Um caicoense publicou carta nas redes
sociais em que questiona o fato de a nova lei* de ingresso de "Oficiais Combatentes" nos
quadros da corporação do RN disponibilizar exclusividade apenas para quem tem
formação acadêmica no curso de Direito. Sidney Caicó é estudante de Psicologia
da UFRN e não cita a qual parlamentar se
dirige, embora deixe transparecer que seja aos deputados da Casa. E em relação ao atual
concurso da PM também ele se pergunta pela baixa quantidade de vagas para
mulheres.
Abaixo, segue o texto da carta na íntegra:
Bom dia
Deputado, vou falar sobre algo muito controverso, retrógado, que está
acontecendo no Concurso PM-RN: o Senhor sabe que o Estado Público no Brasil
formam várias pessoas em diversas áreas, então como pode no dia que vai abrir
um concurso na área de Segurança Pública exigir apenas o Curso Bacharelado em
Direito? Oficiais da PM não podem ser Sociólogo, não podem ser pedagogos, não
podem ser formados em técnicos em Segurança Pública?
O Estado
comete uma contradição ao formar seus próprios cidadãos, em Universidades
Públicas, e depois não os consideram aptos para as funções. Além de ser
anticonstitucional exigir apenas um Curso específico, pois não estamos falando
de área médica, mas de profissionais que irão resolver conflitos sociais.
Também esse certame ignora o quantitativo destinado às mulheres, cerca de 20%
das vagas. São as mulheres importantes
para estarem nos cargos administrativos ou em policiamento ostensivo para
abordagens ao mesmo sexo.
A quantidade
de homens no quadro administrativo da PM é altíssima; todos deveriam estar nas
ruas, dentro das viaturas fazendo o patrulhamento. Na ausência de uma mulher no
quatro administrativo ocupam até 3 homens das funções para qual foram formados:
Policiamento Ostensivo.
Para
corresponder às diversas formas de conflitos existentes no âmbito social, a
Polícia Militar tem que estar munida de pessoas, em primeiro lugar; em segundo,
munida de profissionais que pensem. Então, esses profissionais que irão formar
o corpo Polícia Militar devem ser membros que servem a muitas funções sociais.
Homens e
mulheres que pertencem as Polícias do Brasil podem, sim, estarem formadas em
diversas áreas profissionais, posto que nas tomadas das decisões é importante
que não seja apenas um seguimento que ditará a forma para resolver conflitos. A
resolução de conflitos é possível quando em busca das soluções seja evitado o
engessamento; para isso estejam presentes: O Professor, o Médico, o Soldado e
demais Praças, o Tenente e demais Oficiais, o Advogado, o Sociólogo, o
Psicólogo, a Enfermeira, o Filósofo, o Técnico, o Licenciado, o Bacharelado,
tantas outras áreas do conhecimento humano.
Nas ruas
existem um universo de mentes humanas onde o Direito não é o único conhecimento
capaz de mediar os conflitos existentes. (Autor:
Sidney Caicó)
*Confira, aqui, a Lei Complementar nº 613, publicada no
DOE de 06/01/2018.
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www.AssessoRN.com | Jornalista João Bosco Araújo - Twitter @AssessoRN
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