Expectativa é evitar aprovação de Ação
Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a LPP
Com um dos
pontos da Lei de Promoção de Praças (LPP) em risco, as associações de policiais
e bombeiros militares do RN protocolaram pedido de audiência com o
Procurador-Geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite. A iniciativa acontece após o
Ministério Público, por meio do promotor Wendell Beetoven, requerer que o PGJ
ingresse com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a LPP.
De acordo
com o Subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e
Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), o ponto
questionado pelo MP é a promoção ex-officio, em que o militar estadual tem o
direito à promoção quando dobra o interstício (tempo de serviço na mesma
graduação), ficando na condição excedente.
Segundo
Marques, os militares promovidos por ex-officio geralmente já possuem de 15 a
20 anos em serviço na mesma graduação. “Os policiais e bombeiros militares já
são prejudicados com o cerceamento de direitos básicos. Por exemplo, dos 34
direitos sociais constantes na Constituição Federal, os militares dispõe apenas
de seis. Neste contexto, esperamos contar com a sensibilidade do Ministério
Público para que seja feito algo justo e ninguém seja prejudicado”, sustenta
Eliabe Marques.
O presidente
da ASSPMBMRN argumenta que a LPP, como uma das maiores conquistas da categoria,
em vigor desde 2015, modificou um cenário em que policiais e bombeiros iam para
reserva ainda como soldados, após 30 anos de efetivo serviço, mas agora possuem
uma perspectiva de ascensão funcional. Para o Subtenente, é necessário considerar
que a instituição militar estadual é um órgão com características particulares
e legislação específica, que difere dos demais servidores públicos.
“No caso, se
esta ADI prosperar, ela estará ferindo frontalmente um dos pilares básicos da
instituição que é o princípio da hierarquia. Além de não considerar as
particularidades dos militares que não se aposentam, não têm direito a FGTS,
adicional noturno, adicional de insalubridade, sindicalização, greve, são de
dedicação exclusiva, não têm carga horária definida. Todos esses direitos são
concedidos aos demais servidores públicos”, sustenta o presidente.
O
expediente, requerendo a reunião com o PGJ, foi protocolado nessa quarta-feira
(07) pela ASSPMBMRN, juntamente com as demais entidades representativas dos
policiais e bombeiros militares do RN. “Esperamos reverter esta situação e
evitar que um desastre aconteça”, conclui Eliabe Marques. [Por Assessoria de Imprensa]
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