Dentro de
poucos dias chega ao Brasil a estação do ano com as temperaturas mais altas, os
dias mais extensos e a umidade mais elevada: o verão! Grande parte das pessoas
reserva o período para tirar férias e viajar, diminuindo ocasionalmente a atenção
nos exercícios físicos e na alimentação balanceada. Essa soma de fatores pode
facilitar a propagação de vírus e bactérias, aumentando a incidência de doenças
como gastroenterite, intoxicação alimentar e desidratação.
Basta
aumentar alguns graus no termômetro e os reflexos já começam a surgir. Sensação
térmica de calor intenso, boca seca, fadiga, perda de apetite e náuseas são
alguns exemplos de sintomas comuns das chamadas doenças de verão.
Outros
sintomas como queda de pressão, vômitos e diarreia também podem aparecer nas
pessoas que estão com essas enfermidades. Se hidratar é uma importante
estratégia para combater as doenças de verão. Mas quando elas já estão
avançadas no organismo, a solução é procurar atendimento adequado com
profissionais de saúde.
Segundo o
infectologista, Bernardo Machado de Almeida, do Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR), a conservação inadequada de alimentos
e a má qualidade da água consumida podem causar intoxicação alimentar. Além
disso, é importante lembrar que o calor pode influenciar na conservação dos
alimentos, resultando no aumento do risco de contaminação de vírus e bactérias
que se propagam com mais facilidade. Ressalta-se ainda que no verão há maior
consumo de água pelo organismo, aumentando a necessidade de ingestão hídrica.
“O organismo
desregula quando ingere comida e água contaminadas com bactérias, fungos ou
toxinas produzidas por micro-organismos. Após o consumo, os sintomas iniciam
com náuseas, vômitos, diarreia, febre e evoluem para desidratação e mal-estar
generalizado. Os grupos de risco são crianças, pessoas com morbidades e idosos,
pois muitas vezes esquecem ou tem dificuldade de pedir água”, explica o
infectologista.
Quem teve
problemas de saúde no último verão foi o contador brasiliense, Sebastian
Corrêa. “No verão de 2019, viajei para o Rio de Janeiro e inicialmente ficaria
por volta de 15 dias, mas na metade da viagem comecei a passar muito mal.
Acordei com muita febre e vômitos. Tomei alguns remédios e não adiantou. No
pronto socorro, fui diagnosticado com gastroenterite”, recorda Sebastian, que
após o episódio passou a ter mais atenção com a quantidade de água que ingere e
o aspecto dos alimentos que consome.
A
desidratação pegou de surpresa o estudante, Marco Antônio, de 15 anos, morador
da capital Palmas, considerada uma das cidades mais quentes do país. Ele teve
perda excessiva de líquido e sais minerais e acredita que o caso foi agravado
por não beber água o suficiente. “Às vezes eu esquecia de beber água e de levar
a minha garrafa para sala de aula. Durante uma aula, senti mal-estar e
fraqueza, ressecamento dos olhos e da boca. Fiquei bastante mal”.
Dicas para
prevenir a desidratação
• Ingerir
muito líquido, de preferência água
• Consumir
alimentos frescos e leves.
• Evitar o
consumo de alimentos ultraprocessados, inclusive o de bebidas açucaradas.
• Usar
roupas adequadas para a estação
Imagem relacionada à divulgação
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