele e em um dos mais belos momentos do show ele contou como nasceu Aquela Nuvem. Afirmou que a letra da música foi escrita em um momento de profundo desespero, durante a travessia da barca Rio-Niterói, quando ele estava decepcionado com a vida artística, queria “jogar a toalha”, largar tudo de uma vez. Naquela tarde-noite de 2009, as pessoas que assistiam ao show do cantor potiguar na Assembleia Cultural descobriram algo que tinha demorado anos para vir à tona...

Embora a música Aquela Nuvem sempre tenha sido considerada uma declaração de amor que projetou o cantor potiguar em todo o Brasil, Gilliard disse que as expressões “aquela nuvem que passa lá em cima”, “o barco que vai mar afora”, a folha que vaga pela rua” eram metáforas que, complementadas com a expressão “Sou Eu”, queriam dizer que Deus estava presente em todas as coisas da Natureza. Inclusive no destino dele.

Somente quem possui sensibilidade para compreender o significado de certas circunstâncias adversas da vida, pode extrair das decepções inspiração e forças para transformar derrotas em vitórias e mudar o rumo da própria história.

Foi o que aconteceu com Gilliard. Um potiguar que conquistou o Brasil graças ao seu talento e à sua perseverança.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 19 de julho de 2025

Dona Nalva “De Caicó a Outros Céus”

 Assista nesta segunda-feira(21), no canal do YouTube da TV KURTIÇÃO, no Pavilhãoda Festa!

Aos 97 anos, a caicoense Nalva Nóbrega continua ativa e firme em suas convicções e não se cansa de promover os dons artísticos e culturais, referência para todas as gerações, um legado para a vida da região. Nesta Festa de Sant’Ana, Dona Nalva retorna a sua cidade Caicó para fazer o que mais gosta, se apresentar com seu piano, e vai ser no Pavilhão da Festa e ainda acompanhada pelo Quarteto de Cordas, na segunda-feira, 21 de julho, e tem mais, Dona Nalva escreveu “De Caicó a Outros Céus”, livro que tem lançamento na quarta-feira, 23, na Casa de Cultura Popular, que fica ao lado da Catedral. 

E tudo isso tem um carinho especial deste blogueiro, minha mãe Alzira Tavares de Araújo foi colega de infância e amiga de Nalva, e todos as vezes que se reencontravam, fosse em Natal, ou mesmo em Caicó, na festa, era uma alegria só. As duas, ainda crianças, estudavam no Educandário Santa Teresinha que agora, em outubro, celebra 100 anos de sua inauguração, ou seja, apenas poucos anos antes do nascimento das duas, Dona Nalva de 1928 e minha mãe de 1929, que há cinco meses nos deixou e partiu para outros céus.

Viva Dona Nalva, Salve Dona Alzira, com as bênçãos de Sant’Ana, excelsa padroeira de Caicó - ‘Pedacinho do Céu’

Foto reproduzida das redes sociais/

Dona Nalva com o novo livro e ao lado do seu piano


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Dani Cruz leva "Samba de Sereia" para o espaço Rosas na Cartola, na Ribeira, neste domingo (27)

 

A cantora e compositora Dani Cruz realiza mais uma edição do Samba de Sereia, agora desembarcando no Espaço Rosas na Cartola, local de fomento e grandes encontros do samba potiguar, na Ribeira. A roda tem como grande marca o protagonismo feminino e acontece domingo, dia 27 de julho, às 16h, com entrada gratuita.

O projeto, que existe desde 2017, tem a proposta de resgatar contribuições, reverenciar grandes matriarcas do gênero, além de trazer canções contemporâneas. Nesta edição, Dani estará acompanhado por um grande time: Mônica Michelly (direção musical e baixo), Fernandinho Régis (cavaco), César Sampaio (cavaquinho), Anderson Mello (bateria), Ranah Duarte e Ramon Gabriel (percussões). Além disso, o potiguar recebe grandes nomes da música, convidadas mais que especiais: Gláucia Wanderley e Brígida Paiva (Rosas na Cartola), Will Barros, Silvana Martins e Josy Ribeiro, além do DJ Marti. A roda conta com tradução simultânea de libras.

"Chegamos já ao Rosas na Cartola! Estamos realizando esse sonho antigo de levar nossa roda pra esse espaço que é comandado por mulheres sambistas: as parceiras, Brígida e Gláucia! Tudo a ver com nosso movimento, né? O cardume mais lindo da cidade está intimado a cantar todas comigo e minhas convidadas maravilhosas. Samba de Sereia nunca decepciona!", declara Dani Cruz.

O Samba de Sereia é uma realização DC iltda, Caruru Produções, Fundação José Augusto, Secretaria Estadual da Cultura, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.

SERVIÇO:

Samba de Sereia - Dani Cruz convida Rosas na Cartola, Will Barros, Silvana Martins, Josy RIbeiro e DJ Marti

Dia 27 de julho, domingo, às 16h, no Espaço Rosas na Cartola - Rua Chile,01, Ribeira - Natal/RN

Entrada gratuita

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

(84) 98728-0813

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Aeroporto de Natal passa a contar com mapa interativo

 

Quem caminha pelo Aeroporto de Natal já pode contar com uma nova ferramenta digital para facilitar a experiência no terminal: um mapa 3D interativo, que permite explorar e descobrir o aeroporto. A possibilidade de os passageiros se localizarem com facilidade e encontrarem rapidamente lojas, restaurantes, novidades de embarque e outros serviços disponíveis.

O acesso é simples e pode ser feito por celular, tablet ou computador, por meio da leitura de QR Codes disponíveis em painéis digitais espalhados pelo terminal ou diretamente pelo link: https://natal-airport.blumaps.com.br . Não é necessário baixar nenhum aplicativo.

Além de traçar rotas internacionais dentro do aeroporto, a solução é integrada ao painel de voos e conta com suporte multilíngue, proporcionando mais autonomia e praticidade para quem embarca, desembarca ou transita pelo terminal potiguar.

A tecnologia foi desenvolvida pela Blumaps, startup de Florianópolis (SC), e está sendo lançada no Aeroporto de Natal como resultado do Brazilian Welcome Challenge, iniciativa da Embratur em parceria com o LinkLab da ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia). O objetivo do desafio foi selecionar soluções tecnológicas que aprimorem a experiência dos passageiros nos aeroportos brasileiros.

A iniciativa busca fomentar a inovação, a economia criativa e os princípios ESG no turismo nacional, promovendo um ambiente mais moderno e acolhedor nos terminais do país.

Mais informações:

Anna Paula Andrade - 84 99208-8873 

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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Em Natal Festa de Sant'Ana começa nesta quarta em Capim Macio

 Encerramento no Dia de Sant’Ana, 26 de julho, com a procissão e descida das bandeiras!

A programação da festa da Paróquia de Sant’Ana, no bairro Capim Macio, em Natal, começa nesta quarta-feira, 16 de julho, a partir das 19h, com hasteamento das bandeiras e missa solene, o encerramento será no dia de Sant'Ana, no sábado, 26 de julho, com a procissão nas ruas do bairro, às 18h, e a missa solene de encerramento da programação, às 19h, com celebração presidida por Dom Francisco Canindé Palhano, bispo hemérito de Petrolina, Pernambuco. 

As noites do novenário ocorrerão de 17 a 25 de julho, no horário das 19h, e a Feirinha da Festa no domingo, 20, ao meio-dia (logo após a missa das 10h) e segue até 17h ao lado da igreja.

Confira,  abaixo, o convite do Pároco Marcelo Araújo, em postagem da Pastoral da Comunicação no Instagram da Paróquia:

Convite Especial: Festa de Sant’Ana, Nossa Excelsa Padroeira!

Missa Solene de Abertura, dia 16 de julho (quarta feira) às 19h 

"Com alegria no coração, convidamos você e sua família para celebrar conosco a Festa de Sant’Ana, nossa amada padroeira! 

De 16 a 26 de julho. Serão dias de fé, tradição, encontro e muita devoção àquela que intercede por nós com amor de avó e de mãe.

Venha viver esse tempo de graça com a gente!

Sant’Ana, rogai por nós!"

Programação: 

Nas imagens, abaixo, estão os dias e horários das celebrações com as respectivas informações de cada noite. 

 


Um detalhe da programação da Festa de Sant'Ana, Padroeira de Caicó:

Desde a segunda metade dos anos de 1950, a programação da festa em Caicó passou a ser diferente de outras cidades onde tem a mesma padroeira, e isso se deu através de proposta do então Vigário da Catedral de Sant'Ana, em Caicó, o Padre Galvão, ou  seja, a data de encerramento ficou sempre no domingo da última semana de julho, ou no primeiro domingo após o dia 26, que pode acontecer já em agosto, e isso deu oportunidade da festa em Caicó ter a participação de mais visitantes, uma vez que nas outras cidades a festa se encerra no Dia de Sant'Ana, 26 de julho.  

Mas este ano praticamente ficou na mesma data, e no próximo, em 2026, se encerra no domingo dia 2 de agosto.

Em todo o RN são muitas as cidades que  tem como padroeira Sant'Ana, além de Natal, na Paróquia do Conjunto Soledade, zona norte, e a de Capim Macio, zona sul da capital potiguar. 

- Confira aqui a programação festa Padroeira de Caicó 2025

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Revitalização do Largo da Catedral de Sant’Ana será inaugurado hoje em Caicó; abertura festa da padroeira nesta quinta

 Prefeitura de Caicó revitaliza o Largo da Catedral de Sant’Ana

Nesta quarta-feira, 16 de julho, logo após a tradicional Missa dos Peregrinos, a Prefeitura de Caicó realizará a solenidade de inauguração da nova Praça do Largo da Catedral de Sant’Ana, um dos espaços mais simbólicos da cidade, agora totalmente revitalizado com paisagismo, novo layout urbano, iluminação moderna e acessibilidade.

O projeto de requalificação busca valorizar o entorno da Catedral, respeitando seu significado histórico, cultural e afetivo, especialmente durante o período da Festa de Sant’Ana, quando milhares de romeiros e moradores se reúnem para viver momentos de fé e tradição.

Durante a solenidade, também será realizada a nomenclatura oficial de duas praças do entorno, que passam a homenagear duas mulheres que marcaram a história de Caicó com sua fé e dedicação à comunidade: Zélia Dantas Chianca Vale e Maria Vanda Maia

Ambas foram figuras atuantes na vida religiosa da cidade e deixaram um legado de devoção, cuidado com o próximo e participação ativa na vida paroquial.

Embora o Estado brasileiro seja laico — o que significa que não adota uma religião oficial —, a gestão pública municipal reconhece o valor cultural, histórico e social dos espaços religiosos como parte da identidade do povo. A revitalização do Largo e as homenagens prestadas refletem esse respeito às tradições e à memória coletiva da cidade, sem caráter confessional, mas com o olhar voltado para a preservação do patrimônio e da história local.

“Esse espaço é sagrado para o nosso povo. Cuidar dele é cuidar da nossa identidade. E homenagear essas duas grandes mulheres é manter viva a história de quem ajudou a construir a fé e a tradição que movem Caicó”, destacou o prefeito Dr. Tadeu.

A entrega do novo Largo da Catedral é mais um marco dentro das ações realizadas durante a Festa de Sant’Ana 2025, reafirmando o compromisso da Prefeitura com o bem-estar da população, a valorização da cultura e o respeito à diversidade de crenças no âmbito de uma gestão democrática e inclusiva.

- Do Blog do Heitor Gregório

Imagens relacionadas à divulgação

Confira aqui a programação da Festa de Sant´Ana, em Caicó, com abertura oficial dia 17 (quinta-feira) e encerramento no domingo, 27 de julho. 

Um detalhe da programação da Festa de Sant'Ana de Caicó:

Desde a segunda metade dos anos de 1950, a programação da festa em Caicó passou a ser diferente de outras cidades onde tem a mesma padroeira, e isso se deu através de proposta do então Vigário da Catedral de Sant'Ana, em Caicó, o Padre Galvão, ou  seja, a data de encerramento ficou sempre no domingo da última semana de julho, ou no primeiro domingo após o dia 26, desde que ocorra dentro dos onze dias da festa, e isso deu oportunidade da festa em Caicó ter a participação de mais visitantes, uma vez que nas outras cidades, como Currais Novos, a festa se encerra no Dia de Sant'Ana, 26 de julho. 
 
Mas neste ano praticamente ficou na mesma data, e no próximo, em 2026, o encerramento será no domingo, 2 de agosto.

Em todo o RN são muitas as cidades (oito) que  tem como padroeira Sant'Ana, além de Natal, na Paróquia do Conjunto Soledade, Zona Norte, e a Paróquia do bairro  de Capim Macio,  Zona Sul da capital potiguar. 

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domingo, 13 de julho de 2025

CANTAUTORES POTIGUARES

  Por Fernando Luiz*

O termo cantautor  é pouco utilizado e muito pouco conhecido. Geralmente refere-se a artistas populares que compõem e interpretam suas próprias canções, cujas letras tratam de temas populares sociais ou políticos, podendo também girar em torno do cotidiano dos seus autores. 

Pode ser considerado um cantautor  alguém com capacidade de criar e interpretar suas próprias obras, transformando em canções as suas experiências pessoais no ambiente em que vive, unindo-se ao seu público através do seu trabalho como compositor e intérprete; portanto, o cantautor é alguém que escreve, compõe e canta suas criações artísticas, incluindo letra e melodia. Vários músicos renomados também escrevem apenas a letra ou a melodia de suas próprias canções, mas são chamados apenas de cantores. No Brasil, o termo cantautor não é difundido e no seu lugar utiliza-se o termo "cantor-compositor".

Em Natal, Esso Alencar pode ser considerado um autêntico cantautor. Ele iniciou a sua carreira em Natal no ano de 1991, como vocalista da banda Os Quatro. Depois, de modo arrojado, criou seu próprio selo, pelo qual lançou dois discos: Bossta Nova em 2006 e Alma de Poeta, em 2009, (este último, premiado pelo projeto Pixinguinha, uma realização da Funarte/MinC).  Em 2017 Esso lançou o CD Várzea da Caatinga. Ele também lançou  um livro com parte das letras das suas músicas. 

Esso Alencar participou do CIMA – Circuito Itinerante de Música Autoral, que nasceu com o objetivo de chamar a atenção do grande público e dos nossos governantes para a importância e a necessidade da criação de uma política pública para a valorização e a divulgação da música produzida no nosso estado.

No dia 09 passado, o Teatro Alberto  Maranhão foi palco de um show diferente e especial: a Primeira Mostra de Cantautores da Música Potiguar. O evento contou com as apresentações de Esso Alencar e do Trio Toró. O show, uma iniciativa da Rede Potiguar de Música e da Fundação José Augusto, foi o primeiro – e importantíssimo - passo para o nosso estado saber que aqui também temos cantautores talentosos.

@fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 12 de julho de 2025

Invento: Tecnologia transforma resíduo do abacaxi em embalagem ecológica

 Tecnologia transforma resíduo do abacaxi em embalagem ecológica

Wilson Galvão – Agir/UFRN

Transformar a coroa do abacaxi em um material sustentável, com propriedades físicas adequadas para que o produto seja utilizado na fabricação de sacolas ecológicas, utensílios descartáveis, películas para proteção de superfícies e laminados leves. Esse é o resultado de uma pesquisa que virou pedido para patenteamento, cujo nome é filmes poliméricos biodegradáveis à base de coroa de abacaxi (ananas comosus (l) merr.), seu processo de obtenção e seus usos.

A invenção é resultado da tese de doutorado de Meyrelle Figueiredo Lima, que liderou os experimentos e o desenvolvimento das formulações no laboratório. A cientista destaca que os filmes poliméricos desenvolvidos apresentam facilidade de produção com baixo custo, partindo de um resíduo agroindustrial frequentemente descartado e abundante, promovendo sustentabilidade aliada à viabilidade econômica. “Ao invés de ser um descarte sem valor, a coroa do abacaxi se torna matéria-prima de um material ecológico, renovável e funcional, promovendo a economia circular”, frisa. 

Este é o segundo depósito de patentes de Meyrelle. O primeiro, formulações contendo óleo de copaíba (copaifera officinalis l) e seu processo de obtenção, era uma formulação inédita na área  cosmecêutica — junção dos nomes cosmética e farmacêutica — uma emulsão, cujo princípio ativo é o óleo de resina de Copaíba. A reportagem sobre essa descoberta pode ser acessada clicando aqui.

A invenção pode ser usada em que?

Os filmes desenvolvidos podem substituir o plástico convencional em uma ampla gama de aplicações, especialmente em produtos de uso único, que são os principais vilões da poluição ambiental. Um dos inventores envolvidos, Dennys Correia da Silva, lista que, no cotidiano, podemos vislumbrar a aplicação desses filmes no embalamento de cosméticos artesanais ou naturais, como sabonetes, cremes e shampoos sólidos, substituindo plásticos; na confecção de sacolas entregues por comércios conscientes, como feiras orgânicas ou lojas sustentáveis; na produção de recipientes biodegradáveis para produtos de higiene hospitalar ou kits de hotelaria ecológica. “Até mesmo como filmes agrícolas para proteção de mudas e sementes, contribuindo para uma agricultura mais limpa, essas aplicações mostram como um resíduo que antes iria para o lixo pode, por meio da tecnologia, ganhar um novo propósito e ajudar a mudar o mundo ao nosso redor”, complementa.

Orientador do estudo, o professor do Instituto de Química e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Alcides de Oliveira Wanderley Neto, acrescenta que há um ponto essencial para a relevância da invenção: uma contribuição tríplice — ambiental, social e econômica. Ele explica que, ambientalmente, isso se dá pela redução do descarte de resíduos agroindustriais e a dependência de plásticos sintéticos, promovendo materiais que se degradam naturalmente e mais rápido. Socialmente, pode gerar novas oportunidades de renda para as comunidades produtoras de abacaxi, valorizando a cadeia produtiva local. Enquanto que, economicamente, apresenta um baixo custo de produção e potencial de escalabilidade industrial, com apelo ecológico para mercados que exigem sustentabilidade.

“Já temos amostras laboratoriais dos filmes com características promissoras. Agora, a equipe está na fase de validação técnica, realizando testes adicionais para avaliar o desempenho e a escalabilidade. O próximo passo é desenvolver um protótipo com características padronizadas, o que permitirá rodadas de testes com parceiros potenciais da indústria e futuros pedidos de fomento para a produção em escala piloto. Em resumo, trata-se de uma tecnologia verde com alto impacto positivo no presente e no futuro”, contextualiza o docente.

Além de Meyrelle, Dennys e Alcides, completa o time de inventores os pesquisadores Wanderley de Oliveira Bezerra e Domingos Fabiano de Santana Sousa. O primeiro participou da coleta de dados e da produção experimental dos filmes, enquanto o Domingos, ao lado de Dennys e Alcides, contribuiu, sobretudo, na orientação científica,  análise dos resultados e redação técnica da patente. Para o grupo, as patentes são marcos fundamentais na ciência aplicada. “O processo de patenteamento representa o reconhecimento do caráter inovador e aplicável de uma pesquisa, protegendo a autoria, abrindo portas para parcerias com o setor produtivo e, além disso, ao ser publicada, a patente disseminará conhecimento técnico e científico, servindo de base para novas pesquisas e soluções”, ressalta Dennys Correia.

Os experimentos ocorreram no Laboratório de Tecnologia de Tensoativos, localizado no Instituto de Química, no Campus Central da UFRN. Lá, atualmente, a equipe de pesquisa está expandindo os estudos para desenvolver novos biopolímeros biodegradáveis a partir de outras matérias-primas renováveis e resíduos agroindustriais. “A ideia é testar diferentes composições que otimizem propriedades como resistência mecânica, flexibilidade, transparência, estabilidade térmica e tempo de degradação. Esses esforços complementam diretamente a invenção já patenteada, mostrando que a tecnologia pode ser ampliada e adaptada às outras necessidades industriais e ambientais, como aplicações agrícolas, médicas ou até  impressão 3D com materiais verdes”, salienta o professor Alcides.

Fotos: Cícero Oliveira – UFRN


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