Feminina
como os adjetivos sensibilidade, coragem e igualdade, a mesa de honra formada
para marcar a reabertura do Centro de Referência em Direitos Humanos, tem a
genética da instituição, cuja marca de atuação identifica-se com os três
atributos citados no início do parágrafo, marcadamente em situações como a
defesa dos direitos da comunidade LGBT, da população de rua, dos usuários de
serviços de saúde mental, bem como no combate a tortura, extermínio da
juventude e a intolerância religiosa. O evento de reabertura aconteceu na noite
desta quinta-feira, 10, no prédio do Ágora, e foi seguido do debate “Direitos
Humanos em Tempo de Golpe”.
Presente à
solenidade, a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
Ângela Maria Paiva Cruz, realçou a necessidade de estar na reabertura como uma
espécie de profissão de fé própria. “O Centro é viabilizado através de um
projeto de extensão aqui da UFRN e também pela emenda parlamentar que permitiu
a realização do projeto neste ano. A relevância deste espaço é até certo ponto
imensurável, mas interpreto essa iniciativa como um espaço de aplicabilidade
dos saberes e conhecimentos construídos na UFRN sobre os direitos das pessoas”,
colocou a reitora. O Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH) é um órgão
nacional com unidades em diversas regiões do Brasil coordenadas pela Secretaria
de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). No RN existem dois
centros, em Mossoró e Natal, cujas atividades iniciaram em 2011.
CRDH/UFRN
Com a
reabertura, o Centro de Referência em Direitos Humanos da UFRN passa a ser
chamado de Centro de Referência Marcos Dionísio, em homenagem a um dos
principais militantes e ativista dos direitos humanos no Rio Grande do Norte,
falecido em 2017. Referência, Marcos Dionísio foi presidente do Conselho
Estadual de Direitos Humanos e Cidadania do RN. A unidade funcionará no Centro
de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da UFRN, com psicólogo, assistente
social e advogado, prestando assistência com o apoio de nove estagiários.
Autora da
emenda parlamentar destinada ao funcionamento do CRDH, a senadora da República
Fátima Bezerra destacou que a atuação do centro é uma forma também de
desmistificar uma interpretação incorreta que muitas pessoas têm a respeito dos
direitos humanos. Sobre a homenagem, ela afirmou que tem um significado
adicional. “Temos dois nomes aqui, a UFRN e Marcos Dionísio, que dão aporte de
referência e seriedade que acaba mostrando a coerência da distinção e a
importância da reabertura”. Também estiveram presentes a vereadora Natália
Bonavides, pró-reitores, diretores de centro acadêmico e membros de movimentos
sociais e populares da sociedade civil.
O CRDH/UFRN
é dividido em três núcleos de atuação: Carlos Marighella, Nísia Floresta e José
Datrino. Juntamente com grupos parceiros, o Centro funciona como uma ponte
entre a comunidade e outros órgãos institucionais, a partir do qual são
implementadas ações que se voltam à garantia, defesa e promoção dos Direitos
Humanos, bem como o acesso à justiça e o estímulo ao debate sobre cidadania, no
intuito de influenciar positivamente na conquista dos direitos individuais e
coletivos.
Para tanto,
o CRDH atua prestando serviços de atendimento jurídico, social e psicológico,
capacitação em Direitos Humanos, mediação de conflitos, apoio e articulação de
atores públicos e de movimentos sociais, bem como na produção de conhecimento
sobre Direitos Humanos. [Por Wilson
Galvão – ASCOM – Reitoria/UFRN]
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