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sábado, 13 de setembro de 2025

Série Sinforosa 2: "Sinforosa e as bandeiras de A.A."

 Por João Bosco de Araújo*

Jornalista  boscoaraujo@assessorn.com  

 O  ano era de eleições para governador do estado.  Pedro Salviano sempre dizia: Em quem Aluízio mandar votar eu voto. O candidato era o Padre  – Monsenhor Walfredo Gurgel –, o então vice-governador de Aluizio Alves. Dona Alzira, esposa de Pedro Salviano, era do outro lado, por causa do irmão dela, Antenor Tavares, que era muito amigo de Titi de Dinarte, filho do senador e do então candidato da Arena vermelha.

No encerramento da campanha havia um grande comício na cidade de Caicó, terra dos dois candidatos, já que o próprio Dinarte se considerava um caicoense, apesar de ter nascido na vizinha Serra Negra do Norte. Já era noite, e lá vem Pedro Salviano do sítio em sua camioneta Sinforosa, como sempre, completamente lotada, gente por todos os lados. Bandeiras e galhos verdes adornavam o cenário festivo da campanha do cigano feiticeiro.

A carreata se aproximava de uma rua onde se localizava a casa dele da cidade, de onde jamais imaginaria que sua esposa estivesse ali, do lado de fora, na calçada da rua. Dona Alzira não se conteve quando viu àquela situação.

Partiu veloz em direção à camioneta com unhas e dentes. Foi um deus nos acuda. Quebrou todas as bandeiras verdes na indefensável Sinforosa. Não deixou uma sequer. Nem para remédio.

Anos depois, dona Alzira muda de opinião e adere ao marido aluizista, para a felicidade geral de Sinforosa.                                                                 

*Texto inicialmente publicado em 1995 e em outras postagens, anos depois, no Diário de Natal - coluna "...É!" - página Municípios, e em assessorn.com

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