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domingo, 29 de junho de 2025

WALDICK NÃO ERA CACHORRO, NÃO

  Por Fernando Luiz*

Se fosse vivo, Waldick Soriano teria completado 82 anos no dia 13 de maio passado. A atriz Patrícia Pilar afirmou, quando o cantor era vivo, que sempre gostou das músicas do “Frank Sinatra” brasileiro, dizendo que suas canções tinham “um que” especial que sempre a impressionaram e deslumbraram. Ela o admirava tanto que em 2006 resolveu fazer um filme sobre a vida do artista.

Waldick Soriano compôs verdadeiras pérolas da música romântica brasileira, mas sempre foi discriminado pela elite preconceituosa e por pessoas que, alegando ter “bom gosto musical”, detestavam seu trabalho, embora o artista fosse amado por milhões de brasileiros.

O cantor baiano, de origem pobre, sempre foi estigmatizado e sofreu a mesma discriminação da qual também foram vítimas artistas populares como Paulo Sérgio, Odair José, Agnaldo Timóteo, Lindomar Castilho, Nelson Ned, os potiguares Carlos Alexandre e Carlos André (Oséas Lopes) e inúmeros outros.

Compondo e cantando um tipo de música cujo tema central era a história de amores frustrados, utilizando-se de visuais aberrantes e inusitados – considerados de mau gosto – os artistas que, como Wakdick Soriano cantavam músicas consideradas cafonas, faziam parte da geração brega, que teve seu apogeu em meados dos anos 70, em plena ditadura militar. 

Os cantores bregas não tinham formação cultural sólida e as suas canções, quando tinham apelo social, isso ocorria de maneira inconsciente. A única exceção a essa regra era Odair José. Por compor músicas elevando a autoestima das empregadas domésticas (Deixe Essa Vergonha de Lado), protestando contra o programa governamental do governo militar de controle da natalidade (Pare de Tomar a Pílula) e quebrando o preconceito contra as prostitutas (Eu Vou Tirar Você Desse Lugar), Odair foi chamado pelo jornalista e produtor musical Luiz Antônio Mello de o “Bob Dylan da Praça Mauá”.

Nos anos setenta, os cantores de brega faziam shows em circos, cinemas e clubes do interior. Ganhando cachês muito abaixo da média dos medalhões da MPB, os bregueiros eram campeões da venda de discos, davam lucros exorbitantes às gravadoras e muitas vezes cobriam o prejuízo dado pelos discos gravados por grandes nomes da MPB, cujos discos (de qualidade excepcional e de suma importância para a música brasileira) vendiam pouco por causa das produções caríssimas; mesmo assim, os cantores cafonas ainda enfrentavam – pasmem – a Censura, embora fossem pessoas despolitizadas.

O brega sempre foi considerado como um subproduto do gueto da cultura de massa, apesar de ser apenas um movimento musical de grande importância. O “santo protetor” dos cantores de Brega (São Caetano... Veloso) deu o primeiro passo para resgatar o movimento, ao regravar Coração Materno, de Vicente Celestino. Depois, continuou quebrando tabus: regravou Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, de Odair José (ao vivo, no evento Phono 73 promovido pela gravadora Philips), Sonhos (de Peninha), Você Não Me Ensinou a Te Esquecer (de Fernando Mendes)  e Sozinho, também de Peninha, que rendeu a Caetano o primeiro disco de platina da sua carreira. A partir daí, os intelectuais passaram a considerar como “joias da MPB” canções que eram “inaudíveis”, nas vozes dos seus criadores...

O escritor e pesquisador baiano Paulo Cézar Araújo – citado por mim em outros artigos anteriores – no seu livro Eu Não Sou Cachorro Não, colocou o brega no seu devido lugar, como um movimento musical autêntico. 

Não se pode afirmar que a música brega é rica em poesia e melodia; todavia, a “intelectuália” brasileira precisa se lembrar das lições de Caetano Veloso e de Paulo Cézar Araújo, reconhecer a importância do brega e respeitar os artistas que fazem parte do movimento. Respeitá-los como artistas e seres humanos. E se possível, voltar no tempo e lembrar que Patrícia Pilar resgatou a memória de Waldick Soriano.

Afinal, Waldick Soriano, não era cachorro, não.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.


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sábado, 28 de junho de 2025

Samba de Arruar estreia nova temporada: música, encontros e resistência no coração da Cidade Alta

 

No sábado, 5 de julho, o projeto sociocultural Samba de Arruar dá início à sua décima edição com novidades que prometem dar ainda mais vida à roda de samba: a partir de agora, o evento passa a acontecer no Largo Ruy Pereira, às 14h, acolhido pelo tradicional Bar do Zé Reeira, no coração boêmio da Cidade Alta.

Idealizado e comandado pela cantora e compositora Valéria Oliveira, o Samba de Arruar reafirma seu compromisso com a valorização da cultura popular, da música potiguar e do protagonismo feminino no samba. Desde sua estreia em 2024, no bairro do Alecrim, o projeto vem ocupando espaços públicos e populares da cidade, levando a força dos tambores, das vozes e das tradições a públicos diversos.

Mais do que um título, o nome Samba de Arruar carrega um propósito: o de ocupar as ruas com música, afetos e memórias. A palavra “arruar”, que remete ao ato de sair em cortejo pelas ruas, sintetiza a proposta do projeto de levar o samba ao encontro do povo – ao ar livre, em espaços democráticos e de convivência.

Valéria divide o palco e o canto com o músico e cantor Kelliney Silva, parceiro em diversos projetos e presença marcante nas rodas. Com eles, estão os músicos Jubileu Filho (violão 7 cordas), César Sampaio (banjo e cavaquinho) e Ninho Brasil (percussão), além das musicistas Deny Nascimento e Mirelly Angélica (percussões), reafirmando a presença de mulheres instrumentistas no samba potiguar.

A roda preserva seu espírito de encontro e improviso, com repertório que reverencia mestres do samba e compositores locais, abrindo espaço para participações espontâneas – uma celebração da diversidade musical que pulsa em Natal.

“Esse novo horário veio pra deixar tudo mais leve: quem quiser já almoça no Bar do Seu Zé e emenda no samba; quem preferir, chega depois pra tomar uma cervejinha gelada e cair na roda. É um convite pra ocupar a cidade com alegria, pra estar junto, cantar, dançar e celebrar o que a gente tem de mais bonito: o encontro”, ressalta Valéria Oliveira.

Realizado por Valéria Oliveira Produções com produção de Mônica Mac Dowell, o Samba de Arruar destaca e dá visibilidade a sambistas potiguares, promovendo o encontro entre tradição e contemporaneidade, incentivando novas parcerias e fortalecendo laços com a comunidade por onde passa.

A nova temporada conta com patrocínio da Prefeitura do Natal, Fundação Capitania das Artes e HC Cardio, por meio do Programa Djalma Maranhão, e do professor Robério Paulino, parceiro do projeto desde sua criação. Esta edição também conta com apoio do Bar do Zé Reeira e de Hélio Lima Cabelo e Arte. 

SERVIÇO

Roda de Samba – Samba de Arruar

Dia 05 de julho, sábado, a partir das 14h

Largo Ruy Pereira (Bar do Zé Reeira), Cidade Alta – Natal/RN

Acesso gratuito

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

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Pórtico dos Reis Magos em Natal sofre novo ataque dos vândalos

 Lamentável e revoltante: Pórtico dos Reis Magos é novamente vandalizado horas após ser concluída a revitalização

Apenas horas depois de ter sido revitalizado pela Prefeitura de Natal, o Pórtico dos três Reis Magos, localizadas às margens da BR-101, na zona sul da cidade, já sofreu uma nova ação de vândalos. O monumento foi pichado na madrugada desta quarta-feira (25). 

A secretaria municipal de Serviços Urbanos (Semsur) vai providenciar uma nova pintura, aplicando uma manta de resina para dificultar as ações delituosas. “Infelizmente o local foi novamente vandalizado e depredado. Lamentamos bastante a situação. Vamos executar mais uma vez a recuperação do monumento, que homenageia os co-padroeiros da nossa cidade. Também estamos estudando medidas para coibir as ações delituosas como a instalação de câmeras e sensores de movimento no local”, destacou o titular da Semsur, Felipe Alves.

- Blog do Heitor Gregório

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pórtico pichado pelos vândalos após revitalização



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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Secretaria de Cultura/RN conclui pagamentos do primeiro ciclo da PNAB e avança para o Ciclo 2

 Além da conclusão de repasses do primeiro ciclo, a Secult RN também iniciou uma convocação de suplentes e a realização de escutas culturais para o segundo ciclo

A Secretaria de Cultura do Rio Grande do Norte (Secult RN) anuncia nesta quinta-feira (19) a conclusão dos pagamentos referentes ao primeiro ciclo da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB RN). Com isso, todos os 21 editais já tiveram seus repasses corretos, garantindo recursos para os fazedores de cultura contemplados executarem seus projetos em todo o estado.

Além da conclusão de repasses do primeiro ciclo, a Secult RN também iniciou uma convocação de suplentes dos blocos I e II, substituindo proponentes desclassificados e agentes que aplicaram os termos de dispensa. Em breve, será uma vez os blocos III e IV.

A Secretária da Cultura do RN, Mary Land Brito, celebrou o momento, destacando a importância dos repasses para o fortalecimento da cultura potiguar. "A Secult tem se dedicado intensamente para apoiar os diferentes setores culturais do estado e garantir que esses recursos cheguem à ponta. Hoje é um dia de felicidade, pois os valores estão finalmente nas contas dos agentes culturais, permitindo que projetos e eventos sejam realizados, remunerando profissionais e impulsionando a produção cultural do RN", disse.

Os valores que ainda permanecem na conta do PNAB estão reservados para desapropriação e restauração do Cinema Panorama, preenchimento de vagas remanescentes, pagamentos em fase de regularização e recursos de operacionalização.

Segundo a coordenadora da PNAB RN, Leka Castro, esse avanço representa um marco importante na execução da política pública. "Com a conclusão dos pagamentos, além de finalizarmos uma etapa essencial do processo seletivo, também garantimos o início de novos projetos fomentados pelos recursos do PNAB. Cumprimos a meta de 60% exigida pelo Ministério da Cultura e estamos aptos a receber os recursos destinados ao Ciclo 2", afirmou.

Com a execução de mais de 60% dos montantes exigidos pelo MinC até o prazo estipulado de 1º de julho de 2025, a Secult RN confirma a continuidade da PNAB no estado. O segundo ciclo da política entra agora na fase de escutas públicas, onde a sociedade civil poderá contribuir na definição dos próximos rumores para a cultura potiguar.

A população é incentivada a participar desse processo, garantindo que as futuras ações do PNAB RN sejam construídas de forma democrática e descentralizada e ampliando o impacto da iniciativa em todas as regiões do estado.

Informações à Imprensa:

Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Norte

E-mail: comunicacaoculturarn@gmail.com

Instagram: @secultrn

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domingo, 22 de junho de 2025

CADÊ OS TEATROS DE LONA?

 Por Fernando Luiz*

Malabaristas, trapezistas, palhaços, engolidores de fogo, equilibristas, músicos, ilusionistas, contorcionistas, acrobatas... Estes são alguns elementos que fazem parte de um mundo mágico presente nas vidas de quase todas as pessoas: o circo.

A pesquisadora de Artes Circenses Alice Viveiros, que desde 1985 tem escrito artigos sobre a história do circo no Brasil, afirmou em uma das suas inúmeras publicações, que transcrevo aqui literalmente:  "Ao escrever sobre a origem do circo eu gosto de fazer uma separação entre circo e arte circense, porque as artes circenses são milenares; elas estão com o homem desde o início dos tempos: brincar de saltar, de equilibrar, fazer contorção, fazer parada de mão, dar saltos, tudo isso é uma coisa que a gente tem em figuras rupestres antiquíssimas na China, na Índia, no Egito; em todos os lugares onde você encontra grupamento humano, também vai encontrar essas habilidades, essa coisa que o circo é: a arte da proeza."

Ainda segundo Alice Viveiros, os primeiros relatos de grupos de artistas que entretiam os convidados durante os banquetes de filosofia que duravam dias, datam da Grécia antiga. 

O primeiro circo na forma em que conhecemos hoje, foi criado em Londres, por volta de 1770, por um oficial da Cavalaria Britânica, Philip Astley e tinha um picadeiro com uma espécie de arquibancada. No início oferecia apenas apresentações com cavalos, mas com o tempo foram acrescentados números de malabarismos, e palhaços se juntaram ao espetáculo.

Segundo os pesquisadores, a história do circo no Brasil começou no século XIX e teve sua origem com famílias e companhias circenses vindas da Europa, onde eram perseguidos. Os ciganos sempre tiveram uma forte ligação com o circo; eles viajavam de cidade em cidade e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população das localidades por onde passavam.

No Brasil, alguns circos se tornaram referência, mas pelo menos três podem ser citados como responsáveis pela popularização da arte circense no país: o circo Garcia, fundado na cidade de Campinas em 1928 por Antolino Garcia, que na década de 70, figurou entre as quatro maiores companhias circenses do mundo; o circo Nerino, fundado pelo casal Nerino e Armandine Avanzi, em Curitiba em 1913. Depois de percorrer as principais cidades do Brasil durante meio século, o circo  apresentou seu último espetáculo em setembro de 1964, na cidade paulista de Cruzeiro; o Circo Orlando Orfei, cuja história começa em 1822 quando o então seminarista Paulo Orfei conheceu uma jovem da família Massari no conservatório da cidade italiana de Ferrara. Em 1920 Orlando Orfei, estreou aos cinco anos como palhaço e aos 18 anos se tornou equilibrista, ciclista, acrobático e mágico; ele foi responsável por inúmeras invenções do circo moderno: foi criador da propaganda aérea, das águas dançantes e de um modo pioneiro de domar os animais.  

Os circos também se tornaram palco para dramas, comédias e shows artísticos; na minha infância e adolescência assisti a dezenas de espetáculos nos circos que passavam por Nova Cruz: o circo Mágico Nelson, o circo de Zé Palito, o circo de Zé da Lapa e inúmeros outros. Morando em Natal e já exercendo minha atividade profissional como cantor, realizei dezenas de shows em circos grandes e pequenos como o circo Continental, o circo de Tarzan Moreno, o circo Santa Lúcia, o circo Thianito e o circo Guarani, pano de roda do palhaço Bolachinha, que nunca teve cobertura.

Os circos são – pelo menos eram – verdadeiros “teatros de lona”, estruturas temporárias, espaços de cultura, arte e entretenimento que proporcionavam experiências únicas, acessíveis às camadas mais humildes da população. Com a modernidade e as exigências cada vez mais complexas para continuarem na estrada, atualmente os poucos circos que resistem precisam se modernizar, usar as mídias sociais com competência, atender às exigências dos órgãos públicos (Corpo de Bombeiros, órgãos de defesa do Meio Ambiente etc.) e se reinventar para não sucumbir à modernidade. O que, infelizmente nem todas as companhias circenses conseguem.

Cadê os Teatros de Lona? Quase todos sucumbiram à modernidade.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.


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sábado, 21 de junho de 2025

"Contos. Porque Conto" livro de Públio José tem lançamento da 2a. edição

 O livro "Contos. Porque Conto", de autoria de Públio José teve lançamento de sua 2a. Edição na plataforma da Amazon.com para venda mundial, devido o conteúdo da obra, conforme o autor ressaltou ao radialista, advogado e jornalista Revil Alves.

Ainda segundo o autor, a publicação conta histórias que ele presenciou e viveu e foram repassadas ainda na adolescência. Ele diz que mesmo tendo escrito, ao reler dá boas risadas, pelas passagens e experiencias vividas. 

"Graças a Deus tive uma infância e  adolescência muito 'brilhante', rica, e tudo isso está no livro um pouco desse universo, para alegria de quem adquirir a publicação". 

O natalente Publio José é jornalista, escritor, publicitário, radialista, apresentador, conferencista, mora atualmente nos Estados Unidos, há 8 anos, e na juventude estudou em Caicó, no Seridó, onde foi contemporâneo do amigo caicoense Revil Alves. 

O livro Contos. Porque Conto: Historias ouvidas, experiencias vividas, resgata, da infância e adolescência, historias ouvidas, experiências vividas e "coisas do ouvir falar" e está à venda em (Portuguese Edition)  https://a.co/d/ddPtTPV 

Imagens relacionadas à divulgação/
reprodução capa livro


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Dani Cruz apresenta seu novo trabalho "Canto de Sol" em show especial no Teatro Alberto Maranhão dia 29

 

O show de lançamento de “Canto de Sol” é o momento de maior luminosidade do novo trabalho da cantora Dani Cruz. A artista, que já é conhecida pela desenvoltura nos palcos, prepara para esse show suas novas canções, outras músicas autorais conhecidas pelo público e releituras de suas influências nesse momento de carreira, com temáticas que falam sobre o amor e suas várias faces. Dani já esteve em inúmeras graças no palco do Teatro Alberto Maranhão, mas pela primeira vez apresenta seu projeto solo, o que torna esse momento ainda mais especial. A apresentação será no dia 29 de junho, às 18h30, com acesso gratuito, mediante retirada antecipada de ingressos.

A banda é formada por Wallyson Santos (guitarra e cavaquinho), Mônica Michelly (contrabaixo), Anderson Mello (bateria), Ramon Gabriel e Weslley Silva (Cicinho) (percussões) e dirigida pelo multi-instrumentista e diretor musical, Jubileu Filho (violões e guitarra baiana). A noite contará ainda com as participações das cantoras Daniela Fernandes, Carol Porto e Gracinha, que colaboraram com Dani em algumas faixas do álbum.

Sobre esse momento de carreira e as expectativas para o show, a cantora destaca: “Canto de Sol me trouxe tantos aprendizados profundos. O show será emocionante, não tenho dúvidas. O público nunca viu tantas faces meu ao mesmo tempo. O som deste trabalho é plural e me desafia artisticamente, o que me dá muito gosto em continuar na lida. Esse encontro é o momento mais importante dessa jornada até agora pra mim, porque é o meu momento mais íntimo com o público. É o nosso momento de conexão, de se olhar no olho, cantar junto, bater palma, sonhar, se emocionar. Estar no palco é sempre um privilégio e neste momento ainda mais: é uma atitude de amor”.

SERVIÇO

Dani Cruz - Canto de Sol

Dia 29 de junho, domingo, às 18h30, no Teatro Alberto Maranhão

Entrada gratuita

Retirada de ingressos:

Lote 1 - Retirada online:

Domingo (22), a partir das 12h*

Saída: https://outgo.com.br/canto-de-sol 

*enquanto durar o lote

Lote 2 - Retirada física:

Terça (24), 12h às 20h*

Sem Etiqueta do Portugal Center - Av. Senador Salgado Filho, 2190 - Lagoa Nova

*enquanto durar o lote

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa

luciana@sollarcomunicacao.com.br

Imagem relacionada à diivulgação/Brunno Martins



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Cientistas usam física para criar nanopartículas contra o câncer

 Cientistas na UFRN usam física para criar nanopartículas contra o câncer

Wilson Galvão–AGIR/UFRN*

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) alcançou mais um avanço tecnológico: um método para a síntese de nanopartículas magnéticas de cobalto e níquel, que podem ser úteis no tratamento de câncer e na vetorização magnética de fármacos – uma forma de transportar a medicação para o local específico onde deve agir. A patente tem a participação dos inventores Marco Antonio Morales Torres, Thiago Tibúrcio Vicente e John Carlos Mantilla Ochoa e recebeu o nome de “Síntese de nanopartículas monodispersas metálicas de níquel e cobalto embebidas em uma matriz de gelatina”.

Professor do Departamento de Física da UFRN, Marco Morales explica que os pesquisadores usaram o método sol-gel para chegar às nanopartículas. Nesse método, uma amostra é feita, formando um sol. Em seguida, passa-se esse sol para a forma de gel, ou seja, removendo-se sua fase líquida. “Essas nanopartículas de níquel e cobalto foram sintetizadas em matriz de gelatina. Não à toa: os grupos amino, tiol e carboxílico, presentes na gelatina, favorecem sua solubilidade em água e a capacidade de interagir com os cátions metálicos dissolvidos em meio aquoso”, pontua o docente.

A síntese de nanopartículas magnéticas metálicas tem recebido muita atenção devido às suas aplicações em várias tecnologias – não por acaso, o desenvolvimento de novos métodos para a síntese delas vem aumentando. Os autores citam como exemplos a possibilidade de uso em amortecimento de autofalantes, tratamento de câncer por hipertermia magnética e vetorização magnética de fármacos.

“As nanopartículas podem ser funcionalizadas com surfactantes e polímeros biocompatíveis e, então, depositadas no local do tumor. A partir daí, podem gerar calor na região do tumor por meio da aplicação de um campo magnético AC. Esse método é chamado de magnetohipertermia. Esse é um exemplo dentro de um espectro amplo de uso, que inclui armazenamento de informações em sistemas de gravação magnética, catálise, biomedicina, células solares, produção de hidrogênio através de reforma de vapor de álcoois sobre catalisadores suportados em cerâmica, entre outros”, situa o pesquisador.

As nanopartículas da patente são metálicas e têm elevado momento magnético. Dessa maneira, podem ser facilmente manipuladas remotamente usando um campo magnético. As nanopartículas de níquel e cobalto têm estrutura cristalina cúbica de face centrada, com diâmetros médios de seis e sete nanômetros.

A tecnologia foi depositada em 2019 e é fruto de um estudo vinculado ao Programa de Pós-graduação em Física. Além de Morales e Ochoa, a patente contou com a contribuição de Thiago Tibúrcio Vicente no preparo das amostras, redação do documento e caracterização magnética, estrutural e morfológica. O coordenador do grupo, Morales, atuou na conceitualização do projeto e na busca por recursos para seu desenvolvimento.

“O método de síntese desenvolvido revelou-se um avanço significativo na síntese de nanopartículas metálicas magnéticas. É o resultado de vários meses de trabalho do meu grupo de pesquisa, com a contribuição do ex-aluno de iniciação científica Thiago Tibúrcio Vicente e do pós-doutor John Carlos Mantilla Ochoa”, identifica Morales.

Patenteamento

A concessão da patente deixa implícito que a tecnologia atendeu a três critérios. O primeiro, a novidade, refere-se ao fato de que é algo diferente de tudo o que já existia. O segundo, a atividade inventiva, ocorre sempre que, para um técnico no assunto, a invenção não decorre de maneira evidente. Assim, deve apresentar um grau de criatividade e não ser apenas uma combinação óbvia de elementos já existentes. Por fim, ter uma concessão de patente significa também que ela é passível de aplicação industrial, isto é, pode ser utilizada ou produzida em qualquer tipo de indústria.

Portanto, ter uma carta-patente é o reconhecimento de uma invenção, algo criado pelo homem e que se apresenta como uma ideia ou solução técnica que não existia anteriormente na natureza. Dessa maneira, a carta-patente difere da descoberta, que se refere, sobretudo, à revelação de algo que já existia na natureza, mas que ainda não tinha sido conhecido ou compreendido pelo homem – as descobertas não são consideradas patenteáveis.

Contando com a natural parceria dos inventores para a proteção dos ativos de propriedade industrial, aproveitando as listas de contatos dos cientistas e o conhecimento nas áreas tecnológicas em que atuam, o que os coloca em uma situação privilegiada na identificação de potenciais licenciados, a Agência de Inovação da Reitoria (Agir) é a unidade responsável dentro da UFRN por propiciar suporte aos inventores durante o pedido de patenteamento. Esse procedimento tem início com a notificação de invenção, através do SIGAA, na aba “Pesquisa”, primeiro passo para os cientistas com interesse em patentear uma descoberta fruto de alguma pesquisa com sua participação.

“Aqui na agência, damos suporte nesse aspecto, bem como intermediamos participações de pesquisadores em mentorias do INPI. O apoio que oferecemos aos alunos, docentes e pesquisadores abrange orientações sobre o que pode ou não ser patenteado, de acordo com a Lei 9.279/96, em seus artigos dez e dezoito, além de apoio para realizar a transferência da tecnologia desenvolvida para empresas interessadas em sua comercialização. Mesmo as tecnologias que não puderem ser patenteadas podem ser transferidas por meio do licenciamento de know-how, conceito que abrange uma reunião de experiências, conhecimentos e habilidades voltadas à produção de um produto ou artefato”, lista o diretor da Agir da UFRN, Jefferson Ferreira de Oliveira.

*Wilson Galvão- Jornalista DRT-RN 1340/Assessor de Comunicação AGIR/UFRN

Foto: Cícero Oliveira/UFRN


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terça-feira, 17 de junho de 2025

Grupo Favorito abre primeira loja de atacarejo na zona sul de Natal; inauguração dia 25 de junho

 

O grupo Favorito Supermercados está nos últimos preparativos para inaugurar sua primeira loja de atacarejo na zona sul de Natal, na Avenida Ayrton Senna. Será também a pioneira no segmento – localizada na região de Nova Parnamirim – gerido por uma marca local, cuja abertura oficial está prevista para o final de junho. 

O novo Atacado Favorito ocupa uma área de 16 mil m² – se destacando como a maior loja do grupo. Vai gerar mais de 200 novos empregos diretos e pretende levar para os clientes os diferenciais da marca, como o atendimento de excelência e a qualidade dos produtos, com destaque para o setor de hortifruti. O grupo já conta com um atacarejo na zona norte de Natal e outro em Macaíba.

A nova loja terá um conceito inovador, como destaca o diretor comercial do grupo Favorito, Vinícius Gama.

A abertura do Atacado Favorito na zona sul da capital faz parte do plano de expansão do grupo, que começou a ser colocado em prática no final do ano passado com a renovação da loja de Parnamirim. Para os próximos anos estão previstas outras inaugurações em Macaíba e na zona norte de Natal.

A rede inaugura agora a sexta loja, passando a gerar ao todo mais de 950 empregos diretos.

- Blog do Heitor Gregório

- Assessorn.com apurou informações no local da obra que a inauguração será na quarta-feira, dia 25 de junho, conforme previsão divulgada até o final do mês, em meio aos festejos juninos.

Imagens relacionadas à divulgação/
blog do heitor e assessorn.com


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domingo, 15 de junho de 2025

ARTISTAS DA TERRA

 Por Fernando Luiz*

São considerados artistas da terra pessoas que nasceram em um determinado lugar e se inspiraram na história da sua cidade (ou da cidade onde não nasceram, mas escolheram para viver) para criar obras de arte. Podem ser artistas plásticos, escritores, escultores, poetas, artesãos, instrumentistas, cantores, compositores etc. 

Os chamados “artistas da terra” celebram com seu talento a cultura e as tradições do lugar onde vivem. 

No caso da música, são aqueles que cantam e que muitas vezes também compõem. Na grande maioria dos casos, esses artistas vivem do seu ofício. Eles exercem uma forma de resistência cultural e muitas vezes sequer percebem a importância cultural da qual são portadores, por terem uma formação cultural limitada, em virtude de um baixo nível de escolaridade. Geralmente, quando se destacam na cena cultural da cidade onde vivem, são contratados por empresários artísticos para participarem de shows em clubes, bares, churrascarias, eventos privados, casas noturnas etc. Quando alcançam uma notoriedade maior, também participam de eventos culturais promovidos pelo poder público, principalmente em períodos festivos como festas de aniversário da cidades, festas de padroeiros e em datas comemorativas como São João, Natal e Ano Novo. 

O grande drama dos “artistas da terra” é que, algumas vezes, mesmo sendo talentosos acima da média normal, são explorados – no pior sentido da palavra – tanto por empresários artísticos ambiciosos –como pelo poder público; no primeiro caso, os empresários e promotores de eventos sempre encontram uma maneira de pagar a eles o menor cachê possível, alegando – quando se trata de shows com boa divulgação nas mídias de rádio,  TV e redes sociais – que se trata de uma “excelente oportunidade de aparecer”. 

Quando se trata de eventos promovidos pelo poder público, a situação é muito pior: além de ter seu nome em segundo plano na mídia, o “artista da terra,” por mais talentoso que seja, por mais que tenha contribuído com seu trabalho para o fortalecimento cultural do lugar onde vive, ganha cachês irrisórios, enfrenta uma burocracia que geralmente o obriga a esperar durante semanas – e não raro meses – para receber seu mísero cachê, o que o leva a enfrentar situações vexatórias, passando por dificuldades financeiras seríssimas.

Embora sejam as vozes da cidade onde vivem e contribuam para o fortalecimento das economias de suas regiões com seu trabalho, os artistas da terra, que abraçam e defendem sua cultura e suas raízes, muitas vezes são tratados como minhocas, que vivem embaixo da terra.

Quando isso ocorre, os artistas da terra se transformam em instrumento de exploração tanto de empresários inescrupulosos como de gestores insensíveis.

Ao longo da minha trajetória de mais de cinquenta anos na música, algumas vezes fui tratado como minhoca. Mas um dia – e já faz muito tempo – acabei com esse tabu: Hoje, quando alguém diz que sou “artista da terra” respondo educadamente: “sou um artista potiguar. Com muito orgulho”.

Instagram: @fernandoluizcantor

*Fernando Luiz: Cantor, compositor, escritor e produtor cultural. Formado em Gestão Pública, apresenta o programa Talento Potiguar, aos sábados, às 8h30 na TV Ponta Negra, afiliada do SBT no RN.

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sábado, 14 de junho de 2025

Projeto com Dell para curso gratuito e remunerado recebe inscrições até neste domingo, 15 junho

 Curso destinado a alunos de TI e tem duração de oito meses com bolsas de R$ 2,2 mil

O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), em parceria com a Dell Technologies, está com inscrições abertas até este domingo, 15 de junho, para um processo seletivo destinado a alunos de TI específicos em participar do programa de formação Cyber Security – Dell Services Academy. A iniciativa oferece capacitação a distância em uma série de competências de tecnologia e desenvolvimento de projetos aplicados.

As inscrições para o programa podem ser feitas por meio do formulário online apresentado no Edital nº 01/2025 e podem participar discentes de qualquer curso de graduação na área de TI e afins. A formação terá duração de oito meses e contará com uma carga horária total de 946h. As aulas previstas para começarem no dia 7 de julho e acontecerão remotamente.

A seleção, que conta com oito vagas, consistirá em homologação das inscrições, prova de conhecimentos técnicos, avaliação curricular e análise de perfil acadêmico e profissional. Uma vez selecionados, os descontos de bolsas mensais no valor de R$ 2.250,00. Os estudantes também deverão dispor de, no mínimo, 6h diárias para cumprimento da carga horária prevista pelo programa.

Este é o segundo ano consecutivo em que o IMD firma parceria com a Dell Technologies para promover cursos de TI – a primeira aconteceu em abril de 2024. Todo o processo seletivo deverá acontecer entre 16 a 25 de junho e o resultado final será divulgado no dia 30 deste mês.

Conhecimentos

O curso trabalhará uma série de conhecimentos e capacidades, abrangendo desde competências técnicas (hard skills) como comportamentais (soft skills).

Para isso, o programa será dividido em três fases. A primeira será para capacitação teórica – onde serão trabalhados temas como fundamentos de Segurança Cibernética, gestão de riscos, recuperação de incidentes, entre outros assuntos.

Já a segunda e a terceira fases serão para aplicações do conhecimento, com práticas, projetos e um hackathon. O programa completo de ensino pode ser conferido no edital.

Assessoria de Comunicação do Instituto Metrópole Digital/UFRN

☎ (84) 99229-6564 | 📧 ascom@imd.ufrn.br

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Junho Verde: Mês da Conscientização da Escoliose; Entenda a importância da detecção precoce da doença

 

Durante o mês de junho, desde 2013, celebra-se em todo o mundo a conscientização da escoliose, iniciativa da Associação de Escoliose do Reino Unido (SAUK), que se incluiu por diversas instituições, hospitais e fundações de todo o globo nos últimos anos, ganhando força com a adesão da Scoliosis Research Society (SRS). O objetivo é unir pessoas para criar uma consciência pública positiva sobre a escoliose, promovendo a educação e reunindo as pessoas afetadas pela doença.

De acordo com a Scoliosis Research Society, a escoliose é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral em que a curvatura do plano central é igual ou maior que 10 graus, e atinge de 2 a 3% da população, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre os mais acometidos pela doença estão as adolescentes do sexo feminino. A doença pode ser idiopática ou secundária. A idiopática não tem causa identificada e, geralmente, se manifesta na pré-adolescência, e se agrava durante o pico de crescimento. Já a segunda, é provocada por más-formações congênitas, doenças neuromusculares ou que se formam por conta da degeneração da coluna, normalmente na vida adulta.

Aqueles que apresentam curvatura entre 10 e 45 graus devem ser acompanhados por um profissional e procedimentos cirúrgicos são recomendados para curvaturas acima de 45 graus.

A detecção precoce da doença é fundamental para o tratamento da escoliose, uma vez que ela progride com o crescimento: “A escoliose é uma deformidade da coluna progressiva e silenciosa, muitas vezes sem dor, por isso a importância de um rastreio para identificar possíveis aparecimentos de escolioses”, afirma a fisioterapeuta, especialista em escoliose da Clínica RCA, Carla Lorenzini.

A prática de exercícios físicos pode ser uma aliada dos pacientes e as sessões de fisioterapia podem auxiliar no tratamento da escoliose, mas a indicação é que cada caso seja avaliado individualmente, considerando sempre as particularidades de cada paciente.

Luciana Oliveira/Assessora de Imprensa
luciana@sollarcomunicacao.com.br/(84) 98728-0813
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Secretaria de Cultura do RN realiza escutas com comunidades e apresenta propostas para segundo ciclo da PNAB RN

 As reuniões virtuais contribuem diretamente com a construção do Plano de Aplicação de Recursos (PAR) da Política Nacional Aldir Blanc

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) está promovendo uma série de escutas virtuais com o objetivo de estabelecer um diálogo direto com os agentes culturais do estado, compreender as necessidades específicas de cada linguagem e segmentos artísticos e aprimorar os processos de elaboração e execução de editais da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB RN). Na primeira semana de escuta, a equipe conversou com representantes de comunidades ciganas, indígenas, quilombolas e povos de terreiro.

Os resultados contribuem diretamente com a construção do Plano de Aplicação de Recursos (PAR). De acordo com a coordenadora da PNAB no RN, Leka Castro, “a realização dessas escutas é essencial para garantir que os recursos disponíveis sejam distribuídos de maneira mais justa e consistente com as demandas reais do setor cultural no estado, em consonância com os recursos previstos pela PNAB destinados ao Rio Grande do Norte”.

A primeira escuta foi realizada na segunda-feira (9), com a comunidade cigana. Na ocasião, foi anunciada a proposta de um novo edital específico para a cultura cigana no ciclo da PNAB, com 20 vagas e premiação de 15 mil reais para cada iniciativa contemplada. “A gente sai de um investimento de 180 mil reais na PNAB ciclo 1 para um investimento de 300 mil, quase dobrando o valor do recurso específico para pessoas ciganas”, explicou o coordenadora.

Na terça-feira (10), foram realizadas escutas com as comunidades indígenas, pela manhã, e comunidades quilombolas, pela tarde. Em ambos os casos, no primeiro ciclo do PNAB foram oferecidos números de vagas equivalentes ao número de comunidades existentes no estado, o que se repetirá no segundo ciclo. O Valor proposto para o ciclo 2 é de 30 mil por premiação.

Uma nova proposta apresentada pela equipe sugere a aplicação contínua dos editais universitários para essas comunidades, com cada comunidade podendo enviar até duas propostas e a possibilidade de que as comunidades contempladas em um ciclo recebam novamente no ciclo seguinte, mediante avaliação.

“No caso de comunidades que, por exemplo, tenham dois coletivos ou duas associações, aquelas que tenham uma nota maior de recepção nesse ciclo de 2025, e o segundo lugar recebam a premiação no ano seguinte, no ciclo três”, explicou Bruna Medina, integrante da equipe do PNAB RN

O encontro virtual com as comunidades quilombolas contou com a participação especial de Fernanda Tomás, da Fundação Palmares, e Adler Sidney Barros dos Santos Correia, do Ministério da Cultura (MinC).

Fernanda Tomás parabenizou a iniciativa de escuta e o trabalho realizado com foco nas políticas afirmativas, mencionando a parceria entre a Fundação Palmares e o Ministério da Cultura para fortalecer essas políticas no âmbito da PNAB.

Adler Sidney informou que o escritório estadual do MinC está participando das consultas para a construção dos Planos Anuais de Aplicação dos Recursos da Lei Aldir Blanc e envolveu o acompanhamento que o Ministério tem feito junto aos municípios para garantir a participação popular na definição das políticas de fomento à cultura e à descentralização dos recursos.

“São quatro anos que a gente conseguiu garantir de recursos destinados às políticas públicas culturais através do fomento direto, que é aquele fomento em que o dinheiro já cai na conta do artista. É um marco histórico para a cultura do Rio Grande do Norte. A gente está acompanhando e fiscalizando, mas os agentes culturais precisam fazer esse acompanhamento”, disse também o representante do MinC.

Na quarta-feira (11), foi realizada a escuta com representantes de povos de terreiros. Para o segundo ciclo da PNAB, em 2025, foi apresentada a proposta de um edital específico de premiação, com 20 vagas e premiações de 15 mil reais, totalizando 300 mil reais de investimento total. Os proponentes deverão entregar a declaração comprobatória de pertencimento assinada e reconhecer por no mínimo duas lideranças do terreiro de matriz afromeríndia ao qual fazem parte.

"Essa declaração, ela pode ser apresentada por escrito, mas também pode ser apresentada em vídeo, áudio ou em outros formatos acessíveis. Ou seja, o que a gente estabelece é que só pode participar do edital aquele proponente que consegue comprovar que pertence a um determinado terreiro dentro do contexto do Rio Grande do Norte", explicou Eduardo Afonso, da equipe da PNAB RN.

Para o segundo ciclo da PNAB RN, estão previstos 27 editais, com investimento total de cerca de 23 milhões de reais. Com as escutas, a equipe busca o aperfeiçoamento contínuo da operacionalização dos recursos federais no estado, levando em consideração os anseios do setor cultural em toda a sua pluralidade.

As escutas culturais seguem até o dia 23, de acordo com a programação a seguir:

12/06 - Bloco I / Premiação

Horário: 14h às 16h

13/06 – Bloco II / Cultura Viva

Horário: 14h às 16h

16/06 - Bloco III / Fomento

Horário: 14h às 16h

17/06 - Bloco IV / Apoio

Horário: 14h às 16h

18/08 - Bloco V / Aquisição e Espaços Culturais

Horário: 14h às 16h

23/06 - Pessoa com deficiência

Horário: 10h às 13h

Informações à Imprensa:

Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Norte

E-mail: comunicacaoculturarn@gmail.com

Instagram: @secultrn

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