Situação hídrica do Seridó é a pior dos últimos 30
anos, diz técnico do Dnocs
Foto e ilustração por assessoria: Divulgação |
A situação dos
reservatórios da Região do Seridó está cada vez mais crítica. A reserva hídrica
atingiu nos dois primeiros meses deste ano 7,88%, segundo informações coletadas
no dia 07/02. Os dados foram repassados pela unidade local do Departamento
Nacional de Obras Contra as Secas, em Caicó, que monitora nove açudes da
região.
Somando-se todas as
capacidades dos açudes, o volume total na soleira do sangradouro caiu para 19
milhões, 697 mil, 617 metros cúbicos. A população estimada que é coberta por
essa reserva é 163 mil pessoas.
“Tenho 30 anos de
serviço prestado no Dnocs e nunca tinha visto uma situação igual a essa. É
muito preocupante. Temos que preservar toda essa água que nós temos e a
população deve permanecer consciente para a economia desse bem tão precioso e
escasso na nossa região”, alertou Cícero Ferreira, técnico do Dnocs.
Os casos mais
complicados são: Caldeirão (Parelhas) – 309.648m³ - 3,32%, Cruzeta – 180.611m³
- 0,77%, Mundo Novo (Caicó) – 66.718m³ - 1,85%, Zangarelhas (Jardim do Seridó)
– 239.050m³ – 3,02% e Dourado (Currais Novos) – 28.936m³ - 0,28%. Estes já
atingiram o volume morto e nos próximos meses, caso não haja alteração
positiva, devem secar.
“A situação que era
difícil pode ficar alarmante, caso não caia chuva. Nós temos os casos de
Santana do Seridó, abastecida pelo açude Caldeirão, Cruzeta, pelo reservatório
municipal e Jardim do Seridó, pelo Zangarelhas, que daqui a dois meses, caso
não chova, vai secar. Esses mananciais já estão no volume morto e a única saída
para o abastecimento nesses locais é o açude Itans, em Caicó”, disse Ferreira.
Em Caicó, a população
voltou a se animar com as chuvas caídas no final da primeira quinzena de
fevereiro. Entre os dias 14, 15 e 16/02
o Itans recebeu cerca de 5cm de água, o equivalente a 125 mil metros cúbicos a
mais no volume atual, o que garante um acréscimo de mais quatro dias no
abastecimento da cidade.
De acordo com o técnico,
“pela altura de lâmina de água que temos em relação a comporta, o Itans tem
água para mais cinco ou seis meses acima do volume morto. Além disso, ainda tem
mais quatro milhõe
s de metros cúbicos, que
não é uma água de qualidade. Mas caso, carros-pipa retirem água para essas
cidades que estão secando, a tendência é que esse tempo de duração do Itans
caia para três meses”, completou.[por
Comunicação Fator 4]
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